sábado, fevereiro 12, 2011

Temores

Telejornal do almoço da RTP 1, hoje: "Depois dos acontecimentos no Egito, teme-se que o movimento alastre a outros países vizinhos".

Teme-se?

22 comentários:

Unknown disse...

já aconteceu, o caso do Egipto não foi o primeiro, primeiro aconteceram manifestações na Tunísia, e daí um efeito dominó

Anónimo disse...

Também ouvi, mas é o jornalismo que temos! :(

Os noticiários nacionais são os arautos da desgraça... se a notícia é boa não é notícia ou tem direito a escassos minutos de tempo de antena.

Os próprios apresentadores cultivam o estilo da notícia "desgraçadinha" com o ar carrancudo e as múltiplas caretas. É só comparar as diferenças com os apresentadores da CNN ou da BBC...

Isabel BP

Anónimo disse...

Acabei de comentar este post, mas, como complemento, gostava de deixar um excerto de uma notícia que acabei de ler no Público que pode ser útil para acalmar os "Temores" dos mais fracos de espírito:

"Estou aqui de alma e sangue", diz Zeinob, 26 anos, médica. "Estou aqui pela dignidade do meu país. Com orgulho nele. Orgulho que o mundo nos esteja a ver neste momento. Pensavam que os povos árabes eram desorganizados, incultos e violentos? Pois o que me dizem agora?"

Por mim, digo: PARABÉNS E FORÇA AO POVO EGÍPCIO!

Isabel BP

Anónimo disse...

Ainda vê o TJornal português? Até ao fim? Não acredito... talvez por obrigação profissional?

Anónimo disse...

Sim, Senhor Embaixador ! eles temem, porque são gente que cultivam o respeitinho. É a vida!

José disse...

Esta sua intervenção é Brilhante e sem temor.
Vale mais do que milhões ´de análises das TVs, que sobre a questão Egípcia deram um espetáculo indecoroso.
Assim vale a pena.

Notas Verbais disse...

Não é bem "o jornalismo que temos" mas sim o jornalismo que alguns (com poder, claro) pretenderam que houvesse e aí está.

Carlos Albino

patricio branco disse...

há que terminar com uma frase de alto conteudo, quem escreveu tal profunda sentença para ser lida no tj merece o premio nobel e deve sentir-se vaidoso. Um portento da análise politica.

Cunha Ribeiro disse...

Eu TEMO que não alastre aos vizinhos e a outros...

Anónimo disse...

Nada de temores.

Aos vizinhos já está.

Quanto aos outros, vão menospresar a NET.

Helena Sacadura Cabral disse...

Eu também Cunha Ribeiro!
Nisto de temores atá costumo ser pouco timorata. Mas neste caso estou consigo e com a Isabel BP.
Trata-se da mais elementar sanidade mental não ouvir certos noticiários nacionais.
Claro que o "certos" é porque hoje estou bem disposta: não os vejo há muitos dias...

Julia Macias-Valet disse...

"Quem nao deve nao teme" ; )

Maria disse...

Acabo de chegar do meu cinema local em Londres onde assisti a "Nixon in China" - opera de John Adams transmitida em directo da MET New York. No intervalo um entrevistado respondia a pergunta que lhe fora feita quanto a ajustamentos na producao desde a estreia em 1987. Disse que, nza realidade so agora a opera chegara a New York e que entre outos acontecimentos tinha havido Tiananmen Square e felizmente tinha acabado de cair Mubarak. Garanto-lhe, Senhor Embaixador que o tom nao era de "temor" mas de alivio. Da minha parte. bem como das minhas amigas, a alegria era certa. Sentimos o mesmo na sala de cinema local e na MET em New York.

Ficamos contentes

Maria Crabtree

Ana Paula Fitas disse...

Carissimo amigo,
Há observações que valem centenas de páginas.
Bem-haja!
Um abraço com a admiração e a estima de sempre.

Anónimo disse...

Pois...
É assim um tributo...

Ao estamos cada vez mais cada vez...
Ou
Ao temos evoluído muito...
ainda talvez
Nota-se perfeitamente a diferença entre viver o jornalismo amador em lisboa ou porto ou em chaves e valdanta é por isso que prefiro o Pluto, mas também é porque sou bairrista...

Bem o duas ou três coisas... Bem... Meu manjar dos deuses Neuronais ...

Vou mas é andar com as minhas amigas almas felinas... E tonificar o maior , o melhor , músculo da Mulher Lindo de viver... A língua

Isabel Seixas

Cunha Ribeiro disse...

Cara Isabel Seixas,

Obrigado pela referência elogiosa ao meu primo "Pluto"

Anónimo disse...

Caro Cunha Ribeiro

A sério!...??
Bem eu já gostava de Si por razões para mim óbvias...

Agora!!!!...???

Como a Blogoterapia é pequena/Imensa

Com um bocado de Sorte do azar... ainda nos conhecemos... Não? Nem no Liceu? E na taverna?... (Hum há que reconhecer que começa a subir o interesse) Também andei no teatro na altura até com o Pluto no PS...

Desculpe sr. Embaixador...
E...
Obrigada

Isabel Seixas

Ah! o Pluto paralelamente aos meus cinco bloguers favoritos em que está incluído sempre por inerência e criatividade e valor há mais tempo como pioneiro é meu amigo, sabe no verdadeiro acesso da palavra, e tenho um orgulho Nele Sustentado em Mérito e em tempo sempre igual a si próprio sem se deixar corromper,Já leu os poemas Dele?...

Cunha Ribeiro disse...

Cara Isabel Sixas,

Antes de mais agradeço a sua amizade.
Quanto ao Pluto ( o grande Fernando Ribeiro ) a minha admiração por ele é do tamanho da sua ( presumo). - Aliás, ele vai brevemente, se já não o fez - visitar este Blog, a fim de constatar o seu elogio.
Os seus poemas? Não li. Mas adivinho-os excelentes. Mas conheço-lhe a Arte, da fotografia, e da prosa. Que já é muita.
E aquela Alma de ser humano incomum, também.
Quanto a sermos colegas, isso não, que eu fiz o meu caminho de estudante em Vila Pouca e Vila Real.
À bientôt

jj.amarante disse...

Ligeiramente a despropósito, reparei que a designação da república egípcia tem o adjectivo árabe. Pensei que explicar esta presença da palavra "Árabe" no nome da república que existe no Egipto poderia ser um exercício interessante para um post de um diplomata. Será?

Anónimo disse...

Senhor Embaixdor:falhei uns dias a leitura deste blogue mas não resisto a comentar que pode haver uma outra interpreatação da noticia,qual seja, a de que quem escreveu e leu não saber o significado da palavra.
Eduardo

juliomoreno@sapo.pt disse...

Será de novo a voz de Deus?

Será que Deus está de novo a falar aos homens através do Povo árabe, aquele que escolheu para iniciar o mundo e que utilizará agora para o mudar?

Penso que não serão só as confirmadas alterações climatéricas, que eu preferiria chamar de planetárias ou mesmo universais, mas sim, igual e principalmente, esta fogueira, - embora nos parecendo diferentes os seus contornos – a que irá aniquilar quer ditaduras quer democracias nesta terra que nos foi dada para, com simplicidade, nela apenas semearmos trigo que não joio, e dela colhermos os frutos que generosamente nos fornece, democracias e ditaduras essas que estará querendo punir por demasiadamente voltadas para o mundano e para o exterior dos Povos que as formam, principalmente aqueles que, dentro delas, se julgam “os eleitos”, desde logo ignorando ou esquecendo o interior das gentes, os seus sentimentos e carências?

Não será isto que se passa – e vai crescer! – como que o prólogo do temível “juízo final” mas a que me atreverei a chamar de “intermédio”?

Sou crente mas não me julgo fanático. Os meus pobres neurónios recusam-se a que, como tal, me aceite.

Penso, todavia… que talvez pudéssemos encarar os factos como se o próprio Deus estivesse apagando o quadro preto para nele escrever de novo…

publicado por Júlio Moreno às 13:01

OCTÁVIO DOS SANTOS disse...

Eu considero que é muito mais de «temer» quem escreve «Egito»... e não repara em como isso é ridículo.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...