sexta-feira, dezembro 23, 2011

Anos 60

O "Nouvel Observateur" desta semana traz um dossiê sobre os anos 60. Nele aparece esta bela fotografia de Cartier-Bresson, tirada na Brasserie Lipp, no boulevard Saint-Germain.

A imagem é auto-explicativa: uma França, clássica e perplexa, lê o "Le Figaro", uma mais moderna lê o "Le Monde".

Talvez uma foto mais atualizada colocasse a jovem com o "Libération" à frente. Ah! e naquelas mesas da Lipp já não se pode pedir apenas uma bebida, tem de se almoçar ou jantar.

11 comentários:

Anónimo disse...

Senhor Embaixador

A juventude actual lê o Slate.fr e o Rue89 na net. Sei isto pelos meus filhos.

Eu, como Vexa sabe, leio pouco e tenho as estantes de livros da minha casa quase vazias, o que muito irrita a minha Odete.

Desejo a Vexa um Feliz Natal.

Respeitosamente

a) Feliciano da Mata

Anónimo disse...

Nunca mais se fizeram pernas como nesta altura...

Anónimo disse...

Caro Feliciano
O homem não falou da net. Já agora, o Rue89 foi comprado esta semana pelo NouvelObs.
O Senhor Embaixador não deve saber destas coisas porque só lê os clássicos, coitado. Dizem-me que até o Minute e o L'Huma, mas já não o France-Soir e o Tribune, que, nos últimos dias, foram também pelo esgoto informático. Até me dizem que não tem iPad, imagina!
Para ti, aqui deixo um abraço solidário, caro Feliciano, à espera de 2012, o ano dos feriados que, lá em baixo, cantam. Beijos à Odete, também "a rogo" da minha Arlete.
Ronaldo Azenha

patricio branco disse...

lipp, ora aí está um lugar onde gostaria de almoçar ou jantar quando um dia fosse a paris. aquilino ribeiro fala dela num dos seus livros, hemingway igual (pede ostras e vinho branco)e o 2ou 3 coisas tem já outras vezes falado aqui da cervejaria .

Os anos 60 têm uma originalidade muito especial, houve uma inovação na moda, cores, costumes, musica, amor, arte, atitudes que depois não se repetiu. a década 62-71 ficou como encapsulada no tempo e é curiosíssima, muito bela nas suas manifestações, verdadeiramente moderna no sentido tecnico da palavra.
No cinema, talvez blow up e easy ryder sejam expressões classicas dum lado e outro do atlantico. Mas qualquer filme desses anos tem a marca no guarda roupa, penteados.
Politicamene tambem foi interessante, desde maio 68 até aos civil rights nos eua e em portugal francos desafios a salazar na universidade, eleições de 69.

Helena Oneto disse...

A LIPP é um templo que resiste aos anos e às modas mantendo sempre os preços altamente adequados aos seus clientes. A ultima vez que la almocei, cruzei-me com o casal BHL e outros VIPs menos mediaticos...
Comemos bem e fomos servidos por um compatriota que ja faz parte dos moveis da casa!

Anónimo disse...

Já que este blogue está cheio de gente muito bem frequentada e bem viajada, eu também quero dizer que a ultima vez que estive em Paris, desci os Champ Elisee , até ao Obelisco, e os restaurantes estavam cheios de árabes com as chamadas garotas de programa habituais para essas ocasiões e os passeos estavam todos levantados, cheios de pedras soltas e eu que levava uma mala com rodas tive que descer a avenida no asfalto e de vez enquando olhava para as pernas das acompanhantes dos árabes, de longe e através dos vidros !!!
Lembro-me de olhar à montra do PSG, com o Pedro Pauleta em grande destaque !

Cada um vive Paris à sua maneira! eu vivi assim !

OGman

Isabel Seixas disse...

A foto é tão expressiva, para além da época que retrata e dos jornais que servem de pretexto para induzir profundos pensamentos, ainda nos permite ver o olhar inquiridor e velado da senhora, decerto curiosa com o excelente aspeto da menina a ler.

Anónimo disse...

Saudades da velha senhora - de Paris e dos anos 60:

saudades tenho eu
do lipp e paris
mostrava feliz
as pernas ao léu
as minhas

que mal é que fiz
que foi que lhes deu
que as cubro c'um véu
e as choro infeliz
velhinhas

mas quem é que diz
que a velha morreu
só quero quem quis
com quem suba ao céu.

Isabel Seixas disse...

Inspirada e vivaça que já anda
a nossa tão querida velha amiga
deixa-se enredar na propaganda
das luzes de Paris e distraida

Até esquece a temperatura ambiente
tapa as pernas com véu nada quente
melhor umas leggins ou meias calças
com elas quentes ainda dança valsas

lá das memórias dos anos sessenta
sabe lá,desperta e ainda se tenta
viajar num tempo proficuo de lúdico

pelo sim pelo não optar pelo púdico
pode nem ser má opção nem fará mal
desejar-lhe saúde e um Feliz Natal

Julia Macias-Valet disse...

Muito girly esta portada do "Nouvel Obs" : )

Catinga estou completamente de acordo consigo...as minhas foram produzidas em 64 e ainda nao precisei de consultar o Serviço Pós Venda ; )

Helena Sacadura Cabral disse...

Senhor Feliciano da Mata
Estou perplexa. Então o Senhor Alcipe, seu patrão de tão nobre casta, ensinou-lhe a ouvir o D. Giovanni e não o encaminhou para a leitura?
Tem a D. Odete muita razão. Passa Vexa de servidor a patrão, com o seu negócio das parabólicas, e deixa a consorte sem alimento para a alma?
Sempre disse "não sirvas a quem serviu, não peças a quem pediu".
Senor Feliciano da Mata dê-lhe já a biografia de Salazar, de um senhor que primeiro a publicou em inglês e depois a traduziu, que me dizem que se deve ter na biblioteca. Depois, ofereça-lhe poesia. Além de alimentar o espírito, desenvolve a capacidade de sonhar!
Vá, vá já a um centro comercial e compre tudo de empreitada.
Para si e D. Odete, um feliz Natal.
Dinheiro, só com a sua MEO...

A Europa de que eles gostam

Ora aqui está um conselho do patusco do Musk que, se bem os conheço, vai encontrar apoio nuns maluquinhos raivosos que também temos por cá. ...