Sei que a arte fotográfica se aprende, se aperfeiçoa. Mas também sei que, para quem não tem uma sensibilidade apurada nesse domínio, a melhoria tem um limite.
Sempre fotografei pessimamente. Já cheguei, há muito, ao meu "princípio de Peter". E vivo lindamente com ele, continuando a tirar retratos "à minha maneira", porque, para mim, a fotografia é apenas um ajudante da memória, uma espécie de bloco de apontamentos, mesmo quando se trata de guardar o tempo das caras dos outros.
Ao longo da vida. tive muitas máquinas fotográficas, algumas bem razoáveis, o que prova que a culpa nunca foi delas, era apenas minha, de uma endémica falta de jeito. Às vezes, no entanto, por um qualquer bambúrrio, lá me sai uma fotografia "jeitosa", mas essa é a exceção, muito longe de ser a regra.
Quero com isto dizer que, ao usar nas redes sociais fotografias tiradas por mim, e ao compará-las com outras (de profissionais ou bons amadores), dou comigo a pensar que, se calhar, devia ter mais juízo e nunca ilustrar o que escrevo com "produção" própria.
É o que vou fazer precisamente neste post, em homenagem sincera aos bons cultores dessa arte magnífica, só acessível a alguns eleitos da sorte, da persistência e do trabalho.
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