domingo, julho 03, 2016

As palavras "em estrangeiro"

Alguns leitores - aqui no blogue e em artigos - queixam-se do facto de eu utilizar, com exagerada frequência, palavras e expressões estrangeiras.

Reconheço sem qualquer problema que padeço desse vício, aceito que ele não seja "bonito" para uma escrita que se desejaria em bom e puro português, exponho-me mesmo à crítica justa de algum excesso de "cosmopolitismo", a roçar a snobeira. Tudo o que quiserem! 

Mas não tenciono mudar, desculpem lá! A minha escrita nestes espaços é, cada vez mais, espontânea, imediata e próxima da oralidade. Falo como escrevo e escrevo como falo. Como vício adquirido por quem viveu bastante tempo fora do país, ficaram-me essas "bengalas" de facilidade expressiva (noto que também uso imensas aspas, o que igualmente desfeia a escrita, tal como os parêntesis em que escrevo isto mesmo). Quem por aqui fizer o favor de andar terá de conviver com elas.

OK?

12 comentários:

Anónimo disse...

OK?
Procurei no dicionário e não encontrei.
O que significa, qual é a origem?

Joaquim de Freitas disse...

Existem frases « estrangeiras » que dizem tudo bem melhor que as nossas ! Também tenho a tentação de as utilizar. Como, no outro sentido, a nossa palavra “saudade”, que é única para exprimir o sentimento de quem sofre antes mesmo de partir…Um pouco de “fair play” devia permitir de aceitar que todas as línguas comportam “preciosidades” que seria pena de não utilizar!

Anónimo disse...

Ao anonimo das 02:57

Tambem uso expressoes e frases "estrangeiras" como quase todos nos, salvo alguns puristas mais puros que certos charutos...

Fiquei cheia de curiosidade com a origem e significado de OK e meti maos a obra.

Encontrei o seguinte: OK: abreviatura de "Old Kinderbrook", expressao usada pela pimeira vez nos EUA durante a campanha de reeleicao do Presidente Martin Van Buren, nascido em Kinderbrook (N.Y.). M. Van Buren foi alcunhado de "Old Kinderbrook" e os seus apoiantes usaram as iniciais OK durante a campanha eleitoral.

Talvez haja outras hipoteses de origem e significado mas nesta manha solarenga de domingo, a poucas horas do Franca/Islandia ja me dou por satisfeita.

Bom domingo para todos, ao sol na praia, a sombra a ler os jornais, wherever...

Saudades

F. Crabtree

Anónimo disse...

Tem todo o direito de usar as palavras que entender, a frequentar restaurantes caros, a ser snob, a não usar cuecas, a usar uma meia de cada cor, a fazer o que lhe der na real (ou republicana) gana.

O meu problema é que, parolo transmontano, não percebo mais de metade dessas estrangeiras expressões, senão todas!

Bô, o problema é meu!

Bem'ou finto!

duarteO

Anónimo disse...

Continue, quanto mais colorida a prosa, melhor fica!

Cícero Catilinária disse...

Why not?

António Pedro Pereira disse...

Já que se está em maré de discussão sobre o bom uso da Língua Portuguesa, não há manhãs solarengas.
Solarengo refere-se a solar, edifício de arquitectura requintada.
Mas há manhãs soalheiras, bafejadas pelo sol.
Quanto à origem do Ok, há muitas hipóteses, desde a Grécia Antiga.
Mas uma é verdadeira: Na Guerra da Secessão, quando as tropas americanas regressavam aos aquartelamentos depois de um dia de batalha sem a morte de nenhum soldado, expunham um grande cataz com os caracteres "0K", que significava "0 Killed".


António Pedro Pereira disse...

Não completei o raciocínio no meu comentário anterior, às 14:59
"O Killed" (zero mortos) significava que nesse dia tudo tinha corrido bem.
Daí o uso e OK como sinónimo de "Tudo bem".

CORREIA DA SILVA disse...

Senhor Manuel Silva:
O seu raciocínio, continua a pecar por defeito a nivel militar, e completamente estapafúrdio quanto ao seu conceito REQUiNTE na ARQUITETURA.
-Estou num lauto banquete (ração de combate), e aguardo a melhor oportunidade concedida pelo IN , para retaliar o seu comentário/s.

Saúde e um ALFA BRAVO
Um Alfa Bravo.

Anónimo disse...

No seu caso, Senhor Embaixador, eu trocaria esse OK? (que está a gerar maka e polémica) por um sonoro e sumptuoso TÁ? (lol)

Tassbem aki. Thanks.

o Merceeiro disse...

I agree !

Anónimo disse...

eu também acho que em "nossa casa" quem manda somos nos.
continue assim, acho que já faz parte de si.
parabens pelo seu blog
anonima

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...