terça-feira, fevereiro 09, 2016

Reflexão de Carnaval

Hoje, almoçando despreocupadamente com dois colegas, também reformados, um deles saiu-se com esta:

- É uma injustiça não sermos abrangidos pela tolerância de ponto!

Caímos num assentimento coletivo. O outro colega foi mesmo mais longe:

- É um escândalo! A Ana Avoila não protege os nossos interesses. Olha se mexeu uma palha a nosso favor, para podermos beneficiar das 35 horas! É o mexes!

Por mim, fui bem mais radical:

- Sempre achei inconcebível que não esteja regulamentado o direito à greve dos reformados. E fizemos nós o 25 de abril para isto!

Revoltados q.b., acabámos o almoço e regressámos às nossas tarefas.

Em tempo: vários amigos deram, entretanto, achegas que nos tinham escapado (fruto da idade, com certeza) na composição do nosso potencial "caderno reivindicativo": desde logo, o direito a férias, com o respetivo subsídio, e claro!, o de Natal, o óbvio subsídio de refeição e, o que é mais importante, um regime que permita uma distinção clara entre o fim-de-semana e os restantes dias. Começa aqui a gizar-se uma agenda jeitosa. Costa e Centeno que se "ponham a pau"! Isto não é só Carnavais e nós não somos menos importantes que os maquinistas da CP e do Metro...

3 comentários:

Anónimo disse...

Boas piadas de reformados! Todos sabemos que nenhum reformado pode trabalhar e receber a dois (ou mais) carrinhos para que os mais novos não emigrem...Não é assim?...
E há para aí uma horda de reformados das privadas (e outros) que pouco lhes falta para se reformarem da reforma, tal o tempo que já têm da dita... Porque os "investidores" "racionalizaram" os efetivos respetivos... E depois querem que se trabalhe ao domingo feriado e dia santo de guarda para lhes pagar... "A racionalização das ditas "boas empresas"...
Porque esta gente só sabe abrir a caixa registadora e meter lá a mão... E o que eles mais desejam é que não haja alguém que lhes possa dar uma sapatada.

Fernando Frazão disse...

Além disso temos a acrescentar que não temos férias e os fins de semana são como os outros dias.

Anónimo disse...

Pois, lá veio a Ana Avoila e mais os maquinistas da CP e mais os maquinistas do Metro, todos os privilegiados e furiosos "extremos-esquerdos", cheios de mordomias e privilégios. Pronto,está bem. Mas noto que não lhes deu para mandarem umas piadinhas sobre os miseráveis salários e as "pitanças" adjacentes do pessoal diplomático…Ele há coisas !!!!!!

Os borregos

Pierre Bourguignon foi, ao tempo em que eu era embaixador em França, um dos grandes amigos de Portugal. Deputado à Assembleia Nacional franc...