terça-feira, setembro 04, 2018

Enfim, descanso!


Acabaram hoje as minhas férias! Mereço, finalmente, algum descanso! 

Terminou, de vez, esta lufa-lufa de andar de-um-lado-para-o-outro (“Cuidado, olha que já estás na reserva do depósito!”), sem rei nem roque (“Não puseste o GPS e depois dá nisto!”), jantares aqui e acolá (“Não reservou? Agora só lá p’rás dez!), longas maratonas de praia (“Ora bolas! Esqueci-me do protetor solar!”), mudanças de hotel (“Como diabo é que abre este chuveiro?”), procura de tabacarias para comprar jornais (“É assim mesmo! Esta semana, o Expresso veio sem a revista...”). 

Pronto! Acabou! Vou finalmente poder dormir na minha almofada! Agora sim, regresso a casa! Agora já posso ser multado pela EMEL, dar voltas a quarteirões para conseguir estacionar, vai chover, vou perder guarda-chuvas, vou constipar-me, vou perder horas em salas de espera de médicos, vou chatear-me com taxistas ou experts nepaleses de tráfico lisboeta contratados pela Uber, vou chegar atrasado a reuniões, vou andar horas nas lojas do aeroporto até encontrar as portas que mudam para fazermos exercício físico. Isto sim, é que é vida!

Um dia, dá-me uma na veneta, perco a pachorra e, pimba!, reformo-me! (“Mas não estás reformado?” “Já nem sei...”). Depois queixem-se!

Bom, e agora vamos a coisas importantes: o Procópio já abriu?

4 comentários:

António Pedro Pereira disse...

Ex.mo Senhor Embaixador:
O Expresso não foi distribuído sem revista, traz até um grande trabalho jornalístico sobre o seu Sporting, com o símbolo do leão a encher a capa, que não deve perder.
Às vezes os distribuidores locais perdem parte do jornal, mas é só localmente.
Até o Vasco Correia Guedes (a.k.a. Vasco Pulido Valente) escreveu alguma coisa de jeito sobre o assunto: uma análise sobre o Burro de Carvalho, feita tendo como referência comparativa a classe política Oitocentista, matéria que ele domina bem.
É mesmo a não perder.

Manuel disse...

e finalmente a nossa casa-de-banho...

Anónimo disse...

É sempre a mesma história. Reformam-se, que palavrão, isso é para os proletários, jubilam-se, e depois querem estar em todas.Porque não se mete no seu casulo descansadinho, e deixa correr o impossível Agosto para quem não tem alternativa, e depois faz férias á vontade no doce Setembro. Férias? Mas não está em férias todo o ano?
Claro que não dá, é preciso estar "onde bate a bola".

Desculpe a ironia a quem sofre do mesmo mal.


Jose Martins disse...

Senhor Embaixador,
Não se reforme! Se tem muitos almoços e jantares, claro está, segue a dar o fígado ao manifesto.... Posso ser seu secretário e representá-lo em certos almoços e jantares. Não necessito de salário, faço-lhe a coisa de borla e para que poupe o seu fígado. Saudações de Banguecoque

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