Jorge Sampaio está em excelente forma. A entrevista que hoje concede ao “Expresso” é de uma extrema lucidez, com um imenso equilíbrio e que muito conforta quem, como eu, se sente feliz pelo facto de ter apoiado, desde a primeira hora, a sua candidatura à presidência da República.
Sampaio é uma grande figura do nosso regime democrático, que desempenhou o cargo em Belém com um inultrapassável sentido de Estado e de dever cívico.
Cometeu erros? Claro que sim. Mas nunca o fez para acomodar a imensidão de um ego ou para tentar pré-definir o seu lugar na História.
Sampaio foi e é um grande homem de bem e um das figuras que honra a nossa democracia. Repito: leiam a entrevista!
7 comentários:
Vou ler pois simpatizo com ele!!!bj
Caro Chicamigo
Tenho uma enorme honra e um orgulho desmedido (se que é possível quantificar...) pois fui colega na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa de Jorge Sampaio e seu amigo, amizade que felizmente se mantém até hoje. Tudo o que dizes dele exprime a admiração que tens e que também tenho por um Senhor da política portuguesa.
Um pequeno exemplo. Quando estava em Belém (e dava-se o caso, singular coincidência, a Maria José fora colega da Raquel na TAP), ele convidou-nos a jantar e assim fizemos. Telefonou-me na véspera para me perguntar se eu precisava que me fossem buscar. Agradeci-lhe. E ele, anda daí, sou eu que te vou buscar no meu carro (pessoal) e vou com a Mara José. Claro que acedi com uma "condição".Sobes e tomas um um copo connosco... E cumpriu-se o "programa"...
Jorge Sampaio foi um grande Presidente e para mim um bom Amigo.
Abç do teu amigo e fã
Henrique, o Leãozão (O Bonfim passou a ser o Maufim!)
Nem mais, nem menos!
Noticias dos Coches:
- Jorge Sampaio, no que tardiamente me vem dar razão, diz que "geringonça" é depreciativo; voto de vencido;
- Em Macau, ainda antes do ministro Santos Silva, anuncia-se, no Ponto Final, com fanfarra, o próximo movimento diplomático e ate se deitam foguetes e se apanham as canas para o "próximo posto de embaixador do jovem e interventor Consul-Geral" (sic);
- Joana Marques Vidal na bicha para o Luxemburgo (Tribunal de Justiça). Tiraram também senhas Bacelar de Vasconcelos e Poiares Maduro;
- Louça predica no Publico sobre as listas transnacionais e pede aos fieis que o acompanhem nas orações;
- Rajoy nomeia assessor diplomático - que fez carreira no PP - para embaixador nas NU, o que alias nunca poderia acontecer a um socialista nas Necessidades, ainda impregnadas de "gamismo";
- Maria Joao Avilez e não Jaime Gama alude ao "carrossel de fait divers", referindo-se a Santana e Rio;
-Luis Amado que antes apregoara a diplomacia economica a Oriente aterra, por fim, na administraçao da Electricidade; Et pour cause...;
- Mantém-se o suspense nos media sobre o futuro emprego, no privado, de Passos Coelho;
- Portas, em pool position, na Confederação do Comercio Português e não da Lavoura...
Claro que Jorge Sampaio foi o Presidente que teria gostado de ter se eu tivesse podido viver num Portugal livre.
Como não foi o caso, limitei-me a apreciar a sua acção quando já me encontrava em França.
E tive orgulho, cá longe, de o ter visto aceder ao mais alto cargo da Nação.
Por um acaso extraordinário, encontrava-me de passagem em Guimarães, quando o vi na sala do restaurante do “nosso” hotel, o “ Hotel de Guimarães”, quando tomava o pequeno-almoço.
Fui cumprimentá-lo com a minha Esposa, e disse-lhe a comoção que foi a minha quando o vi acompanhar, com as lágrimas nos olhos, como eu, a lenta descida da bandeira Portuguesa, em Macau, aquando dessa cerimónia que o deve ter marcado para a vida. Porque eram 500 anos de História, e que História, que desciam, lentamente, ao longo do mastro, em presença do presidente Chinês, ao mesmo tempo que era entoado o Hino Nacional.
E esse estranho protocolo que o obrigava a deixar o território, antes da meia noite, enquanto era Português.
Pois, por mim, acontece que foi o único Presidente da República em que votei; de eleição em eleição "acertei" sempre num outro ou, sem engolir elefantes, abstive-me "violentamentre".
Sampaio é, no nosso país, um caso ímpar, mesmo único, de qualidade e bom senso; orgulho-me de o ter tido como presidente.
Manuel J.C. Branco
A esposa é uma acérrima defensora de Sampaio, eu nem por isso, sempre achei que lhe faltava élan, e chorava muito. Chegará o dia em que, como sempre, terei de dar o braço a torcer e reconhecer que a esposa vê mais e melhor que eu, como sempre. Mas que foi um estadista foi.
Enviar um comentário