Eu também não coloco os animais acima das pessoas, mas coloco o sofrimento dos animais acima do gozo de um espetáculo para pessoas.
19 comentários:
marcelo lima
disse...
Histórias da ponta de um corno. (1)
Bravura ou boçalidade?
De rajada, imagens de um adulto que, com uma criança num braço e um pano noutro, desafia um touro e consegue dar um passe. Estas (imagens) saltam de imediato para as chamadas redes sociais e despertam comentários de todo tipo e, por último, chegam à televisão nacional.
Na ilha Terceira, as touradas e os touros são assunto que desperta paixões talvez tanto quanto o futebol.
Na escola primária de São Carlos, onde fiz as primeiras três classes, tive o primeiro contacto com essas paixões (no sítio onde vivia e vivo não havia nem há festas populares). E entre os rapazes havia partidos taurinos. Os que preferiam os touros do Parreira, os do Baldaia, e não me recordo se do Albino já existiam. E citavam proezas terríveis de certos touros, o Descornado, o Mulato e outros. O Mulato era o que mais medo metia e quando o citavam corria pela pele um frémito de terror. Arregalando os olhos, contavam que tinha ido buscar um homem acima de uma árvore, um velhote numa cisterna e outras situações de igual proeza.
Ainda hoje, as touradas dividem opiniões e há quem julgue que o futuro do turismo na ilha Terceira está ligado a esta actividade e promova estátuas de touros de dimensão apreciável ou de forcados. Promove-se também a exibição de imagens ad nauseam de cornadas em lugares públicos, por ex. no aeroporto, levando alguns turistas, de boca aberta, julgar que a actividade lúdica da preferência dos terceirenses é apanhar cornadas.
Julga-se que a existência de touros nesta ilha é anterior aos castelhanos (de má memória). É possível que tenham vindo para entretenimento da fidalguia de então e para os seus jogos de valentia. Rapidamente, passou para a tourada à corda e foi integrada nas festas populares do Espírito Santo.
Na ilha Terceira, para além das touradas à corda muito populares, também fazem touradas de praça. Estas são de cariz diferente e também aqui as opiniões se dividem. Uns julgam tratar-se de uma prova de valentia, de coragem e sublime arte. O toureiro nas suas colãs apertadinhas e sapatinhos de ballet ensaia frente ao touro uns pinotes, convidando-o a investir. Este, quando investe, marra na capa e segue em frente. Por vezes, marra no toureiro. Segue-se a arte das bandarilhas que, em termos simples, resume-se em cravar no animal umas farpas afiadas tipo setas presas a uns pauzinhos coloridos. Quando acertam, o animal berra de dor e ensanguenta-se. A cavalo, o toureiro apresenta-se obviamente sem a capa e, fundamentalmente, crava as farpas em modo longo ou curto. O touro sangra mais.
A segunda opinião, para além da primeira que tende a acentuar a arte, descreve este divertimento público como uma barbárie medieval em que os espectadores confortavelmente sentados e longe do perigo, se babam e excitam com a tortura pública de um animal.
A tourada à corda é um pouco diferente pois, embora o touro esteja amarrado pelo pescoço, não lhe espetam farpas e este (touro), a acreditar nas imagens já referidas, sempre vai distribuindo marradas a torto e a direito a quem voluntariamente o tenta capear....
(2) ...Voltemos ao nosso capinha do início da estória. Flagelado nas redes sociais por ter submetido uma criança de tenra idade a um perigo imenso, teve honras de ser defendido no diário local por quem achou excessivo o tratamento dado. Convém pois tirar a limpo esta estória e saber se estamos perante um ato de valentia idiossincrática ou de uma pura boçalidade. Assim convidamos o leitor a participar num simples questionário com o objectivo de esclarecermos em definitivo esta situação.
Como classifica o ato:
A - Valentia
B - Boçalidade
C - Bravura
D - Crime
E - Inconsciência
F - ..................
G - ..................
H-..................
I-.....................
J-........................
Convidamos o leitor a introduzir mais classificações, as quais podem até ser em puro vernáculo, acrescentando assim algum colorido aos substantivos.
A conclusão da classificação final do ato tira-se somando as respostas. Convém não misturar As com Bs ou Cs com Ds pois assim será difícil concluir.
Para ajudar a tomar uma decisão, convido o leitor a analisar o seguinte cenário: o touro acerta no capinha, a criança é violentamente atirada ao ar e morre ou fica com lesões irrecuperáveis.
Angra, Mui Nobre e Sempre Leal cidade do Heroísmo, aos 29 dias de julho de 2018
E o sofrimento dos animais acima dos cosméticos? e de malas? e de mil e outros produtos dos quais vexa por certo não é consumidor?
A diferença é tão grande entre a vaca, ou o porco que vivem a vida toda em cativeiro e são mortos, e o um touro bravo que vive a ultima hora lutando? é o sofrimento da ultima hora que lhe causa confusão? e os ziliões de galinhas que nunca viram a luz do dia, que vivem de forma totalmente anti-natural não lhe causam confusão? E os ratos de laboratorio também não, imagino.. porquê? por causa do tamanho? mas afinal quem sofre é o animal ou é o senhor embaixador? é que não é por ser pequeno que não sofre tanto ou mais que um touro..
Pelo exposto fico com impressão que o sofrimento que o incomoda é o seu e não o do animal.
Nada como um bom sarrabulho para amainar os sofrimentos...
Tudo isto por causa de um IVA a 6% ou 13%... Está-se a discutir como se se tratasse de uma proibição das touradas. Trata-se apenas de um IVA um pouco mais alto ou mais baixo!
Sugiro aos animalistas que proponham a extinção das equipas cinotécnicas. Não se justifica que os pobres dos cães sejam treinados para situações de violência, inclusivamente, de guerra! Fim às equipas cinotécnicas da PSP, GNR e diversas polícias militares.
E, se calhar, também não seria de acabar com os cães de busca e salvamento. Se cai um pedaço de parede em cima de um animal, com que direito lhe sacrificámos a vida para salvar uma pessoa?
Um animal não pode se defender. Se você sente prazer com essa tortura, se você gosta de ver esse animal sofrendo, então você não é um ser humano,você é um monstro.
Há uns palermas que se queixam do sofrimento dos cavalos nas touradas. Sugiro que acabem com as polícias montadas. Há direito de que se ponha uma armadura num cavalo, um tipo grande e de armadura o monte e, depois, ponham animal tão nervoso num estádio, rodeado de milhares de indivíduos aos berros e com buzinas? E se há conflitos? Então, um cavalo tem de ser atirado contra manifestantes, sujeito a levar com pedras, irritado com o barulho, passando no meio de gases e fumos? Isto é "humano"?
Ouvi dizer que há aeroportos que têm falcões de serviço para atacar pássaros que possam atrapalhar os aviões. Já não vou falar da arrogância que é os homens acharem que os seus pássaros de metal têm mais direitos do que os que usam penas. Não, aquilo que me choca é a utilização dos nobres falcões para funções de segurança em sítios tão ruidosos como os aeroportos. Não estamos perante um caso de exploração dos animais e sujeição a condições de vida degradantes? Alguém terá ideia do sofrimento daqueles animais, obrigados a conviver com o barulho dos reatores e os fumos no ar? Fim aos falcões nos aeroportos e corredores de acesso a estes!
Alguém tem ideia do que faz um cavalo virar à esquerda ou à direita? É a DOR que os arreios lhe provocam na boca!!! Para fugir à dor, ele muda de direção.
19 comentários:
Histórias da ponta de um corno. (1)
Bravura ou boçalidade?
De rajada, imagens de um adulto que, com uma criança num braço e um pano noutro, desafia um touro e consegue dar um passe. Estas (imagens) saltam de imediato para as chamadas redes sociais e despertam comentários de todo tipo e, por último, chegam à televisão nacional.
Na ilha Terceira, as touradas e os touros são assunto que desperta paixões talvez tanto quanto o futebol.
Na escola primária de São Carlos, onde fiz as primeiras três classes, tive o primeiro contacto com essas paixões (no sítio onde vivia e vivo não havia nem há festas populares). E entre os rapazes havia partidos taurinos. Os que preferiam os touros do Parreira, os do Baldaia, e não me recordo se do Albino já existiam. E citavam proezas terríveis de certos touros, o Descornado, o Mulato e outros. O Mulato era o que mais medo metia e quando o citavam corria pela pele um frémito de terror. Arregalando os olhos, contavam que tinha ido buscar um homem acima de uma árvore, um velhote numa cisterna e outras situações de igual proeza.
Ainda hoje, as touradas dividem opiniões e há quem julgue que o futuro do turismo na ilha Terceira está ligado a esta actividade e promova estátuas de touros de dimensão apreciável ou de forcados. Promove-se também a exibição de imagens ad nauseam de cornadas em lugares públicos, por ex. no aeroporto, levando alguns turistas, de boca aberta, julgar que a actividade lúdica da preferência dos terceirenses é apanhar cornadas.
Julga-se que a existência de touros nesta ilha é anterior aos castelhanos (de má memória). É possível que tenham vindo para entretenimento da fidalguia de então e para os seus jogos de valentia. Rapidamente, passou para a tourada à corda e foi integrada nas festas populares do Espírito Santo.
Na ilha Terceira, para além das touradas à corda muito populares, também fazem touradas de praça. Estas são de cariz diferente e também aqui as opiniões se dividem. Uns julgam tratar-se de uma prova de valentia, de coragem e sublime arte. O toureiro nas suas colãs apertadinhas e sapatinhos de ballet ensaia frente ao touro uns pinotes, convidando-o a investir. Este, quando investe, marra na capa e segue em frente. Por vezes, marra no toureiro. Segue-se a arte das bandarilhas que, em termos simples, resume-se em cravar no animal umas farpas afiadas tipo setas presas a uns pauzinhos coloridos. Quando acertam, o animal berra de dor e ensanguenta-se. A cavalo, o toureiro apresenta-se obviamente sem a capa e, fundamentalmente, crava as farpas em modo longo ou curto. O touro sangra mais.
A segunda opinião, para além da primeira que tende a acentuar a arte, descreve este divertimento público como uma barbárie medieval em que os espectadores confortavelmente sentados e longe do perigo, se babam e excitam com a tortura pública de um animal.
A tourada à corda é um pouco diferente pois, embora o touro esteja amarrado pelo pescoço, não lhe espetam farpas e este (touro), a acreditar nas imagens já referidas, sempre vai distribuindo marradas a torto e a direito a quem voluntariamente o tenta capear....
(2)
...Voltemos ao nosso capinha do início da estória. Flagelado nas redes sociais por ter submetido uma criança de tenra idade a um perigo imenso, teve honras de ser defendido no diário local por quem achou excessivo o tratamento dado. Convém pois tirar a limpo esta estória e saber se estamos perante um ato de valentia idiossincrática ou de uma pura boçalidade. Assim convidamos o leitor a participar num simples questionário com o objectivo de esclarecermos em definitivo esta situação.
Como classifica o ato:
A - Valentia
B - Boçalidade
C - Bravura
D - Crime
E - Inconsciência
F - ..................
G - ..................
H-..................
I-.....................
J-........................
Convidamos o leitor a introduzir mais classificações, as quais podem até ser em puro vernáculo, acrescentando assim algum colorido aos substantivos.
A conclusão da classificação final do ato tira-se somando as respostas. Convém não misturar As com Bs ou Cs com Ds pois assim será difícil concluir.
Para ajudar a tomar uma decisão, convido o leitor a analisar o seguinte cenário: o touro acerta no capinha, a criança é violentamente atirada ao ar e morre ou fica com lesões irrecuperáveis.
Angra, Mui Nobre e Sempre Leal cidade do Heroísmo, aos 29 dias de julho de 2018
Tantas palavras para definir uma palavra que diz tudo em 9 (nove) letras: ESTUPIDEZ.
E o sofrimento dos animais acima dos cosméticos? e de malas? e de mil e outros produtos dos quais vexa por certo não é consumidor?
A diferença é tão grande entre a vaca, ou o porco que vivem a vida toda em cativeiro e são mortos, e o um touro bravo que vive a ultima hora lutando? é o sofrimento da ultima hora que lhe causa confusão? e os ziliões de galinhas que nunca viram a luz do dia, que vivem de forma totalmente anti-natural não lhe causam confusão? E os ratos de laboratorio também não, imagino.. porquê? por causa do tamanho? mas afinal quem sofre é o animal ou é o senhor embaixador? é que não é por ser pequeno que não sofre tanto ou mais que um touro..
Pelo exposto fico com impressão que o sofrimento que o incomoda é o seu e não o do animal.
Nada como um bom sarrabulho para amainar os sofrimentos...
cmpts
HSC, se é crime, punido por lei, maltratar animais, porque não há-de ser crime maltratar um touro? Tão simples qt isto!
EU CÁ SOU PELO TOURO E CONTRA O ALEGRE DA COINCENERAÇÃO DE SOUSELAS!!.
E cães para cegos? Aceita? Dar cabo da vida a um animal que nem brincar pode, sempre sujeito a servir o dono...
Tudo isto por causa de um IVA a 6% ou 13%...
Está-se a discutir como se se tratasse de uma proibição das touradas. Trata-se apenas de um IVA um pouco mais alto ou mais baixo!
Sugiro aos animalistas que proponham a extinção das equipas cinotécnicas. Não se justifica que os pobres dos cães sejam treinados para situações de violência, inclusivamente, de guerra! Fim às equipas cinotécnicas da PSP, GNR e diversas polícias militares.
E, se calhar, também não seria de acabar com os cães de busca e salvamento. Se cai um pedaço de parede em cima de um animal, com que direito lhe sacrificámos a vida para salvar uma pessoa?
Um animal não pode se defender. Se você sente prazer com essa tortura, se você gosta de ver esse animal sofrendo, então você não é um ser humano,você é um monstro.
José Saramago.
A Melhor resposta ao seu texto:
A do anónimo de 19/11 ao seu texto ! Haja coerência !
Em poucas palavras, expõe o essencial da questão.
O Saramago tá falando de um jeito meio estranho, né?
Há uns palermas que se queixam do sofrimento dos cavalos nas touradas. Sugiro que acabem com as polícias montadas. Há direito de que se ponha uma armadura num cavalo, um tipo grande e de armadura o monte e, depois, ponham animal tão nervoso num estádio, rodeado de milhares de indivíduos aos berros e com buzinas? E se há conflitos? Então, um cavalo tem de ser atirado contra manifestantes, sujeito a levar com pedras, irritado com o barulho, passando no meio de gases e fumos? Isto é "humano"?
Fim às polícias montadas!
Joaquim de Freitas, o tipo mais "porreiro" que "conheci" até à presente data...!
-Uma no cravo, outra na ferradura !!!!!
Ouvi dizer que há aeroportos que têm falcões de serviço para atacar pássaros que possam atrapalhar os aviões. Já não vou falar da arrogância que é os homens acharem que os seus pássaros de metal têm mais direitos do que os que usam penas. Não, aquilo que me choca é a utilização dos nobres falcões para funções de segurança em sítios tão ruidosos como os aeroportos. Não estamos perante um caso de exploração dos animais e sujeição a condições de vida degradantes? Alguém terá ideia do sofrimento daqueles animais, obrigados a conviver com o barulho dos reatores e os fumos no ar? Fim aos falcões nos aeroportos e corredores de acesso a estes!
Ao 19 de novembro de 2018 às 13:20
Será que foi por que trocou o português pelo espñol????
Alguém tem ideia do que faz um cavalo virar à esquerda ou à direita? É a DOR que os arreios lhe provocam na boca!!! Para fugir à dor, ele muda de direção.
Fim à equitação!!!
"Joaquim de Freitas, o tipo mais "porreiro" que "conheci" até à presente data...!
-Uma no cravo, outra na ferradura !!!!!"
e quem vai sofrendo é a pata do cavalo!....
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