quarta-feira, agosto 06, 2025

Não me convinha...

Há horas, falei por aqui num tenente que era conhecido como "podre", um velho militar de Viana do Castelo cujas atitudes bizarras o meu pai se divertia a contar.

Hoje, vou referir uma outra pessoa de Viana, cujo nome nunca cheguei a reter, protagonista de outro episódio curioso que o meu pai relatava.

A pessoa em causa era casada com uma senhora com "pêlo na venta" - esperando que os leitores mais velhos possam explicar aos mais jovens que a expressão identifica uma pessoa com mau génio. 

Reza a historieta que essa senhora, indo um dia pela rua com o marido, se pegou de razões com um indivíduo qualquer. O conflito terá azedado e, como reação a algo que a mulher teria dito, essa pessoa pespegou na senhora uma valente bofetada. Sem poder competir com o agressor em poderio físico, a senhora não reagiu à agressão.

E o marido da senhora? Não foi capaz de defender a honra ferida da cônjuge? Essa foi a pergunta que, nas horas e dias seguintes, amigos e familiares fizeram ao homem: "Então tu não reagiste?" A resposta do homem ficou nos anais: 'Não me convinha..."

Nunca terão ficado claras as relevantes razões de conveniência que terão tolhido a mão do cauteloso marido. O qual, para sempre, ficou conhecido como o "não me convinha". 

3 comentários:

Anónimo disse...

https://duas-ou-tres.blogspot.com/2017/07/nao-me-convinha.html

ematejoca disse...

Ah, como eu gosto de ler essas histórias bizarras.

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Uma hipótese perversa, mas às tantas o marido até apreciou o resultado, já que esse estilo "faca na liga" também lá por casa também o faria passar frequentemente as "passas do Algarve".

Sabiam...

... que ainda há gente que não conhece Amarante? Que nunca foi às festas de São Gonçalo, ao museu de Amadeu Sousa Cardoso, à terra de Pascoa...