quinta-feira, maio 02, 2019

Sensibilidades

Há dias, para criticar um político para quem os números eram tudo, escrevi, por aqui e algures, que ele era menos um governante e mais um contabilista. 

Pelos vistos não percebendo que, ao dizer isto, nada me movia contra os contabilistas mas que tinha tudo contra os políticos que atuavam como eles, quando a sua tarefa era bem outra, recebi queixas ofendidas de vários contabilistas, que não entendem que “cada macaco no seu galho”...

Há dois dias, numa entrevista televisiva sobre a Venezuela, saiu-me, a certo passo, que “Maduro é um genérico de Chávez”. Tinha acabado de dizer a frase e logo pensei: ainda me arrisco a que os fabricantes de genéricos se aborreçam. Há pouco, lá veio uma mensagem, ofendida: “o senhor dá dos genéricos uma má imagem, sem respeito profissional por quem os produz”. 

Está tudo doido?

11 comentários:

diogo disse...

desde que inventaram a caixa de comentários , qualquer idiota consegue dar a sua opinião pública ..como se pode comprovar

Anónimo disse...

É muito bem capaz de estar tudo doido, sim.

J J R disse...

Sou, de há muitos anos, amigo de um velho médico psiquiatra a quem, por paródia, de vez em quando, digo que ando muito preocupado com a minha sanidade mental.
"Então por quê?" - pergunta-me ele.
"Porque acho que o mundo está doido e, portanto, quem está doido sou eu!"
A resposta sistemática é de que não me preocupe porque não ando longe da realidade.

José João Roseira

Anónimo disse...

A minha Neta já dizia: "Estão malucos da cabeça". Hoje, disse eu o mesmo, na votação da unicidade (direita/esquerda) no Parlamento, sobre as famigeradas carreiras dos professores, sem olhar a despesas e a pensar nos interesses eleitorais. Já agora, só os professores? Isto está mesmo porreiro!!TUDO DOIDO!

jj.amarante disse...

Usar o termo "genérico" com tom depreciativo, como no exemplo que deu, não é de louvar, conforme o embaixador logo se apercebeu.

Anónimo disse...

Não está ninguém doido :
Usar o termo genérico no contexto em que foi usado claro que era depreciativo , assim como ter usado “ contabilista “ num outro post provocou reações de desagrado nos contabilistas cuja profissão é essa e a exercem com profissionalismo . Que tal não usar palavras que possam ofender as pessoas e trocá-las por outras menos agressivas e mais elegantes ? Os doidos agradeciam e já não o crticavam .
Quanto ao Houligant tenho dúvidas que há mais de 6 décadas , e na provincia , alguém conhecesse um perfume que mesmo nos nossos dias é quase desconhecido dos portugueses . Se até o sr. Embaixador que andou pelo mundo não o conhecia ! Precisou de ir ao Google para saber o que era a palavra ... A sua imaginação é muito fértil . E nem todos estão doidos ...
Cumprimentos

Pedro F. Correia disse...

Sim... está (quase) tudo doido! As extremas suscetibilidades, os melindres sem direta ofensa pessoal ou corporativa, a disposição especial para acusar influências exercidas sobre si próprio, além do narcisismo, são tudo patologias bem definidas. Cunpr portugueses

Luís Lavoura disse...

No segundo exemplo dado, parece-me evidente que o termo "genérico" foi utilizado com um sentido depreciativo e ofensivo, pelo que acho que sim, quem se queixa tem razão.
Já no primeiro exemplo o termo "contabilista" não me parece ter sentido depreciativo, pelo que, quem se queixa não tem razão.

Anónimo disse...

Vivemos na Era dos Ofendidinhos. A vida segue, sempre houve idiotas.

Anónimo disse...

A Era dos Ofendidinho inclui os que, de duas ou três mensagens, concluem, muito apocalípticos "Está tudo doido?" É um velho truque retórico.

Pedro F. Correia disse...

En meu entender, o termo genérico, por contraposição ao longo processo de investigação, experimentação e responsabilidades que inclui um novo fármaco, obviamente o genérico está diminuído em relação ao primitivo medicamento.

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