quinta-feira, abril 04, 2013

Abade de Priscos

O pudim que surge na imagem chama-se "Abade de Priscos". Mas sabe o leitor a origem e a razão da designação? Esta e centenas de outras interessantíssimas curiosidades, sobre coisas e nomes que um pouco por todo o mundo surgem à nossa mesa, são reveladas num livro que tive grande gosto em prefaciar e que vou apresentar no dia 11 de abril, na FNAC do Chiado, em Lisboa.

A obra chama-se "Os mistérios do Abade de Priscos" e é seu autor Fortunato da Câmara, reconhecido crítico gastronómico. As histórias da culinária à volta da História e o excelente enquadramento de uma imensidão de referências culturais criaram um texto muito saboroso, de fácil digestão e grande proveito. Sem a menor hesitação, um livro a consumir.

6 comentários:

Isabel Seixas disse...

Hum, parece-me hipercalórico mas desde logo uma tentação.

patricio branco disse...

há em lisboa um esplendido cozinheiro-pasteleiro ali prós lados do campo de santana que o faz magnificamente por encomenda. não tem porta aberta ao publico, mas faz para restaurantes e particulares por encomenda.
bem, é um doce (pudim?) que existe dos dois lados da fronteira, tocinillo lá, do abade de priscos cá.
sobremesa no gambrinus há milénios, dão-lhe o nome espanhol. originalmente seria ou ainda é nos ortodoxos feito com gordura de toucinho ou banha de porco. gosto, mas há tempos que não como. é doce para comer com enorme prazer e guloseima um triangulo 2 vezes por ano, é como um flã, mas que em vez de ser de prata é de oiro, com montes de açucar e gema. pode tambem ser um dos simbolos portugueses do guloso e da gula.
é brilhante por fora, bonita cor entre o castanho, o dourado e o amarelo, molho de caramelo a ajudar.
bolo conventual, deviam ter enormes rebanhos de galinhas pois gastavam centenas de ovos.
colesterol, kilos, ficaria bem o letreiro para ser consumido com cuidado e contenção.
boa ilustração, o pudim a cores é como a fotografia dum milagre, dali irradiou luz e cor, pois é bom que se explique a história dos doces tradicionais e este portugal e espanha, acompanha-se com vinho do porto doce, 10 anos, tawny, ou com gerez oloroso ou málaga, um café depois para arrrastar o gosto excessivamente doce na boca, talvez um champagne tambem fique bem, melhor garfo que colher para comer.
irei folhear o livro, a apresentação de fsc se não é deveria ser incluida como prefacio do livro, as introduções de 3ºs dão uma mais valia, por mim vou continual mais uns tempos sem comer o abade de priscos, muito gosto, mas com o tempo regulei o apetite e as tentações pelo tocinillo, boa sorte...

Anónimo disse...

Interessante este livro! E tem a particularidade de apenas nos historiar as boas iguarias, deixando para outros as respetivas receitas, o que, diga-se, zela pelas nossas dietas, em tempo de "vacas magras".

Anónimo disse...

É o meu pudim preferido, assim como o de alguns amigos a quem não deixarei de falar deste apetitoso livro que irei certamente adquirir.
Forte abraço de Paris,
Cdido

Anónimo disse...

Como se criam imagens ou como se fotomontam imagens. À nossa, uma fatia, ainda que não no Abade de Priscos,em Braga, cidade de boa memória recente para os sportinguistas, que o sr. embaixador já rememorou (o restaurante).

Anónimo disse...

Fortunato da Câmara, pseudónimo ou nome verdadeiro? Não era no Sol que pontuava um tal Pedro da Anunciação em apontamentos gastronómicos?

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...