domingo, setembro 30, 2018

Fleming


Acabo de ler que foi precisamente há 90 anos que Alexander Fleming descobriu a penicilina, invenção que revolucionou a medicina.

Em criança, ouvi várias vezes o meu pai dizer que eu devia a minha vida a Fleming. Com poucos meses, em Vila Real, aí por 1949, terei tido uma pneumonia que quase me levou desta para melhor. Terá sido a penicilina, então não muito comum em Portugal, trazida do Porto “em ampolas” pela mão de um recoveiro (quem não souber o que é, pode ir ao dicionário), que me salvou. Por isso, o meu pai manifestou sempre o desejo de vir, um dia, a pôr um ramo de flores na sua campa.

Quando nos anos 90 vivi em Londres, fui com os meus pais visitar a Catedral de S. Paulo. Para nossa imensa surpresa, deparámos, dentro da igreja, com o túmulo de Alexander Fleming. Recordo que houve alguma emoção nesse instante, embora, infelizmente, não tivéssemos à mão as flores devidas para o homenagear. Mas nunca esqueci o que, como muitos milhões de pessoas, fiquei a dever a Alexander Fleming.

5 comentários:

Anónimo disse...

Alexander Fleming curou muito mais que os deuse$ dos evangélico$!!! Quase todos vivos ou mortos já foram salvos por Alexander Fleming! O meu muito obrigado Alexander Fleming.

Anónimo disse...

Lido.

Despacho:

Pois...
Fleming revolocionou até os costumes.
Durante 35 anos deixou-se de ter receios das DST na vida quotidiana, depois de 1968com a liberdade sexual.
Enfim...

Deferido

Heitor Araujo disse...

Aí há uns dez anos, mais coisa menos coisa, gozámos uns dias de férias em Londres, e calhou-nos visitar a Catedral de S. Paulo num dia em que caiu uma chuvada de proporções épicas, a ponto de ter inundado várias estações de metro e obrigado à interrupção do serviço. A chuvada começou quando fazíamos a visita pelo que, nós e todos os outros que lá estávamos, nos deixámos ficar prudentemente lá dentro à espera que a situação melhorasse. A certa altura fizeram-se ouvir umas sirenes no interior, mas entre aguentar o ruído na catedral e suportar o dilúvio lá fora, a decisão não foi difícil: deixámo-nos todos ficar quietos e sentados, não houve uma alma que se tivesse dirigido para a saída. Passado pouco tempo, contudo, vieram uns senhores (e presumo que também umas senhoras, não me recordo bem), que começaram a berrar connosco e a ordenarem-nos que saíssemos imediatamente da catedral, pois estava a decorrer um simulacro de incêndio... Tivesse chovido assim em Setembro de 1666 e o Grande Incêndio de Londres nunca teria ocorrido, mas planeamento é planeamento, pelo que o simulacro lá se realizou, para mal dos nossos pecados (e do calçado também, refira-se...).

Manuel disse...

Não foi invenção, foi descoberta. Os fungos há muito que "tratavam" da saúde das bactérias que se atreviam a invadir o seu espaço vital.

Anónimo disse...

Fleming morreu do coração!
Christiaan Barnard foi pioneiro nos transplantes cardíacos.
Também pelo seu talento foram salvas muitas vidas e eu estou-lhe muito grato e devia colocar um ramo de flores na sua lápide por ter iniciado um tratamento inovador que poderia ter salvo fleming, se fosse anterior, mas que salvou Salvador Sobral para eu continuar a ouvir um jazz muito bom!

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