sexta-feira, fevereiro 15, 2019

A política externa e a política


O artigo em epígrafe, publicado hoje no “Jornal Económico”, pode ser lido aqui.

2 comentários:

Anónimo disse...



"O bem que o Estado pode fazer é limitado; o mal, infinito.

O que ele nos pode dar é sempre menos do que nos pode tirar." - Roberto Campos

Joaquim de Freitas disse...

“…Os comunistas, numa indiscutível e conservadora coerência “, E é verdade. “Estimulados por uma administração americana que lhes fornece oportunas munições para o maniqueísmo.” Verdade também..

Ainda bem que escreveu “administração americana”, porque todos os presidentes, sem excepção, desde o fim da última guerra, forneceram as tais munições. A lista seria longa de todas as guerras “americanas” no mundo.

Admirável coerência, Senhor Embaixador, na política estrangeira dos Estados Unidos, não acha?

Mas existe uma grande diferença entre os Russos e os Americanos: Se a URSS acabou no momento em que o Muro de Berlim ruiu, e o comunismo com ele, o imperialismo americano continuou e desenvolveu-se mesmo na medida em que os EUA, por intermédio da NATO tomaram o controlo da politica estrangeira da Europa, que de Portugal à Polónia e aos países baltas, portanto à fronteira da Rússia, apertam o cerco aos Russos.

Quem despedaçou a Jugoslávia não foram os Russos. Quem apoiou os nazis na Praça Maidan, em Kiev, para fazer cair a Ucrânia na NATO, não foram os Russos, quem disse “Fuck EU” foi Madame Nuland, americana…

Quem anunciou a”Neue Europa” onde hoje os nazis desfilam de novo de Berlim , Budapeste a Varsóvia, foi Donald Rumsfeld, furioso porque alguns europeus não apoiavam a invasão ignóbil do Iraque…

Esta “Neue Europa” que os Estados Unidos formatam pouco a pouco, com a NATO como armadura de ferro, no lugar da “Cortina” do mesmo nome, provocando a aparição da “besta” nazi por todo o lado, não é nada menos que a Pax Americana que promete paz e prosperidade como um certo Império Romano poderia ter sugerido, oferecendo Pax Romana.

Claro que os comunistas são coerentes e são contra esta ocupação militar e económica, que autoriza os EUA a impor a extraterritorialidade das suas leis, que nos impede de fazer negócios com quem queremos.

Como se, tendo aceite a ocupação militar, devemos aceitar o resto…"Se você é contra a ocupação de Roma, você é contra Pax Romana e, portanto, para a guerra".
« A Europa, atravessada agora pela vaga populista, surge como aquilo que os comunistas sempre pensaram que era: um cúmplice subordinado da estratégia de Washington.”, escreve o Senhor Embaixador! Exactamente.

“A política de Roosevelt era exactamente a dos americanos no sudeste asiático hoje. Eles não podem imaginar qualquer outro. Fantoches, isso são o que eles querem na frente deles.”

De Gaulle, note bem, que quando tivermos de escolher entre os Franceses e os Americanos, escolheremos sempre os Americanos. Winston Churchill.

Você pensa que os Americanos e os Britânicos desembarcaram na Normandia o fizeram para o nosso prazer ? Charles de Gaulle

Os Americanos não se preocupavam mais de libertar a França que os Russos de libertar a Polónia. Charles de Gaulle

PS) “O esforçado equilíbrio retórico que o Bloco teve na questão da Venezuela” escreve :

…, Pena foi que o PS e o governo Português tivessem esquecido no caso da Venezuela, que no passado, já foi a tibieza e mesmo traição dos socialistas franceses, dos ideais da Internacional Socialista, que levaram Mussolini e Hitler aos braços de Franco,

e, recentemente, a vergonha de participarem à coligação contra o governo legal da Síria, propondo mesmo a Obama (Hollande) o bombardeamento de Damasco ( 4 milhões de habitantes), numa submissão indecente aos Americanos , que o povo sírio nunca perdoará. Colocando-se assim, objectivamente, ao lado de Daesh e de Al Qaïda. Para o resultado que conhecemos.

Os amigos de Delors

Hoje, na sessão de apresentação de um seu livro, em que revisita as quase quatro décadas da nossa integração europeia, em cuja primeira linh...