quinta-feira, abril 25, 2013

"Notas Verbais"

Começou há muitos anos, creio que há mais de 12, se a memória me não falha. O "Notas Verbais" é um blogue que faz já parte da própria história do Ministério dos negócios estrangeiros, cuja atividade acompanha. Se não me engano, desde que foi criado o blogue, o MNE já teve seis titulares, o que é obra! Para o blogue, claro.

Escrito por Carlos Albino, antigo jornalista do "República" e, posteriormente, correspondente diplomático do "Diário de Notícias", o blogue tem tido longas intermitências na sua publicação. Muitas vezes estive em forte desacordo com opiniões e leituras dos factos que o NV publicou, sobre aspetos da vida interna do MNE. Uma vez, cheguei mesmo a insurgir-me, com uma veemência que surpreendeu o Carlos Albino (mas que claramente lhe não era dirigida), por ele ter publicado uma comunicação interna do MNE, que alguém lhe terá fornecido, à revelia da confidencialidade que é o nosso "código de honra". Mas mesmo não concordando necessariamente com muito daquilo que o NV publica, reconheço o imenso esforço do seu autor para acompanhar a nossa vida diplomática.  

Saúdo aqui o regresso do NV "às lides", que observei há dias. Espero que, como o Toyota, venha "para ficar". Faço-o nesta bela data do 25 de abril, porque nesse mesmo dia, em 1974, o Carlos Albino teve um papel decisivo na difusão da senha musical que deu o mote ao "levantamento" da Revolução.

5 comentários:

Anónimo disse...

Também gostei do regresso!

Isabel BP

patricio branco disse...

associo-me, tambem no fbk é um prazer lê-lo, seguir os seus escritos sempre com humor por vezes bem mordaz e inteligencia.
um profissional do jornalismo historico e exemplar...

Anónimo disse...

Mas, contudo, porém não têm justificação as intermitências de N V que fazem legitimamente pensar se não há uma agenda oculta. E há subjectivismos e parcialismos que ficarão na História como o de dizer que o anterior SG, representando o "centrão" introduziria consenso e moderação, sendo certo que o seu mandato não foi por assim dizer "inclusivo"; ficará também na memória o elogio ao então recém nomeado Cônsul Geral em Roterdão que era tão bom que até jogava à bola com a comunidade local; o passivo que ficou depois como CdG do SG ao perseguir colegas não se apaga. E Amado tem culpas no cartório por ter andado a ser generoso com esta gente. Com esta gente que andou em torno de Relvas.

Anónimo disse...

As Notas Verbais publicam aquilo que lhes chega, quando assim bem o entende. Estão no seu pleno direito. E o seu autor, o Dr. Carlos Abino Guerreiro, uma pessoa de bem e um jornalista íntegro, tem feito um bom trabalho com este se Blogue.
É certo que muita gente no MNE, na sua Hierarquia e da sua Tutela (das diversas) não o apreciam. Mas, o que fica e o que importa é aquilo que nos vai chegando através das NV. Que, muitas vezes, extraordinário, não se sabe, quando até se deveria saber.
Só tenho a lamentar que as NV desapareçam de quando em quando. A sua regularidade é importante. Sempre que entram em compasso de espera, o MNE sossega. De alívio.
Que continuem é o meu desejo. E para quem as critica, no MNE, convém recordar que o Dr. Carlos Albino tem mantido sempre uma linguagem educada, mesmo quando escreve algumas críticas bem oportunas e duras.
Cá as vamos lendo com a atenção que nos merecem.
a)Um seu Leitor, diplomata, no MNE

Adelo disse...

Saúda-se o regresso das Notas Verbais ao nosso convívio. As interrupções referidas por alguns comentaristas são compreendidas por outros que conhecem pessoalmente o Carlos Albino (que não precisa do relvático "Dr"). Pelo que sabemos, até porque já contamos o número de anos que ele terá já passado, a chamada "PDI" não perdoa... E quando se está atacado de diabetes ou se fez uma operação às cataratas não é muito cómodo trabalhar à frente de um "ecran" luminoso a escrever notas para o blogue, por muito importante que isso seja para as nossas vidas. Alegremo-nos pelo regresso e, saúde e longa vida ao Carlos Albino e seus leitores!
Adelo da Silva

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...