quinta-feira, março 05, 2009

Paulo Coelho

É uma figura frágil, franzina, que passa quase despercebida. Todo de negro. Cruzámo-nos numa passadeira, na avenue Victor Hugo, cerca da meia-noite.

Paulo Coelho é um dos mais celebrados autores do mundo. Vende como ninguém. Todo o seu novo livro é traduzido e editado em imensas línguas, em quase todos os países do planeta. Li três das suas obras e, seguramente por defeito meu (e não estou a ser irónico, acreditem), não consegui entender a razão do êxito. Mas algo de importante deve transmitir para provocar a adesão dos milhões de fiéis leitores.

11 comentários:

Anónimo disse...

Estamos a falar de literatura ?
Acho que o maior mérito dele foi ser, em algumas canções/rocks, parceiro do "maluco beleza" Raul Seixas - roqueiro brasileiro já falecido.

Anónimo disse...

Estamos a falar de fenómenos também de cativar maiorias e de facto Paulo Coelho nos seus domínios consegue... Obviamente tem o meu respeito com algum resquicio inócuo de Dor de cotovelo.
Gostei particularmente do livro "Verónica Decide Morrer", confesso que me autoinfligi essa paciência Estoica de quem quer compreender a essência e tem que fazer o percurso todo ao longo de paginas de solidão por ausência de estímulo,mas... No fim gostei
Honestamente mesmo assim Não o compro, talvez porque saiba que não precisa, mas se mo oferecerem...
Isabel Seixas

Anónimo disse...

Tem êxito porque consegue comover as pessoas. Estas identificam-se com as personagens que Paulo Coelho inventa. As vezes nem sempre é a dita "grande literatura" que deve ter sucesso. Muitas vezes os grandes intelectuais esquecem-se daquilo que é essencial.... conseguir transmitir a outras pessoas sentimentos. O que o Paulo Coelho consegue fazer.

Anónimo disse...

Muito dificil de discordar, neste caso....!!!VExa, Senhor Embaixador, para além de inteligente, é diabólica e magistralmente acutilante...!!!

Melo e Lima

Helena Sacadura Cabral disse...

Também eu, confesso, tenho alguma dificuldade em me identificar com o autor. Mas também tal me ocorre com o nosso Nobel. Em contrapartida,
Agustina Bessa Luís, Maria Velho da Costa, ou Lobo Antunes "são muito cá de casa". Mas vendem muito menos que Paulo Coelho...
A que se deverá isto? Será, como diz Borboleta, porque comove as pessoas? Então porque só me comovo com os outros e não com ele? Tenho-me feito várias vezes esta pergunta e só encontro uma resposta: o defeito é meu e das minhas comoções.

Anónimo disse...

Caro Embaixador
Dois livros,dois restaurantes. Uma pequena colaboração/sugestão para dois blogs tão interessantes.
Cumprimentos,

Fleming, Peter
Un aventurier au Brésil
http://www.livre-rare-book.com/cgi-bin/lrbcgi

Francisco Coloane
“Le Passant du bout du monde”

Café Moderne - Rue Keller
19, Rue Keller
75011 Paris
Tél. : 01 47 00 53 62

Chez Fernand
13, rue Guisarde
Paris 75006
Tel : 01 43 54 61 47

Anónimo disse...

Concordo "plenamente"
Não consigo perceber o motivo de tamanho êxito...
GFaria

Rui M Santos disse...

Caro Francisco !!!
Como eu o entendo....
Apenas mais uma nota : Obrigado por este seu espaço, de bom humos, responsável, de reflexão...
enfim....uma delícia !!!
Forte Abraço de Amizade
Rui M Santos

Unknown disse...

Também não acho que o PC seja grande escritor. O que ele sabe fazer é explorar a credulidade e a ingenuidade cultural de uma pequena burguesia carente de bases culturais mais sólidas. Dizem-me que ganha fortunas com os seus livros. Bom proveito!

Anónimo disse...

Também não acho que o PC seja grande escritor. O que ele sabe fazer é explorar a credulidade e a ingenuidade cultural de uma pequena burguesia carente de bases culturais mais sólidas. Dizem-me que ganha fortunas com os seus livros. Bom proveito!

Anónimo disse...

Não compreendo porque é uma questão de "defeito" não se identificar com as emoções deste ou de qualquer escritor.
Não sou apreciadora de PC mas entendo que seja uma simples questão de gostos pelos temas ou natureza da escrita, experiências de vida, ambições, feitios.
Parece-me a coisa mais natural desta vida que tenhamos preferências tão díspares.
Parece-me a coisa mais natural desta vida que uns vendam mais e outros menos.

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