Foi apresentado e discutido nos salões da Embaixada, da autoria de Felipe Cammaert, o livro "L'écriture de la mémoire dans l'oeuvre d'António Lobo Antunes et de Claude Simon". O prefácio de Maria Alzira Seixo introduz este trabalho comparativo de dois autores que, em algumas obras, percorreram temáticas comuns que o autor explora.
As dezenas de atentos espectadores ontem presentes à sessão mostraram-se muito interessadas no debate que esta obra suscitou e deram-nos mais razões para continuar, no futuro, a abrir as nossas portas a iniciativas culturais congéneres.
Devo confessar que me causa uma certa tristeza que, à parte as magníficas iniciativas do Centro da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris, Portugal não disponha, na capital do país onde tem a sua maior comunidade no estrangeiro, de instalações adequadas e especificamente dedicadas a exposições e debates sobre a nossa cultura, bem como para a promoção regular da nossa economia.
Mas se há uma atitude com a qual não podem contar da minha parte é a resignação. Por isso, continuaremos a "travestir" a nossa Embaixada numa espécie de centro de divulgação português improvisado...
As dezenas de atentos espectadores ontem presentes à sessão mostraram-se muito interessadas no debate que esta obra suscitou e deram-nos mais razões para continuar, no futuro, a abrir as nossas portas a iniciativas culturais congéneres.
Devo confessar que me causa uma certa tristeza que, à parte as magníficas iniciativas do Centro da Fundação Calouste Gulbenkian em Paris, Portugal não disponha, na capital do país onde tem a sua maior comunidade no estrangeiro, de instalações adequadas e especificamente dedicadas a exposições e debates sobre a nossa cultura, bem como para a promoção regular da nossa economia.
Mas se há uma atitude com a qual não podem contar da minha parte é a resignação. Por isso, continuaremos a "travestir" a nossa Embaixada numa espécie de centro de divulgação português improvisado...
11 comentários:
Fantástico.
Creio que sempre viu para lá da realidade estagnada.
Nâo será esta uma das funções de um embaixador?...
Sei que não está ao alcance da maioria.
Esta inovadora intervenção é mesmo a pedrada no charco.
Em PARIS.
Ea Casa de Portugal, Senhor Embaixador, o que se passa com ela?
Qual Casa de Portugal? A do José Augusto, da Varanda da Europa? Onde isso vai... Mas, confesso, não tenho saudades da rue Scribe, dos folhetos com lavradeiras e peixeiras da Nazaré, da camisas aos quadrados "à Alves Redol", do Verde Gaio e das redes de pescadores. O tempo seria para outras políticas, se a tanto nos chegasse o engenho e a verba... Ah! É que há algo que não coloquei no post. Todas estas iniciativas, repito, todas, são feitas sem encargos nenhuns para o Estado português. Deveser do "Ponto Come", mas tornei-me especialista em "sopa da pedra", isto é, fazer tudo sem recorrer ao meu querido amigo Fernando Teixeira dos Santos. Guardemos os Santos para outras aflições...
pensà-lo, jà é quase heroismo. mas dizê-lo!
jà agora aposto que o senhor embaixador, apesar de usar gravata, é capaz de nunca ter calçado meias!
esta ideia, ja muitos a tiveram e têm, mas todo eles sao aqueles que ninguém ouve. ou melhor dizendo, que niguém escuta. Por isso lhe devo dizer nao so a admiraçao como a gratidao pela ousadia.
e vai uma proposta : nao ajudariam para tal projecto os quase 2 milhoes da venda, na semana passada, do consulado de Portugal em Versalhes. e nao falo do consulado de Nogent à beira do qual vivo hà uns anos. nem lhes digo a impressao que fazem aquelas persianas fechadas hà meses.
Filipe Pereira
Caro Filipe Pereira: Só posso utilizar a frase atribuída ao Voltaire (andei anos a pensar que era do Paul Élouard): "les beaux esprits se rencontrent"... O problema são os outros...
Pensava que o Instituto Camões podia fazer alguma coisa neste sentido...
Tem bons locais em Paris.
Mas o Instituto Camões fechou em Paris? Que se passa?
Infelizmente, e não por culpa própria, passam-se muito poucas coisas no Instituto Camões de Paris. Já lá foi a alguma exposição, concerto ou actividade? Conhece alguém que tenha ido?Alguma razão haverá.
Pasmo com o que aqui leio, quer no Post, quer nos comentários! A falta de apoio institucional-financeiro do Estado para com uma Embaixada como essa e tudo o mais que aqui se diz!
Albano
Caro Albano: os constrangimentos orçamentais globais do Estado português reflectem-se, naturalmente, nas suas actividades externas. Não há que espantar e espanto-me que alguém se espante. Há, apenas, que continuar a trabalhar,com empenho e serenidade, como se tem vindo a fazer. O que não obsta a que se anotem os problemas, mas não deixando que eles nos inibam de fazer coisas. Tudo isto sem nenhuns dramatismos, embora com a natural pena de que as coisas não possam ser diferentes.
Senhor Embaixador, enganei-me, era o Instituto Camões e não a Casa de Portugal, a instituição a que me queria referir, e que conheci nos tempos da Teresa e depois do Eduardo. Mas pelo que aqui leio, esfumou-se o seu trabalho.
Bizarro o facto de aí estar tantas vezes e nunca me ter apercebido. Mau sinal para mim... que ando distraída e para o país que não revitaliza o que não deveria morrer!
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