domingo, janeiro 07, 2018

No dia da morte de Mário Soares


Em 25 de janeiro de 1969, vi, pela primeira vez, Mário Soares. Foi no cemitério dos Prazeres, no funeral de António Sérgio, um ato reprimido pela polícia da ditadura. Soares estava no centro da manifestação sobre a qual a polícia de choque carregou violentamente.

Mário Soares morreu a 7 de janeiro de 2017. Hoje, quase 48 anos depois daquela data (e, por coincidência, 48 anos durou também a maldita ditadura), regresso aos Prazeres para uma homenagem a Mário Soares, no local onde está sepultado.

Ao eventual leitor que esteja em Lisboa e que reconheça que a liberdade e a democracia de que usufrui algo devem a esse homem, que por elas lutou quase até à hora da morte, pediria um pequeno esforço e faço um convite: venha juntar-se a nós, às 16 horas deste domingo, no Cemitério dos Prazeres.

6 comentários:

A. Cabral disse...

É com muita mágoa minha não poder estar presente estou a 300km de distancia mas lá estarei em pensamento, enquanto eu viver não posso esquecer sem a coragem de Mário Soares não podia falar hoje da tenebrosa ditadura, que apenas serviu alguns amigos e outros tantos que foram vivendo a espreitar.
Para Portuguese tolerantes e amantes da verdade que podem conversar à vontade sem medo do amigo não podem deixar de considerarem Mário Soares PAI DA LIBERDADE.
A. Cabral

Anónimo disse...

Homenagem mais do que justa, caro Francisco.

Não poderei ir, por razões de saúde de familiares, mas gostaria muito.

Além de Homem de Estado, Mário Soares foi um amigo nos bons e nos maus momentos.

JPGarcia

Reaça disse...

Não é dia de finados não vou a nenhum cemitério, nem ao de Vimieiro.

Falcāo disse...

Homenagem a um heroi da democracia e da liberdade politica portuguesas.
C.Falcao

PSICANALISTA disse...

.
Não fui ao funeral do Marocas, por uma simples razão:

-Ele,também não vai ao meu !!!



Anónimo disse...

Mais captivante que Soares, tenho para mim, o pai de Soares, o antigo padre republicano João Soares, um criador de almas. Um dos bens que podiam fazer à sua rua era tirar-lhe o doutor, que vai seguramente contra todas as pedagogias que professava.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...