O pudim que surge na imagem chama-se "Abade de Priscos". Mas sabe o leitor a origem e a razão da designação? Esta e centenas de outras interessantíssimas curiosidades, sobre coisas e nomes que um pouco por todo o mundo surgem à nossa mesa, são reveladas num livro que tive grande gosto em prefaciar e que vou apresentar no dia 11 de abril, na FNAC do Chiado, em Lisboa.
A obra chama-se "Os mistérios do Abade de Priscos" e é seu autor Fortunato da Câmara, reconhecido crítico gastronómico. As histórias da culinária à volta da História e o excelente enquadramento de uma imensidão de referências culturais criaram um texto muito saboroso, de fácil digestão e grande proveito. Sem a menor hesitação, um livro a consumir.
6 comentários:
Hum, parece-me hipercalórico mas desde logo uma tentação.
há em lisboa um esplendido cozinheiro-pasteleiro ali prós lados do campo de santana que o faz magnificamente por encomenda. não tem porta aberta ao publico, mas faz para restaurantes e particulares por encomenda.
bem, é um doce (pudim?) que existe dos dois lados da fronteira, tocinillo lá, do abade de priscos cá.
sobremesa no gambrinus há milénios, dão-lhe o nome espanhol. originalmente seria ou ainda é nos ortodoxos feito com gordura de toucinho ou banha de porco. gosto, mas há tempos que não como. é doce para comer com enorme prazer e guloseima um triangulo 2 vezes por ano, é como um flã, mas que em vez de ser de prata é de oiro, com montes de açucar e gema. pode tambem ser um dos simbolos portugueses do guloso e da gula.
é brilhante por fora, bonita cor entre o castanho, o dourado e o amarelo, molho de caramelo a ajudar.
bolo conventual, deviam ter enormes rebanhos de galinhas pois gastavam centenas de ovos.
colesterol, kilos, ficaria bem o letreiro para ser consumido com cuidado e contenção.
boa ilustração, o pudim a cores é como a fotografia dum milagre, dali irradiou luz e cor, pois é bom que se explique a história dos doces tradicionais e este portugal e espanha, acompanha-se com vinho do porto doce, 10 anos, tawny, ou com gerez oloroso ou málaga, um café depois para arrrastar o gosto excessivamente doce na boca, talvez um champagne tambem fique bem, melhor garfo que colher para comer.
irei folhear o livro, a apresentação de fsc se não é deveria ser incluida como prefacio do livro, as introduções de 3ºs dão uma mais valia, por mim vou continual mais uns tempos sem comer o abade de priscos, muito gosto, mas com o tempo regulei o apetite e as tentações pelo tocinillo, boa sorte...
Interessante este livro! E tem a particularidade de apenas nos historiar as boas iguarias, deixando para outros as respetivas receitas, o que, diga-se, zela pelas nossas dietas, em tempo de "vacas magras".
É o meu pudim preferido, assim como o de alguns amigos a quem não deixarei de falar deste apetitoso livro que irei certamente adquirir.
Forte abraço de Paris,
Cdido
Como se criam imagens ou como se fotomontam imagens. À nossa, uma fatia, ainda que não no Abade de Priscos,em Braga, cidade de boa memória recente para os sportinguistas, que o sr. embaixador já rememorou (o restaurante).
Fortunato da Câmara, pseudónimo ou nome verdadeiro? Não era no Sol que pontuava um tal Pedro da Anunciação em apontamentos gastronómicos?
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