Um excerto do texto de Bruno Lopes, hoje, no DEconómico:
""Esta é a Europa do fosso entre o Norte e o Sul, a Europa da Alemanha receosa da saída do Reino Unido (avesso à maior integração necessária para sairmos da crise), a Europa da instabilidade a Leste. Aqui, o bom argumento económico contra a austeridade excessiva funciona enquanto arma a usar no desejável processo político de negociação com os credores - mas, tal como o confronto moralmente correcto ao chavão "as dívidas são para se cumprir sempre", não determina por si só o desfecho do processo político. Quem "tem que" é o país dependente da Europa credora para regressar ao financiamento regular no mercado. Não serão as eleições alemãs a mudar drasticamente este cenário.
Para quem queira ficar no euro - e a maioria ainda quer - a defesa realista dos interesses de Portugal começa não fingirmos que estamos noutro filme. Esta Europa, liderada por países com interesses diferentes dos nossos, não é o Bambi do tempo de Soares, de Cavaco ou de Delors.
A defesa realista dos interesses de um país pequeno como Portugal passa por nos apresentarmos como um país credível mas não silencioso, um país que luta por todas as flexibilizações que evitem sacrifícios desnecessários, que tenha um governo que saiba encontrar as soluções mais justas dentro da restrição financeira existente (há alguma margem para escolher) e que saiba ser eficaz na pressão junto dos líderes europeus que defendem os seus interesses.""
Atrás, Taveira, 2004, belos azulejos, "dignos" da Maria Keil, não, das empresas de Fernão Ferro, à beira da estrada. A seguir, um exemplar típico da Brandoa, anos 60. Mais adiante, um arremedo de prédios modernistas. À esquerda, à frente, por quem os sinos dobram? Não perguntem ao Hemingway, perguntem a Roquete, Dias da Cunha, Bruno de Carvalho...
5 comentários:
Espero que sim, ao menos o Sporting !
Alexandre
Um excerto do texto de Bruno Lopes, hoje, no DEconómico:
""Esta é a Europa do fosso entre o Norte e o Sul, a Europa da Alemanha receosa da saída do Reino Unido (avesso à maior integração necessária para sairmos da crise), a Europa da instabilidade a Leste. Aqui, o bom argumento económico contra a austeridade excessiva funciona enquanto arma a usar no desejável processo político de negociação com os credores - mas, tal como o confronto moralmente correcto ao chavão "as dívidas são para se cumprir sempre", não determina por si só o desfecho do processo político. Quem "tem que" é o país dependente da Europa credora para regressar ao financiamento regular no mercado. Não serão as eleições alemãs a mudar drasticamente este cenário.
Para quem queira ficar no euro - e a maioria ainda quer - a defesa realista dos interesses de Portugal começa não fingirmos que estamos noutro filme. Esta Europa, liderada por países com interesses diferentes dos nossos, não é o Bambi do tempo de Soares, de Cavaco ou de Delors.
A defesa realista dos interesses de um país pequeno como Portugal passa por nos apresentarmos como um país credível mas não silencioso, um país que luta por todas as flexibilizações que evitem sacrifícios desnecessários, que tenha um governo que saiba encontrar as soluções mais justas dentro da restrição financeira existente (há alguma margem para escolher) e que saiba ser eficaz na pressão junto dos líderes europeus que defendem os seus interesses.""
alexandre
Atrás, Taveira, 2004, belos azulejos, "dignos" da Maria Keil, não, das empresas de Fernão Ferro, à beira da estrada. A seguir, um exemplar típico da Brandoa, anos 60. Mais adiante, um arremedo de prédios modernistas. À esquerda, à frente, por quem os sinos dobram? Não perguntem ao Hemingway, perguntem a Roquete, Dias da Cunha, Bruno de Carvalho...
Já me tinha esquecido de que ainda antes do fim do mês poderia vir um bónus...
Estamos a trabalhar bem.
A primeira prova oficial está ganha.
Quando os rapazes do apito começarem a decidir...
Guilherme.
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