sexta-feira, julho 08, 2016

"Brexit, projeto europeu e interesses de Portugal"


Hoje, no jornal "Público", subscrevo com Fernando Bello, João Costa Pinto, João Ferreira do Amaral, João Salgueiro, José Manuel Felix Ribeiro, Júlio Castro Caldas e Miguel Lobo Antunes o texto "Brexit", projeto europeu e interesses de Portugal".

Por não haver link disponível, o texto pode ser consultado aqui

4 comentários:

Jaime Santos disse...

Concordo quase na totalidade. Só gostaria que ficasse melhor esclarecido o significado da frase em que se diz que Portugal não contribuirá para a fragmentação de EM. Espero que com isso não queira dizer que não deixaremos aberta a porta para que uma Escócia ou uma Irlanda do Norte independentes possam entrar na UE. Durante o referendo escocês, a UE foi perentória em dizer que em caso de independência, não garantiria a entrada automática da Escócia, o que poderá ter tido influência no resultado de permanecer no RU. No entanto, agora que os escoceses se preparam para sair da UE contra a sua vontade, a união deverá garantir à Escócia, caso deseje seguir a via da independência, uma entrada facilitada na UE, considerando que provavelmente reune todas as condições necessárias e considerando a sua pertença atual a essa UE.

Joaquim de Freitas disse...

Espero que a Europa não sobreviverá. Mas quem quer ainda Europa? A Europa está condenada a ser sempre uma Europa dos negociantes sem interesse real para os cidadãos, ou então deve fundir-se numa comunidade dotada de poderes supranacionais em matéria de politica estrangeira, de defesa, de politica orçamental e fiscal. Mas que não se alinhe sobre o aliado histórico: os EUA, que têm os seus próprios interesses, que imporão a todos os outros parceiros, e encontrarão sempre na Europa aqueles que não hesitarão a fazer-lhes a vontade.

Seria necessário uma vontade política e uma energia consideráveis para o conseguir; Com 27 países será impossível. A Europa que conhecemos, reduzida a regulamentações técnicas é uma monstruosidade.

Por isso espero que a Europa não sobreviva ao Brexit .

Anónimo disse...

É altamente duvidoso o que o manifesto postula em termos de segurança. Não há nenhuma razão para que esta dimensão não possa continuar a afirmar-se mesmo com o RU de fora. Se calhar mais uma razão para ressuscitar a UEO. O problema é outro que o manifesto não toca: é a ausência de investimentos maciços na àrea da investigação que puxem pelas tecnologias da área da Defesa, à semelhança de quanto sucede para lá do Atlântico. E nada impede que a UE não possa vir a cooperar com êxito com um segundo bloco comercial Europeu que o RU integre.

António Pedro Pereira disse...

Ex.mo Senhor Embaixador:
Precisamos muito de ter várias reflexões como esta, mas mais ainda que tivessem uma divulgação e debate nos «media» que infelizmente não têm tido, pois esta não é a primeira nem será, acredito, a última.
Em vez disso, temos a cacofonia habitual do passa-culpas, seja dos 0,2% do défice, seja do desastre que alguns (sempre os mesmos, sempre os patrioteiristas de um dos lados, os donos do patrioteirismo) vislumbram já para amanhã, o mesmo que vislumbraram para ontem e não ocorreu.
Agora duas questões de forma. Será por causa do novo Acordo Ortográfico ou por outras influências?
Às tantas lê-se:
«dos restantes EM’s para substituírem»
Eu nem quero acreditar que se escrevam aberrações como esta.
Que se imite os ingleses nos acrónimos e se acrescente um s minúsculo, engole-se.
Que se ponha um apóstrofo, quando a sua função como sinal de pontuação é indicar a supressão de letras numa palavra, como em cobra-d'água (em vez de cobra-de-água), é inadmissível.
Para que conste, os acrónimos não se pluralizam, pois tanto se podem ler no singular como no plural.
“espaço económico comum” (“eec”)
Como é um acrónimo, deve escrever-se EEC.
Desculpe-me a impertinência, mas com esta falta de cuidado a imbuir os espíritos de tanta gente, até da mais ilustre, que nos devia servir de referência, não admira que se tenha «comido» facilmente o Acordo Ortográfico, apesar das suas aberrações gritantes.

Marcos Vilaça

Neste tempo em que os amigos se vão como as cerejas, uns atrás dos outros, sei que arrisco converter este espaço num somatório de notas necr...