O 25 de abril teve também os seus heróis discretos. Nuno Fisher Lopes Pires, que hoje desaparece, foi um deles. Tenente-coronel do Exército num movimento onde abundavam os capitães, esteve na conspiração desde as primeiras horas e fez parte de quantos, na Pontinha, dirigiram as operações militares.
Conheci-o mal, trocámos apenas breves palavras nesses corredores dos tempos revolucionários, mas recordo-lhe a postura serena, o cachimbo reflexivo e a saudável ausência de ambição ou desejo de protagonismo. É um dos homens a quem, no seu silêncio, devemos a nossa liberdade.
8 comentários:
Qual liberdade?
Sim, era um homem silencioso, mas bem intencionado. Não procurava o protagonismo...
R: comentário das 14:10
A liberdade que lhe permite escrever o que pensa e eu também.
Tantos e bons fizeram o bem sem olhar a quem.
Anónimo das 14:10,
Que idade tinha em 25 de Abril de 1974?
E, se ainda não tinha nascido (ou era demasiado novo para perceber) o que é que lhe ensinaram da nossa História recente (em casa ou na escola)?
Ao anonimo das 14:10
A liberdade aprecia-se melhor quando não existe! Se não existisse, um Embaixador Português não poderia escrever num blogue aquilo que escreve, e os comentários também não existiriam! Até aos vinte anos nunca votei, e o meu Pai também não .... em Portugal! Faltava a liberdade!
Senhor Embaixador: é na verdade tristemente espantoso que alguém que utiliza a possibilidade de escrever um comentário neste espaço questione o que é a liberdade.
Mas o importante é que, como sempre faz, V. Exa. lembre aqueles que partem e contribuíram para que hoje sejamos cidadãos livres.
Por mim estou-lhes grato.
Quanto ao anónimo das 14H10, bom seria que desenvolvesse o seu conceito de liberdade, pois o que escreveu, que nós lemos entrelinhas é "O"...
1M de pessoas "libérrimas" de "ocupação". Mais outras, muitas, livres, que se tentam "agrilhoar" a uma "ocupação", que os "agrilhoe" fora do território "livre", enquanto outros, muitos, continuam a lambuzar-se e os sequazes!
Duas pequenas palavras, com uma “question mark”, ao Sr. Embaixador, e tanto frémito?
“Nossa” quererá dizer: a minha e a dele? (eu tenho emprego (ainda) e ele reforma).
Os ditadores eram “livres” (na conceção deles). Os autocratas são “livres”… também… Acaso deixaram de existir?
Bem… acabei de beber um Ceara d`Ordens, branco, geladinho…
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