Alberto Miranda (1912/92) foi um poeta vila-realense, que a memória da cidade acolhe hoje numa rua com o seu nome. Lembro-me dele, passeando-se com uns casacos claros, com uma elegância muito própria, pela Avenida Carvalho Araújo.
Ontem, o meu amigo Mário Pinto, que mantém sobre figuras e episódios de Vila Real um espólio muito interessante, deu-me a conhecer um "poema" de Alberto Miranda, talvez menos conforme com a sua produção literáriaAlberto Miranda (1912/92) foi um poeta vila-realense, que a memória da cidade acolhe hoje numa rua. Lembro-me dele, passeando-se com uns casacos claros, com uma elegância muito própria, pela Avenida Carvalho Araújo.
Ontem, o meu amigo Mário Pinto, que mantém sobre figuras e episódios de Vila Real um espólio muito interessante, deu-me a conhecer um "poema" de Alberto Miranda, talvez menos conforme com a sua produção literária clássica, mas, nem por isso, menos curioso.
O poeta ter-se-á um dia indisposto com o facto da Sé Catedral de Vila Real começar a fazer ressoar os seus sinos às seis da manhã, incomodando pessoas de sono leve, como seria o seu caso, hospedado na Pensão Mondego, a escassos metros da torre sineira.
Num improviso, o poeta saiu-se então com uma rima que, nem por ser fácil, deixa de ter a sua graça, nessa cidade dos anos 40 do século passado:
Senhor Abade da Sé
Não destrua a nossa fé
Seja um abade moderno
Defenda o paroquiano
Mande o sino p´ró inferno
E o sineiro p´ró catano
Curiosamente, Alberto Miranda viria a viver grande parte da sua vida num prédio bem próximo da Sé. Terá conseguido mudar o horário dos sinos?
Ontem, o meu amigo Mário Pinto, que mantém sobre figuras e episódios de Vila Real um espólio muito interessante, deu-me a conhecer um "poema" de Alberto Miranda, talvez menos conforme com a sua produção literáriaAlberto Miranda (1912/92) foi um poeta vila-realense, que a memória da cidade acolhe hoje numa rua. Lembro-me dele, passeando-se com uns casacos claros, com uma elegância muito própria, pela Avenida Carvalho Araújo.
Ontem, o meu amigo Mário Pinto, que mantém sobre figuras e episódios de Vila Real um espólio muito interessante, deu-me a conhecer um "poema" de Alberto Miranda, talvez menos conforme com a sua produção literária clássica, mas, nem por isso, menos curioso.
O poeta ter-se-á um dia indisposto com o facto da Sé Catedral de Vila Real começar a fazer ressoar os seus sinos às seis da manhã, incomodando pessoas de sono leve, como seria o seu caso, hospedado na Pensão Mondego, a escassos metros da torre sineira.
Num improviso, o poeta saiu-se então com uma rima que, nem por ser fácil, deixa de ter a sua graça, nessa cidade dos anos 40 do século passado:
Senhor Abade da Sé
Não destrua a nossa fé
Seja um abade moderno
Defenda o paroquiano
Mande o sino p´ró inferno
E o sineiro p´ró catano
Curiosamente, Alberto Miranda viria a viver grande parte da sua vida num prédio bem próximo da Sé. Terá conseguido mudar o horário dos sinos?
10 comentários:
Coisas de outrora.
Uma vez pernoitei ao relento nos arredores duma aldeia do Alto Minho (Arco da Baúlhe), fui acordado às seis da manhã pelo repicar incessante e bem alto dos sinos.
Felizmente acabou-se com essa selvajaria, há agora uma Lei do Ruído.
"Felizmente acabou-se com essa selvajaria"
o meu amigo se vivesse na aldeia era o mata-galos!...
.
Felizmente acabou-se com essa selvejaria, há agora uma Leí do Ruído.
Caro Luís Lavoura, acontece que a dita Lei "just for show", permite obras que se prolongam pela madrugada, debitando decibeis de valor acrescentado.
O artigo 32 do Decreto-Lei 310/2002 foi alterado(Artigo 2º. Decreto-Lei 9/2007, e passou a ter a seguinte redação:
alínea b)- seja emitida, pelo presidente da câmara municipal, licença especial de ruído.
Correia da Silva, toda a lei tem exceções.
Mais vale uma boa lei à qual são feitas algumas exceções, que lei nenhuma.
Deste abuso dos sinos já estamos livres. E isso é bom.
Nas nossas grandes aldeias antigas, há sinos e já não há gente para os ouvir, a não ser na visita de verão dos emigrantes.
Nas pequenas cidades antigas à volta da Sé, desabitadas e em ruinas, o sinos pouca gente têm para incomodar.
Mas todos eles irão pagar IMI enquanto os padres (africanos indianos)e as velhotas de terço na mão estejam dispostos a pôr rosas aos santos e a espantar os morcegos e limpar a sujeira que eles fazem.
Já não há tropa para fazer aquartelamentos em conventos, cairão em ruina.
Lá vai o IMI.
É essa excepção à lei que permite que o Município de Oeiras autorize concertos na praia da Torre até alta madrugada, obrigando os moradores das redondezas - principalmente os do Alto da Barra - a sair de manhã para ir trabalhar ainda meio a dormir.
http://www.fb.com/poetaalbertomiranda
Quem não está bem que se mude!
Carlos Fonseca, tem toda a razão. E esses abusos não se passam apenas em Oeiras.
Proteste!
~~~
Apreciei com gosto esta nota de humor.
Sorsrsrssss...
~~~~~~~~~~~~
O LuisLavoura, dá uma no cravo e outra na ferradura !
Aconselha Carlos Fonseca, a seguir a via do protesto, quando ontem "justificava" o não cumprimento da Lei, com as sempre omnipresentes exceções .
-Acontece, que tomei conhecimento da alteração à Lei, que referi no meu anterior comentário, precisamente
na sequencia de um "protesto"-
reclamação .
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