- Como é que você resolveu o problema dos livros a mais, no seu regresso definitivo a Lisboa?
- Nem me fale! Foi um inferno! Não houve espaço para todos eles. Tive de fazer uma seleção.
- É que eu estou num sufoco. Tenho milhares de livros em caixotes, num armazém. Ainda não sei bem como vou proceder.
Comentário irónico da mulher desse meu colega:
- Vocês nem se dão conta do lugar onde estamos a ter esta conversa. Depois queixem-se...
Estávamos a comprar livros na Bertrand.
14 comentários:
Os temas que Vossa Excelência escolhe destinam-se a fazer os seus amigos sofrer "por antecipação"?
a) Alcipe
Mais olhos,que barriga.Más nada!
Os livros são como as paixões e há paixões que acabam por ser vícios: mais elas são satisfeitas, mais elas crescem.
Creio que era mais ou menos assim que se exprimia Honoré de Balzac.
J. de Freitas
O problema do espaço dos livros
Ao principio frequentava as bibliotecas dos municipios e das universidades e trazia livros emprestados que depois devolvia.
Quando comecei a comprar e a amontoá-los em casa, a ideia do regresso a Portugal com a inerente dificuldade do transporte daqueles volumes ainda me chegou a preocupar. Depois tomei consciencia de que o regresso estava muito comprometido e de que já não seria necessário, neste caso, transladar os livros...
Também agora, com a maldita internet, já os não afago tão frequentemente como o fazia antes e, com a falta de carinho, até já tenho medo que aquela afeição viva que lhes dedicava se afaste...
José Barros
poderá o gosto pelos livros que leva a comprar sempre sem relação com a capacidade de leitura ser considerado um adicção, positiva, claro? creio que sim.
Se são em português, já pensou por exemplo doar para a Biblioteca da Cidade Velha em Cabo Verde, ou para Escola Portuguesa Ruy Cinatti em Dili, ou para a Biblioteca de Nampula e tantas outras. Fica mais aliviado e as populações locais agradecem.
Cumprimentos
J. Seixas
Senhor Embaixador,
Eu sigo ver em que prateleira de biblioteca vão parar os meus livros e outros afins que fui coleccionando em 30 anos. Em meia dúzia de palmos de terra não há espaço para livros...
O morno do sol da primavera está a chegar e goze-o por Lisboa.
Saudações de Banguecoque
José Martins
Há várias semanas que esperava por uma continuação do tema!
assim sendo, obrigada
Angela
"Quem corre de gosto não cansa",
"Sarna de gosto não pica"
&
Rebéu, béu, pardais ao ninho :))
sera que este "post" tem alguma coisa que ver com o senhor relvas?
...
bh
sera que este "post" tem alguma coisa que ver com o senhor relvas?
...
bh
A minha colecção ainda é modesta e já desmanchei um roupeiro grande para prolongar a estante!
Foi inesquecível a cara do pedreiro quando lhe disse a finalidade da obra.
Isabel BP
Há dois tipos de livros: os que nós compramos, o que constituíu a larga maioria dos livros que lemos, ou pretendemos vir a ler e os que nos oferecem, o que, normalmente (e ainda bem) raramente sucede– oferecer livros a alguém é uma decisão algo ousada e arriscada, pelo menos a meu ver, pois, ou é alguém que sabe, muito bem, o que gostamos de ler, ou então o livro fica a marinar numa estante, ou algures.
Agora, quanto aos livros que compro e comprei muitos ao longo da vida - ler é um dos prazeres maiores que tenho, um livro é um “amigo” que não esqueço e não dispenso -, esses nunca os abandono. Mesmo muito depois de os ter lido há muito tempo. Vivo, por felicidade, numa casa grande, mas mesmo que não vivesse, nunca os dispensaria, ou os deitaria fora. Um livro é, como disse, um amigo e amigos não se deitam fora. Um livro tem sempre um lugar onde ficar. Ainda que em cima ou em baixo de qualquer coisa. Há sempre soluções para os continuar a guardar. Isabel BP acabou por nos dar uma solução, por exemplo.
No meu caso, cheguei ao ponto de tentar encontrar uma mesa de cabeçeira para também colocar os meus livros. Para um livro há sempre soluções. O que não se deve fazer é deitá-los fora, dispesá-los, etc.
Biscaia
Boa tarde.
Reforço aqui a sugestão do Sr. J. Seixas:
http://observatorio-lp.sapo.pt/pt/noticias/livros-para-a-biblioteca-da-ribeira-grande-de-santiago-cidade-velha
Respeitosamente,
Pedro Silva
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