quarta-feira, fevereiro 13, 2019

Fundação


Nasceu há dez anos, que ontem se comemoraram. É incontroverso que a Fundação Francisco Manuel dos Santos ganhou já um espaço próprio na sociedade portuguesa. António Barreto foi o seu primeiro presidente, seguido de Nuno Garoupa, agora de Jaime Gama. É uma estrutura leve, de gente empenhada, onde David Lopes é a alma inquieta e imaginativa que faz mexer toda a máquina. Todos os portugueses conhecem a Pordata, que nos ajuda a conhecermo-nos melhor como sociedade. Muitos de nós comprámos, lemos ou consultámos algumas das pequenas monografias em livro, ou os "Retratos" tirados a temas insuspeitados, editados nesta década pela Fundação. E aprendemos bastante com isso.

Gostava aqui de deixar um abraço a dois amigos cujo entusiasmo esteve na origem desta magnífica iniciativa: a José Soares dos Santos, o membro da família proprietária do grupo Jerónimo Martins que é diretamente responsável pela Fundação, e. muito em especial, a Alexandre Soares dos Santos, seu pai, um homem determinado, com ideias próprias e firmes, por vezes controversas, uma grande figura de empresário que me habituei a admirar e respeitar. Por estes dias, ambos têm fortes razões para estarem orgulhosos com o trabalho que a Fundação que tiveram iniciativa de lançar e apoiar.

A FFMS, com o seu impressionante património de realizações, dá uma bofetada diária a quantos, querendo iludir a importância desta iniciativa de responsabilidade social de um grupo económico central na economia portuguea (e não só), se entretêm na ironia depreciativa em torno de tudo quanto tem sucesso e prestígio.

7 comentários:

Luís Lavoura disse...

um grupo económico central na economia portuguesa

"central" parece-me um adjetivo perfeitamente descabelado. A economia portuguesa não tem centro. Se tivesse, certamente que esse centro não seria a distribuição e venda a retalho de consumíveis.

hmj disse...

Com o devido respeito, mas no meu conceito de DEMOCRACIA deixou de entrar o senhor Pingo Doce, a partir de momento em que fez promoções - ESPECTACULARES - num dia PRIMEIRO DE MAIO. É curioso como as pessoas esquecem tão depressa. !

Anónimo disse...


Isso é uma bela peça de oratória, mas não estamos na festa de natal dos colaboradores do Pingo Doce. As qualidades do senhor e o trabalho da fundação não o isentam de criticas, desde as politicas laborais até às questões fiscais. Enfim, com mais ou menos cosmopolitismo, continuamos muito portuguesinhos…

Luís Lavoura disse...

hmj
Felizmente vivemos num regime livre, onde as empresas são livres de abrir todos os dias que quiserem e de fazerem promoções todos os dias que quiserem. Na minha rua há supermercados que até no dia de Natal abrem - e no PRIMEIRO DE MAIO estão abertos todo o dia. Viva a liberdade!

Anónimo disse...

Para se ver o ridículo da coisa, vamos fazer o exercício de traduzir este texto para inglês e imaginá-lo publicado num jornal americano ou inglês, sobre um empresário, qualquer que ele seja, destes países. … (ou francês, ou alemão, tanto faz). O Bill Gates provavelmente utiliza uma maior percentagem da sua fortuna para acções bem mais decisivas para a humanidade. Apesar dos elogios, merecidos, nunca vi um texto laudatório deste género, sobretudo com o tom do último parágrafo, em relação a ele.

Anónimo disse...

Confesso sincera perplexidade face a este elogio a quem não tem o minimo pudor em pagar à Holanda os lucros do que factura cá dentro. Mais: a quem tem o despudor de se promover como grande promotor da produção nacional, quando na prática a obriga a contratos leoninos que, ou liquidam metódicamente quem a eles se obriga, os os leva a aderir à cadeia de exploração ( contratos de trabalho com redes de exploração de imigrantes ) a que pertence. E ainda: a quem contribui como poucos para a desestruturação dos tecidos urbanos .

Sobre o trabalho da Fundação, conheço razoavelmente o PORDATA e em isso recomendo, pois mais não é que uma versão martelada ideologicamente da informação recolhida pelo INE.
Portanto, e em concreto, qual é exactamente o mérito que Seixas da Costa lhes atribui ?

Cump.

MRocha

Anónimo disse...

Pergunte lá aos 10 milhões o que é a FMS ou a Pordata e vai ver que a grande maioria não conhece. Se calhar isso é no seu círculo.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...