O plano para a ocupação total de Gaza, aprovado pelo governo israelita, é inteiramente compatível com o projeto da 'nova Riviera' anunciado por Trump. Há contudo o irritante 'detalhe' da existência dos palestinos por ali, de quem seguramente se espera que não estraguem uma tão bela ideia.
9 comentários:
Saiu ontem no FT: Somaliland, um estado não reconhecido. Mearsheimer diz que tentaram também a Líbia e mais outro país em África. Nisto há alguma ironia histórica: no início do século passado falou-se do Uganda para a concretização do sonho sionista..
No início foi claro. Blinken foi claro. Eram despachados para o Egipto. Quando os egípcios disseram que não e bloquearam a fronteira deu no que deu.
Já agora: quem paga ao Observador para fazer tanta propaganda indecente? Helena Matos, Marques de Almeida (que trabalha para uma empresa de consultoria política em Londres). Não acredito que seja mera convicção filosófica.
Se o "genocídio" proclamado a tantas vozes se concretizar não é problema nenhum, mas estou com muitas dúvidas.
Vão ter a lot of jobs
O problema não são os palestinos, é o Hamas.
O problema não é o Hamas, mas Israel, ou melhor, o Estado terrorista de Israel, que comete genocídio, crimes de guerra, limpeza étnica e apartheid. O Hamas foi financiado por Israel, com o patrocínio dos EUA, com vista a enfraquecer a Autoridade Palestiniana de Yasser Arafat. Depois, as “coisas correram mal e é o que se sabe da História recente”. Há uma escumalha, porque quem apoia Israel, ou silencia, ou desculpa, ou “compreende”, as atrocidades cometidas por Israel em Gaza não passa de escumalha, a meu ver, que alegando o Hamas procura justificar as acções criminosas de Israel. O pasquim Observador faz esse serviço, com umas tantas ratazanas políticas, que por ali assinam o estrume propagandista pro-semita que escrevem, com vista a limparem o sangue que Israel faz, todos os dias, correr em Gaza e no que resta da Palestina.
Como tive ocasião de aqui há tempos referir, o mal foi ter-se permitido criar essa fantasia que foi é é o “Estado de Israel”. Agora é tarde. Resta a ilusória esperança que algum dia a Palestina possa vir a conseguir ser um Estado, já agora com o território que lhe foi atribuído em 1948.
Enfim, Israel é hoje uma pústula política, uma abjecção moral.
a) P. Rufino
As pessoas de que fala (mas não só) estão mentalmente formatadas para defender o seu posicionamento ideológico quaisquer que sejam as circunstâncias. Mesmo que isso seja contraditado pela realidade. Por isso fazem como uma conhecida comentadora da TV, que ainda há poucos dias afirmava “não há fome em Gaza”
O Hamas fez um ataque bárbaro que viola tudo o que é a decência humana. Todavia se fizermos a história completa deste conflito, incluindo a perseguição de que foram vítimas os Palestinos por parte da Haganah e outras organizações paramilitares judaicas durante a guerra de independência (1947-48 - a Nakba) constatamos que neste conflito nenhuma das partes pode reclamar uma qualquer superioridade moral.
Certo, concordo. Mas também digo: um dos problemas também é esse, ir sempre atrás e mais atrás. Até um tempo em que já não faz sentido.
Que mundo estranho e perturbador este se tornou. A Alemanha apoia Israel ao ponto de a própria existência do povo de Gaza ser ameaçada. A ironia é gritante: a Alemanha, com a sua inegável responsabilidade pelo Holocausto no passado, corre agora o risco de ser cúmplice de mais uma tragédia humanitária ao apoiar acriticamente as acções de Israel. Até o simples acto de falar de um Estado palestiniano atrai duras críticas de Israel – como se reconhecer os direitos palestinianos fosse em si um crime.
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