segunda-feira, fevereiro 28, 2011

O meu Óscar

Geoffrey Rush, em "The king's speech"

6 comentários:

patricio branco disse...

Vi há dias a pelicula. Bom cinema de facto. Na linha de outros filmes ingleses que se debruçam sobre a monarquia ou familia real, como "the queen" ou "a loucura do rei jorge III". A monarquia é tratada com respeito nestes filmes e por detrás tambem haverá uma intenção, a de mostrar a bondade da instituição (que a tem).
A insistencia na frase "o rei diz o que o povo quer" (= é a voz do povo) não é por acaso.
Optimos actores, magnificos cenários e reconstituições (os automóveis, os trajos, os microfones, etc). Bom humor à inglesa, actores de boa escola.
Um argumento tambem na linha de "my fair lady", história muito parecida, ensinar a falar em publico, a pronunciar bem, a vencer defeitos fisicos. Dum lado o professor ou terapeuta, com as suas particularidades, tiques e métodos, do outro o paciente com as suas resistencias.
Afinal, a familia real inglesa é feita de pessoas muito normais, com as suas fraquezas e tambem com as qualidades.
Magnífico o duque/rei e tambem o humilde terapeuta australiano (inglês de 2a) por geofrey rush (lembram se dele como o alfaiate do panamá?). E a mulher do duque, depois rei, helena bohnan carter(a rainha mãe que há alguns anos morreu)esplendida actriz que tambem deve figurar aqui.
No entanto, se os diversos aspectos da película, actuação, cenários, vestuário, musica merecem entre 15 e 18, há qualquer aspecto que merece uns 12 apenas, ainda não identifiquei bem o quê,
mas certamente que a nivel do argumento e de algumas cenas, quando se acentua uma certa demagogia ou se chega a algun exagero.
Sim, tambem prefiro o terapeuta ao duque rei, a interpretação, como actor, quero dizer.

Julia Macias-Valet disse...

O meu vai para Annie Girardot.

Anónimo disse...

Exactamente, Patrício Branco, "O Alfaiate do Panamá"! Agora que relembra. Outro excelente filme e desempenho igualmente excelente de Geofrey Rush.
Este ainda não vi.
P.Rufino

Anónimo disse...

O "Discurso do Rei" tem em mim uma fã incondicional.

Gostei mesmo muito do filme e era o meu favorito na corrida aos Óscares, tal como era o Colin Firth e o Geoffrey Rush... apenas este não ganhou.

Isabel BP

patricio branco disse...

Apesar das optimas actuações do duque york/jorge vi bertie, do pai rei joge v (magnifico actor michael gambon da serie swinging detective), do terapista logue, da duquesa e rainha e de eduardo vii, pareceram-me um pouco ridiculas a figura, cenas e o actor escolhido para winston churchill com o seu charuto e voz pastosa.

Interessante o pormenor da gravura da sydney harbour bridge pendurada na parede da sala do australiano.
A terapia da fala tem algo de psicanalítico quando o terapeuta (actor shakespireano sem sucesso ou falhado em inglaterra)quer ir às origens (recordações) da gaguês.

Quanto a eduardo vii, ainda bem que se foi, pois aquilo era tudo menos reinar.

CybeRider disse...

Não me esqueço do papel que Geoffrey Rush desempenhou em 1998 no filme "Les Misérables" de Bille August, em que contracena com Liam Neeson e Uma Thurman, no papel do ignóbil Javert. Foi talvez o primeiro papel em que me recordo de o ver, a sua participação na saga Piratas das Caraíbas talvez me tivesse passado despercebida se não fosse aquela memória. Será de actores deste calibre que dependerá o brilho nos filmes de pendor clássico, ao contrário de muitos outros que se produzem actualmente cujo principal brilhantismo advém de efeitos especiais. Há escassez de prémios para abranger a totalidade do mérito, mas o prémio maior talvez seja a forma como os recordamos pelos seus desempenhos.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...