Há dias, um leitor lembrou-nos a relação com a França da conhecida expressão portuguesa "ir para o maneta" - com o sinónimo de destruir ou de dar cabo de alguma coisa. Tem também como significado vulgar escangalhar-se, estragar-se, avariar e morrer.
Fui ver a essa magnífica ferramenta informática que é o Ciberdúvidas e confirmei que, na origem da expressão, está a figura do General francês Loison, companheiro de Junot, durante a primeira invasão francesa. Loison, segundo revela Orlando Neves, no seu "Dicionário de Expressões Correntes", havia perdido um braço numa batalha e, em Portugal, "revelou-se um homem de extrema ferocidade e malvadez, que exercia torturas violentas nos presos e foi responsável por várias mortes".
Na memória popular ficou o verso:
"O Jinot (sic) mai-lo Maneta
julgam Portugal já seu:
É do demo que os carregue
e também a quem lho deu."
Outros tempos, em que imagem da França, apesar de dividir sectores da opinião portuguesa, não era a que é hoje. Felizmente.
Fui ver a essa magnífica ferramenta informática que é o Ciberdúvidas e confirmei que, na origem da expressão, está a figura do General francês Loison, companheiro de Junot, durante a primeira invasão francesa. Loison, segundo revela Orlando Neves, no seu "Dicionário de Expressões Correntes", havia perdido um braço numa batalha e, em Portugal, "revelou-se um homem de extrema ferocidade e malvadez, que exercia torturas violentas nos presos e foi responsável por várias mortes".
Na memória popular ficou o verso:
"O Jinot (sic) mai-lo Maneta
julgam Portugal já seu:
É do demo que os carregue
e também a quem lho deu."
Outros tempos, em que imagem da França, apesar de dividir sectores da opinião portuguesa, não era a que é hoje. Felizmente.
3 comentários:
Senhor Embaixador,
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Nós também tivemos o nosso “maneta”!
Em 2 de Setembro de 1994 no “Notícias de Gouveia” numa peça intitulada: “Macau - Resto de um Império” escrevi numa longa peça o trecho seguinte:
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“.... O Governador Ferreira do Amaral quando foi assassinado, (1849) aventaram a hipótese que o bravo e duro militar, teria sido morto por uma seita chinesa porque lhe tolhia os movimentos de acção na prática do crime de extorsão.
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Perdeu um braço no Brasil, durante a guerra da independência na Ilha de Taparica.
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“Maneta”, como a si se identificava, continuou a dar ordens aos seus subordinados, que lutassem, porque ainda tinha outro braço. Foi levado quase à força para o hospital de campanha no brigue Audaz.
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A amputação foi lhe feita a sangue frio e depois de operado subiu ao convés do Audaz incitando os soldados para não pararem de lutar de lutar e dando vivas a Portugal”...
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Saudações de Banguecoque
José Martins
Saiu recentemente um interessante ensaio do Vasco Pulido Valente intitulado "Ir pró Maneta".
O general Loison,bem conhecido pela sua crueldade em Amarante e todo o Norte tem tambem outra particularidade - nunca venceu em qualquer dos confrontos que teve com forças portuguesas, em particular com as do Brigadeiro Silveira.
Vizinho ex-marxista
A este propósito vale a pena ler o livro (um pequeno, mas interessante livro) que Vasco Pulido Valente escreveu. Vem aí essa explicação. Está bem escrito, ou não fosse o seu autor um conhecedor e estudioso conceituado da nossa História. Na Fnac, ou na Bertrand encontra-se à venda. Li-o com imenso gosto.
P.Rufino
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