Com apoio da Fundação Gulbenkian - já repararam que a Gulbenkian está um pouco por todo o lado? - o antigo presidente Jorge Sampaio* esteve ontem em Paris, na sua qualidade de representante do secretário-geral da ONU para a questão da tuberculose, para uma jornada de sensibilização da comunidade internacional. Ontem era o dia mundial daquela que ainda é uma das doenças que mais vítimas fez no mundo, não obstante já não estar na "moda" mediática.
Há uns anos, numa reunião técnica em Nova Iorque, ouvi, de especialistas, o valor em dólares (de que já me não lembro) que seria necessário para erradicar, quase definitivamente, a tuberculose no mundo. O montante era significativo mas, como leigo, interiorizei a pergunta sobre se não seria possível juntar vontades para fazer esse derradeiro esforço financeiro. Dias depois, ao visitar um porta-aviões americano, foi-nos apresentado um modelo ultra-sofisticado de helicóptero. O valor de quatro desses helicópteros seria suficiente para pôr fim à tuberculose à face da terra. Eu sei que é ingénuo pensar as coisas desta forma, mas achei curioso ligá-las.
* No jantar em que reuni, na embaixada, o antigo chefe de Estado português com diplomatas de países envolvidos na luta contra a tuberculose, não resisti a fazer um brinde por "outro" dia 24 de março: o "dia do estudante", cuja tentativa de comemoração, há precisamente 49 anos, levou a uma vaga repressiva da ditadura sobre os estudantes portugueses, liderados então por um jovem chamado Jorge Sampaio...
* No jantar em que reuni, na embaixada, o antigo chefe de Estado português com diplomatas de países envolvidos na luta contra a tuberculose, não resisti a fazer um brinde por "outro" dia 24 de março: o "dia do estudante", cuja tentativa de comemoração, há precisamente 49 anos, levou a uma vaga repressiva da ditadura sobre os estudantes portugueses, liderados então por um jovem chamado Jorge Sampaio...