terça-feira, dezembro 25, 2012

Fitas diplomáticas?

Foi há minutos, num intervalo entre dois programas - ou da SIC i ou da RTP i, os únicos que por aqui (a espaços) se veem. Aparentemente, é uma nova novela. Nela, um pai dizia para um filho qualquer coisa como: "Mas eu achava que gostavas de ser diplomata!".

Temo o pior! "Zooms" sobre mãos ansiosas nas esperas na sala dos embaixadores? Planos fixos no Livro Branco? "Travellings" à volta dos claustros? "Long takes" nas salas do Protocolo? "Nuits américaines" na Cifra? "Contre-plongées" nas escadas entre os palácios? "Fade-outs" sobre as saídas à sucapa? Contra-campos no Pacto? "Close-ups" sobre as malas do Expediente? Planos de corte no Corepe?

Ou será que, muito simplesmente, se trata de propaganda institucional para o próximo concurso de admissão de diplomatas, que me dizem que abriu há dias, sem grande divulgação?

10 comentários:

Isabel Seixas disse...

Concurso de admissão?!!!
Que raridade...

Não teria sido algum desvario do Pai Natal?

Helena Oneto disse...

A série de "savoureux" court-métrages, com especial ênfase aos dedicados à sua Bila e às suas recordações de infância, são um autêntico regalo! O Senhor é um metteur en scène inné et joue, à merveille, avec toutes les cordes de votre imense violon.

Desejo-lhe uma excelente continuação!
Bien à vous!

Anónimo disse...

Os concursos para a administração pública e empresas públicas lá continuam! A Lei é para “cumprir”!
O sui generis português é que o candidato que vai ser admitido é conhecido A priori.
A expressão não latina é: “o concurso é para…”
Querem exemplos? Acho que não precisam! Também não tenho nenhum exemplo exemplar, apesar da minha já longa “experiência”…
Ou seja é uma espécie de continuação...

Francisco Seixas da Costa disse...

Caro Anónimo das 12.43: o concurso de admissão ao MNE, para um número de candidatos que desconheço, mão tem as "cartas marcadas" porque vai ser dirigido por alguém que não brinca em serviço e que não vai em cunhas.

Francisco Seixas da Costa disse...

Caro Anónimo das 12.43: o concurso de admissão ao MNE, para um número de candidatos que desconheço, não tem as "cartas marcadas" porque, segundo fui informado, vai ser dirigido por alguém que não "brinca em serviço" e que, estou certo, não vai em cunhas.

Anónimo disse...

Enquanto fazia fitness com os auriculares do mei ipod só via em frente uma das televisões em que o canal da TVI só mostrava folares, enchidos, bolos-rei e outras tantas iguarias. E dei graças a Deus de não ter comemorado o Natal. No próximo ano irei já divorciado à igreja e com menos peso sobre os ombros...

Gil disse...

Espero que, como um pai preocupado em conseguir para o filho um futuro risonho, o personagem da novela consiga dissuadir o jovem de se deixar arrastar por gostos e incentivá-lo a dedicar-se a outra profissão qualquer.
O difuso charme que envolve a imagem da profissão faz-me sempre lembrar o lamento de um distinto Embaixador que proclamava "pensei em ter uma carreira; afinal, tenho um emprego".
Sem desprimor, claro...

Anónimo disse...

Quem suscitou o meu comentário foi a expressão da Exma. Isabel Seixas.
Sendo o Sr. Embaixador uma das pessoas por quem tenho grande respeito e confiança, no entanto, o exemplo que dá não contraria o que escrevi.

Isabel Seixas disse...

Caro Anónimo das 14:30

A minha expressão é contextualizada no enquadramento atual de austeridade em que as vagas deixadas pelos profissionais que se reformam são normalmente lugares a extinguir.

os lugares vagos assim como os cargos e as funções a descoberto são normalmente ocupados pelos profissionais capacitados em exercicio, através do regime de acumulação ou recurso a estratégias de mobilidade.

A minha "agradável" surpresa prende-se com a abertura do concurso de admissão, que considero pertinente no respeito pela complexidade de funções da profissão e valorização da carreira.

De forma alguma a minha expressão tem algo a ver com o processo de recrutamento e seriação dos candidatos, para o qual, não detenho conhecimento especifico, que me permita acreditar ou duvidar.

Lamento tê-lo induzido a fazer inferências, reconheço alguma ambiguidade na minha expressão.

Anónimo disse...

Caros Exma Isabel Seixas e Sr. Embaixador, por acaso querem apostar que não sou deste mundo ou entrei em desvario?

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...