Não, não é "dos Pintores": é do Pintor. Onde fica? Fica em Santo Antão do Tojal. Não sabe onde é? Ó diabo! Conhece A-das-Lebres? Também não? Bom, Loures já conhece, não é? Sai da autoestrada para lá e, depois, ponha o Wase ou o Google Maps. É mais fácil assim. De Lisboa (depende de onde estiver em Lisboa, claro) leva uns 20 minutos. A certa altura, dado o tipo de estrada, vai achar que se perdeu. Nessa altura, pode ter a certeza: é mesmo por aí.
Fui lá uma primeira vez há uns bons anos, com um amigo que sabe muito desta poda. Regressei tempos depois. Comi sempre bem e invejei a fantástica garrafeira. Ontem, perante uma Lisboa onde tudo quanto era restaurante estava apinhado, lembrei-me do Solar dos Pintor. Consegui arranjar mesa para o jantar. E arrastei comigo meia dúzia de pessoas.
O que comemos? A lista é magnífica, nada convencional, com duas especialidades só por encomenda. Optámos por um arroz de cabidela, para todos. Demorou? Demorou, porque foi feito na hora. Entretanto, fomos a uns bolos de bacalhau, fritos também no momento, de textura certa, sorvidos no meio da boa conversa de amigos, numa sala cheia e bem disposta, de gente que sabia bem ao que ali ia.
O arroz, no tacho, valeu bem o tempo de espera. Estava excelente! Seguiram-se as sobremesas. Belíssimas, também. Como vinho proposto pela casa, fomos por um Grão Vasco, a clássica marca do Dão, agora com rótulo novo na garrafa bojuda tradicional. Na garrafa não, nas garrafas, porque tiveram de vir duas para sustentar a sede da mesa. E que bem simpático que estava o vinho, de 2022. Ah! O serviço é de primeira! Simples, amável e atencioso, fazendo-nos sentir em casa.
Com os cafés, veio a conta. Se acaso souberem onde se pode comer tão bem por menos de 25 euros por pessoa, digam!
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