segunda-feira, dezembro 17, 2012

Soberania

Onde se devia cortar, dentro da despesa pública?, perguntou "O Sol" ao antigo governante Nuno Morais Sarmento. Eis parte da resposta:

"Nas funções de soberania, a rede diplomática é ainda hoje a de um país com ambições imperiais ou de potência regional. Manifestamente não é esse o tempo que vivemos".

Tomei boa nota.

16 comentários:

Helena Sacadura Cabral disse...

Ai Senhor Embaixador, neste caso limito-me a parafrasear a parábola "Pai perdoai-lhes porque não sabem o que (dizem)..."

Anónimo disse...

Os pobres nao tem orgulho nem dignidade: recebem e obedecem. O que vale para dentro, vale para fora.

a) Feliciano da Mata, homem moderno e desempoeirado

patricio branco disse...

fico sem palavras

Anónimo disse...

Aqui há dias um familiar foi assaltado na Sicília.
Teve que se deslocar a Roma (só lá é possível) para obter documentos para o regresso e teve um tratamento muito pouco competente e de amparo para quem se encontra naquela situação.
Se calhar, tendo em conta o custo benefício, mais vale utilizar embaixadas virtuais com páginas onde apareça a informação total e clara e no fim uma assistente a dizer: para mais qualquer dúvida não hesite em contatar-nos através do mail…

Anónimo disse...

Euronews: no comment!

Anónimo disse...

Não é "contatar-nos", não é "contato", é contaCtar-nos", e "contaCTO". Irra!!!

Anónimo disse...

Com o atual Ministro tutelar, a gente que diz estas coisas tem muita probabilidade de se enganar, tanto mais se a sua esfera de influência não interseta a do Ministro. Como grande admirador do Príncipe Perfeito, conforme já o ouvi manifestar-se, também apetece cognomina-lo de Ministro Perfeito, tal como Nicolau Maquiavel se baseou na figura do nosso Rei…

Francisco Seixas da Costa disse...

Caro Anónimo das 18.42: nos serviços consulares, há livros de reclamações para quem se sente insatisfeito com os serviços, embora talvez antes convenha esclarecer-se sobre os meios de que os funcionários que atendem dispõem para ocorrer às dificuldades dos cidadãos que a eles acorrem.
Em nenhuma circunstância aceito críticas genéricas face aos serviços do MNE. Quem tiver queixas a fazer, tem livros de reclamações ou pode escrever, a queixar-se, ao primeiro-ministro ou ao ministro dos Negócios estrangeitos ou ao embaixador. As pessoas talvez não não saibam, mas uma queixa dá SEMPRE lugar a uma investigação e terá sempre uma resposta. Já puni funcionários que se comportaram menos bem, da mesma maneira que eu próprio já me queixei do tratamento recebido em serviços públicos portugueses. Ah! e também já enviei cartas a elogiar serviços e funcionários. Críticas genéricas, sem datas, nomes e coisas concretas, mando-as para o caixote do lixo, como faço às cartas anónimas.

Anónimo disse...

Monti
Agora que a UE está reforçada com uma 'ministra' dos Negócios Estrangeiros,
é que aparece NMS com uma solução em contra ciclo.

Anónimo disse...

Desculpe caro anónimo das 19:02 pelo engano no AO. Tem toda a razão.
Desculpe Sr. Embaixador pela observação, que não formaliza uma queixa.

Anónimo disse...

Realmente, aquelas palavras dão que pensar. Ou NMS “se precipitou”, o que não me parece ter sido o caso, ou quis atingir quem?
De registar ter “O Sol” capital angolano, (ao que consta). Não me admirava pois que as suas “irreflectidas” palavras ainda viessem a encontrar eco no “Jornal de Angola”.
Fez bem em colocar este Post.
E, quem tiver queixas sobre os serviços diplomáticos deve deixá-las por escrito. Como aqui se releva, e bem. Para ajudar a melhorar essa mesma rede diplomática no estrangeiro.
a)Rilvas

Anónimo disse...

Pois é... a diplomacia sempre existiu e vai existir. Já em 1821 e 1911 quiseram acabar com os diplomatas e haver apenas agentes comerciais. Mas rapidamente perceberam que tinha sido uma enorme asneira. É pena a maioria das pessoas não saber para que serve uma diplomacia, sem alardes, digna e competente. Mas isso deve ser areia de mais para a camionette de muita gente que só pensa nos croquettes dos outros.

Anónimo disse...

Lá que há muita coisa para cortar nas despesas que não servem o interesse público é verdade. Agora esta da rede diplomática, vinda de alguém que deve ter conhecimento das funções da diplomacia, dá que pensar. Possivelmente referia-se apenas à diplomacia dos séculos XVII e XVIII. Mesmo assim, para além das perucas, das casacas e de uniformes reluzentes, muito se resolveu através de bons diplomatas. Convém, de vez em quando, escutar vozes sábias e descomprometidas em relação aos poderes actuais, como a do Prof. Adriano Moreira. Refere-se, com insistência, ao perigo de nos tornarmos num Estado exíguo e irrelevante, que, por "acaso" geográfico e histórico teve, e ainda tem, uma posição estratégica que poderá servir para o reforço do desenvolvimento sustentado de que tanto se fala. Assim haja políticos que se preocupem com o Portugal a 10 ou 20 anos de vista e não apenas com as eleições seguintes. Já agora, é bom que se tenha a noção de que os diplomatas não são milagreiros. Para fazer omeletas têm de ter alguns ovos... Para além de algumas verbas, também necessitam de instruções claras e de respostas adequadas e tempestivas a questões que colocam ao Governo.
José Honorato Ferreira

EGR disse...

Senhor Embaixador:confesso que já pouco do que vem da esfera do poder e seus "satélites" me causa surpresa.
Ainda ontem regressou o tema das reformas milionárias.

Anónimo disse...

Recordo, com muito gosto, uma indireta (ou talvez nem tanto), de Manuel Maria Carrilho a esta personagem, em pleno Parlamento.

Francisco Seixas da Costa disse...

Caro Anónimo das 19.39: mas todas as queixas são bem vindas, pois são elas que ajudam a melhorar os serviços. Eu estimulo a que as pessoas se queixem, mesmo dos serviços em que superintendo. Desde que tenham razões concretas, as provem e identifiquem quem acham que não cumpriu o seu dever de servidor público. O que me custa são as "bocas" do género "as embaixadas não funcionam" ou "os empresários queixam-se de que não são apoiados pelos diplomatas" ou coisas do género. Neste caso, pergunto: quem? onde? como foi? "Bitaites" gerais, de quem só gosta de dizer mal, é coisa para que não tenho paciência.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...