O Embaixador, contrariando a maioria dos comentadores, tem afirmado recorrentemente que a solução dos 2 Estados é manifestamente impossível, porque Israel nunca a aceitará. Efectivamente, se para retirar 7.500 colonos na sequência do desmantelamento de 21 colonatos, quando Israel resolveu abandonar em 2005 a Faixa de Gaza, o governo de Ariel Sharon se viu confrontando com a resistência dos colonos, como é que Israel aceitará abandonar a maioria dos colonatos e os 750.000 colonos que ocupam a Cisjordânia, de que este mapa suficientemente elucidativo? Mais uma vez, a hipocrisia do mundo ocidental (EUA e UE) a funcionar, quando agora voltam a clamar pela solução dos 2 Estados, sem nunca ao longo das mais de 7 décadas do conflito, terem manifestado vontade política para obrigar Israel a cumprir as resoluções das ONU da solução dos dois Estados.
a "solução de dois Estados" é manifestamente impossível e irrealista no tempo atual, como Você muito bem diz. Nem se percebe porque é que os EUA e os seus caniches europeus continuam a insistir nela. No tempo atual somente uma solução de um único Estado palestiniano, abrangendo tanto cidadãos judeus como árabes, faz algum sentido.
Plagiando alguém, há muito que está escrito nas estrelas, mesmo na de David, que não haverá dois estados nem Palestina. Todo aquele território será um imenso Israel. Digamos que Netanyahu (mais os seus correligionários ortodoxos) mostra-se muito eficiente na limpeza étnica com o beneplácito dos EUA, o cinismo da U.E. e a cumplicidade ativa dos países árabes e muçulmanos.
Daqui a duzentos anos, a seguir a tradição e valores ocidentais, algum governante (talvez um descendente do senhor Scholz) pedirá perdão aos palestinos por lhe terem usurpado o território e as vidas.
Luís Lavoura, o cenário que apresenta é uma possibilidade porque no domínio das hipóteses tudo pode fazer sentido. Na prática, no meu parecer, é de probabilidade zero ou nem isso porque nunca será equacionado por nenhum dos lados.
De qualquer modo, esse imenso Israel em construção, com os palestinos lá dentro, faz-me lembrar a imensidão dos EUA, com os índios lá dentro ou a grande Austrália, com os aborígenes lá dentro, a quem a população ocupante negou, no ano da inteligência artificial, de 2023, em referendo, o direito de cidadania, os aborígenes foram há dias considerados cidadãos de 2ª categoria, com menos direitos. Qual a categoria que se reservaria para os palestinos?
7 comentários:
O Embaixador, contrariando a maioria dos comentadores, tem afirmado recorrentemente que a solução dos 2 Estados é manifestamente impossível, porque Israel nunca a aceitará.
Efectivamente, se para retirar 7.500 colonos na sequência do desmantelamento de 21 colonatos, quando Israel resolveu abandonar em 2005 a Faixa de Gaza, o governo de Ariel Sharon se viu confrontando com a resistência dos colonos, como é que Israel aceitará abandonar a maioria dos colonatos e os 750.000 colonos que ocupam a Cisjordânia, de que este mapa suficientemente elucidativo?
Mais uma vez, a hipocrisia do mundo ocidental (EUA e UE) a funcionar, quando agora voltam a clamar pela solução dos 2 Estados, sem nunca ao longo das mais de 7 décadas do conflito, terem manifestado vontade política para obrigar Israel a cumprir as resoluções das ONU da solução dos dois Estados.
...como água pura de nascente!
Carlos Antunes,
a "solução de dois Estados" é manifestamente impossível e irrealista no tempo atual, como Você muito bem diz. Nem se percebe porque é que os EUA e os seus caniches europeus continuam a insistir nela. No tempo atual somente uma solução de um único Estado palestiniano, abrangendo tanto cidadãos judeus como árabes, faz algum sentido.
Plagiando alguém, há muito que está escrito nas estrelas, mesmo na de David, que não haverá dois estados nem Palestina. Todo aquele território será um imenso Israel. Digamos que Netanyahu (mais os seus correligionários ortodoxos) mostra-se muito eficiente na limpeza étnica com o beneplácito dos EUA, o cinismo da U.E. e a cumplicidade ativa dos países árabes e muçulmanos.
Daqui a duzentos anos, a seguir a tradição e valores ocidentais, algum governante (talvez um descendente do senhor Scholz) pedirá perdão aos palestinos por lhe terem usurpado o território e as vidas.
J. Carvalho
não haverá dois estados nem Palestina. Todo aquele território será um imenso Israel
Isso será a solução correta e adequada, desde que os árabes que nele viverem tiverem cidadania e direitos iguais.
O problema atual é que Israel quer anexar a Cisjordânia, mas não quer conceder cidadania aos árabes que nela vivem.
Luís Lavoura, o cenário que apresenta é uma possibilidade porque no domínio das hipóteses tudo pode fazer sentido. Na prática, no meu parecer, é de probabilidade zero ou nem isso porque nunca será equacionado por nenhum dos lados.
De qualquer modo, esse imenso Israel em construção, com os palestinos lá dentro, faz-me lembrar a imensidão dos EUA, com os índios lá dentro ou a grande Austrália, com os aborígenes lá dentro, a quem a população ocupante negou, no ano da inteligência artificial, de 2023, em referendo, o direito de cidadania, os aborígenes foram há dias considerados cidadãos de 2ª categoria, com menos direitos. Qual a categoria que se reservaria para os palestinos?
Sua postagem foi fantástica! Suas ideias são intrigantes. Continue com o bom trabalho e escreva mais!
Enviar um comentário