sexta-feira, setembro 07, 2018

O almoço das quintas



“Não queres responder àquele cronista que há dias te criticou num jornal?”, perguntava-me um amigo, no almoço das quintas, quando eu confessava hesitar quanto ao assunto a abordar nesta crónica. Respondi que não: quem escolhe os meus interlocutores sou eu, não o contrário. Em especial, quando as pessoas estão de evidente má fé, treslendo o que escrevi, como foi o caso. “Talvez valha então a pena falares das trapalhadas do Benfica!”, alvitrou outro. A ideia nem era má, mas o que é que alguém pode dizer sobre o assunto, sem se pensar logo que a opinião está manchada por clubite? A única coisa que sei, de ciência certa, é que vamos ter uma novela para vários anos, com recursos e contradições judiciais. No final, até aposto!, a montanha vai parir um rato ou um bode expiatório. Não, não vou falar de futebóis, muito menos das eleições de amanhã, no meu Sporting. Outro conviva deu então uma nova dica: “E se comentasses as sondagens que saíram?”. Escrever sobre o tombo do Bloco, pelo efeito Robles, ou de como o PS ainda fica longe da maioria absoluta? “E, de caminho, anotavas que agora já não é a água que vai pelo rio abaixo, mas que é o Rio que vai por água abaixo...”, sorriu o meu parceiro do lado, gozando a “trouvaille”. Não, com as eleições ainda longe, deixo isso para os exegetas televisivos. 

O almoço continuava e eu continuava sem tema. Isto de regressar de férias acarreta sempre um certo torpor, porque a adrenalina ainda não atingiu os patamares necessários. E, embora possa parecer o contrário, não sou um “tudólogo”, cuido sempre em só escrever sobre aquilo em que julgo poder acrescentar alguma coisa: “Ora aí está! Podes escrever sobre as eleições brasileiras e explicar o que é que o Lula afinal pretende com a sua tática de recursos”. Como se eu soubesse! A única explicação é que está a levar a vitimização tão longe quanto possível, para que a emotividade nos apoiantes se transfira, no fim, para a candidatura de Haddad. Mas já escrevi isto algures! “E o livro do tipo do Watergate sobre o Trump, com o escândalo do artigo anónimo no “New York Times”?” Não, quero ler o livro antes. Foi então que alguém decretou:  “O que eu te queria ver era a falar sobre o Marcelo, sobre as selfies, sobre os banhos de rio, aquela “Corte na Aldeia”! Mas sobre isso, é o falas! Vocês têm todos um respeitinho reverencial pelo homem”. Não comentei, nem para lhe dizer que me tinha dado em excelente ideia, para a semana. E foi assim que se passou (ou não) o meu almoço das quintas. 

5 comentários:

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Então o Sr. Embaixador é poeta e não avisou?
Ainda que não nos brinde com uns sonetos, temos aqui uma prosa bem alimada.

Augie Cardoso, Plymouth, Conn. disse...

O trump ganhou por fazer a parte de brutamontes, agora governa a brutamontes.
Enquanto o acoriano Kevin Nunes da California lhe guardar as costas na Casa de Rep. . Rep.Nunes is chairman of intelligence committee. Quanto a oposicao, Hilary, Obama, os pretos racistas anti brancos, OS asiaticos racistas anti brancos, OS maometanos oriundos dos cinco continentes que em vez de abracar a lei quer impor OS usos e costumes dos atrasados mentais das arabias dos anos 700.
2016 tinha apoio 35% agora de 40%.Novembro veremos.

O povo ja entendeu, o Trump pensa no Twiter, fala pelo porta voz e manda pelos secretarios. Como alias e suposto ser

Augie Cardoso, Plymouth, Conn. disse...

'Surpresas ,
Geral corrupcao no desporto, incrivel. PROIBIR desporto prof ou Pago por 5 anos a ver Se a gripe passa.
PM A. Costa, arrogancia, imbecile que nao Se preza da lingua portuguesa. Devem adoptar a maneira Australiana ou Suissa de escolher o primeiro ministro . A ver se nao MAIS Portugal leva a pm um Preto indiano anti patriota.

José Correia disse...

Parabéns Francisco Seixas da Costa, pela prodigiosa imaginação,dos seus textos !!!!!!

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Mr. Cardoso do "Canérica", take your pills!

Fora da História

Seria melhor um governo constituído por alguns nomes que foram aventados nos últimos dias mas que, afinal, acabaram por não integrar as esco...