quinta-feira, novembro 16, 2023

Metro


Já não andava de metro há uns tempos. Hoje, entrei na Alameda e saí no Rossio. Na carruagem, olhei à volta: eu era a única pessoa de fato e gravata. Fiquei com a sensação de que, se estivesse de turbante, passava mais despercebido. 

10 comentários:

Unknown disse...

Também já me senti assim- deslocado de fato e gravata- na baixa em Lisboa, no meio da turbamulta de turistas.

Anónimo disse...

Turbante...Dizem que é o progresso mas acho que é o oposto.

Francisco Seixas da Costa disse...

Nada tenho contra ps turbantes, que fique claro! Gosto da diversidade pelas ruas de Lisboa. Mesmo de ver gente de gravata...

J. Carvalho disse...

A gravata é mais uma das vitimas das alterações climáticas…
Foram-se os chapéus, vão-se as gravatas, enfim, vamos perdendo os adereços.

Flor disse...

Eu ficaria a observa-lo e a pensar como o Sr. Embaixador anda sempre bem vestido "comme il faut".:)

Anónimo disse...

Conheço a sensação. Por vezes acho que me enganei e entrei no machibombo para a Mafalala.

Carlos Antunes disse...

Anónimo
De machibombo para a Mafalala nunca fui, porque nunca vivi em Lourenço Marques.
Mas, nos anos 60 do séc. passado, também ia de “machibombo” (utilizado por brancos, negros, mulatos, indianos e chinas, sim na então Beira colonial não havia nos “machibombos” lugares separados em função da raça, como por ex. acontecia na Africa do Sul ou na Rodésia inglesa) da Ponta Gea, passando pelo Chipangara (bairro predominantemente negro imortalizado na canção do Zeca Afonso "Lá no Xepangara” do disco "Coro dos Tribunais", em que erradamente se intitulou a canção de “Xepangara” em vez de “Chipangara” como continua a ser designado actualmente) a caminho do Liceu Pêro de Anaia, em Matuacane (hoje, Escola Secundária Samora Machel) onde tive o a privilégio de ser aluno do Prof. de História José Afonso, sim, o mesmo Zeca Afonso que nunca deixou de mencionar essa sua breve passagem pela então Beira colonial.
Fui também aluno de alemão no 7.º ano da sua cunhada, a Prof.ª Violante Namora (“Viola Namorante”, como lhes chamávamos, trocadilhando-lhe o nome), casada com o irmão do Zeca Afonso, o Dr. João Afonso dos Santos, advogado na cidade da Beira, e que viria a ter uma intervenção significativa inserido no chamado grupo dos “Democratas de Moçambique” (ao qual pertencia também o Dr. Almeida Santos) no processo de atribuição do poder à Frelimo na independência de Moçambique.
Enfim, estórias de outros tempos!

Unknown disse...

" e que viria a ter uma intervenção significativa inserido no chamado grupo dos “Democratas de Moçambique” (ao qual pertencia também o Dr. Almeida Santos) no processo de atribuição do poder à Frelimo na independência de Moçambique." Que arrepio! Ainda o povo de Moçambique paga hoje essa factura!

Carlos Antunes disse...

Unknown
Limitei-me a enunciar factos, em alguns dos quais participei. Não adiantei nenhuma interpretação sobre os mesmos.
Quanto à sua afirmação de que “o povo de Moçambique pagar hoje essa factura”, muitos moçambicanos, jornalistas, analistas, comentadores, etc. não ligados à Frelimo, tendem infelizmente a dar-lhe razão.
Ainda recentemente, o jornalista moçambicano Edwin Hounnou, no jornal independente “VISÃO ABERTA”(11.07.2023),num artigo intitulado “Um país falhado” escrevia textualmente o seguinte: «Definitivamente, Moçambique é um país falhado em quase todos domínios. Quando chegámos à independência nacional, a 25 de Junho de 1975, tínhamos tudo para trilharmos o caminho de desenvolvimento económico e sócio-cultural, mas a febre do radicalismo acabou por deitar abaixo o muito que havia sido deixado pelo colonialismo».
O artigo completo pode ser visto em https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2023/07/um-pa%C3%ADs-falhado.html#more

Unknown disse...

Um abraço, de um moçambicano para outro!

Isto é verdade?