domingo, fevereiro 10, 2019

Famílias

Ontem, numa conversa entre amigos e conhecidos, veio à baila a questão do celibato dos padres. Com os agora revelados escândalos, em que certos setores da igreja católica têm andado envolvidos, da pedofilia a outros abusos sexuais, quiçá também potenciados pelos ambientes pouco naturais, face à natureza humana, em que a vida sacerdotal se processa, o sentido das coisas parece apontar, a prazo, para a necessidade do quotidiano dos sacerdotes poder vir a evoluir para uma maior similitude com a dos cidadãos comuns, como, aliás, já acontece em outros sistemas religiosos.

A generalidade das pessoas presentes na conversa, com a minha exceção todas católicas, que se desenrolava num registo ligeiro, pareciam partilhar um relativo consenso sobre a inevitabilidade dessa futura dinâmica familiar dos sacerdotes. 

Até que eu, que sou “de outra freguesia”, lancei uma questão: “E depois, como é? Durante os conclaves em Roma, as mulheres dos cardeais vão fazer compras para o Corso? E a mulher do papa? Vai com elas?” 

Senti que o consenso que até então se desenhava face ao fim do celibato sacerdotal sofreu alguma fragilização perante aquele meu atrevido cenário social futuro...

8 comentários:

Luis disse...

È a única forma de se acabar com as sobrinhas e afilhadas dos Padres,já que estes são homens de carne e osso!

Anónimo disse...

Façam como as esposas dos sacerdotes de outras religiões.

Carlos Diniz disse...

Não há amor como o primeiro,
Nem lenha como a de azinho,
Nem filhos como os do padre,
Que chamam ao pai, padrinho.

Anónimo disse...

O que elas não aceitaram foi o seu machismo e visão redutora das mulheres. A mulher do Papa não pode ser uma pessoa com profissão porquê? E porque é que os cardiais hão de ter mulheres e não maridos? A julgar pelo que se sabe de tantos...

João Cabral disse...

É assim que se apanham os machistas...

Anónimo disse...

Como dizia o Papa: o problema não é o Papa ser casado, o,problema é a sogra do Papa
Fernando Neves

Anónimo disse...

Lido com relativa não descrença.

Despacho.

Pois se para um descrente na religião tudo isto são.....fantasias.... para um crente pode ser importante.
Deixem cada um pensar como melhor entender pois isso é a melhor democracia desde que a lei o permita.
Façam um a lei dizendo que é proíbido aos cidadãos acreditar no Altíssimo.
Mas tenham cautela pois o regime estilhassa-se em poucos dias depois de terem fechado os templos.
Nem em 1910 tiveram coragem de o fazer.

Não deferido por não dar ao cidadão a possibilidade de ter ou não religião.

Anónimo disse...

Fernando Neves , sempre o mais divertido ... e acertivo !
Há assuntos que só podem ser comentados dessa maneira , e no fim para terminar uma boa gargalhada !

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...