A Fundação Calouste Gulbenkian acaba de escolher Artur Santos Silva para seu futuro presidente.
A Gulbenkian é uma instituição que, desde sempre, tem prestigiado fortemente o nosso país. Artur Santos Silva, como aqui referi há alguns tempos, é uma das raras personalidades portuguesas que reúne uma quase unanimidade, pelo que dá totais garantias de poder vir a preservar, com o seu dinamismo e abertura, o fantástico legado de Calouste Gulbenkian. A sua escolha é a prova de que o bom-senso ainda prevalece neste país.
Um forte abraço de parabéns, Artur!
19 comentários:
Inteiramente de acordo. Servi Artur Santos Silva no Banco de Portugal e pude apreciar as sua qualidades.
Além disso tivemos Francisco Veloso como grande amigo comum.
É, incontestavelmente, a pessoa adequada ao lugar que vai desempenhar.
Senhor Embaixador,
A Fundação Calouste Gulbenkian tem sido um espaço de gente dinâmica e boa...
.
Lembro a figura do Dr. José Blanco que conheço há 27 anos, amigo meu, que graças a seu empenho e do embaixador Melo Gouveia, algo ficou na velha capital do Reino do Sião, Ayuthaya, (Tailândia) a lembrar a passagem dos portugueses, o "Ban Portuguet" (Aldeia dos Portugueses).
Saudações de Banguecoque
José Martins
Sem dúvida, Meu caro José Martins!
Mello Gouveia e José Blanco tiveram nessa altura um papel primordial na promoção, histórica e cultural, da presença portuguesa na Tailândia. Recordo-me muito bem disso.
Seu Compadre!
Pessoa certa no lugar certo!
As provas já dadas pelo Dr. Artur Santos Silva quer ao serviço do Estado quer na actividade privada são a grantia bastante de que a FCG continuará a ter um Homem de bem ao leme.
J Honorato Ferreira
Prestigia também a instituição bancária que fundou e à qual se mantém ligado.
Na geografia minimal que constitui a nossa nação, seria absurdo mencionar o detalhe de ser um homem do norte, mas dá-me especial gosto que o seja.
E do Porto.
:)
(orgulhosinhos provincianos, vá...)
Enfim uma boa noticia:)!!!
Cara Margarida: não estava eu à espera doutra coisa. Depois queixem-se...
"não estava à espera de outra coisa"?
- minha, quer V.Exa. dizer?
:))
Pois é, começo a ser previsível..., que maçada.
E eu cá não me queixo.
Amuo.
É mais 'mignon'.
:)
Cara Margarida: sublinhar o Norte é menorizá-lo. Digo eu, que sou do Norte.
Discordo!
Mas discordo veementemente!
Sublinhar é uma forma de amor, é tão natural como termos pratos favoritos, vinhos, sobremesas (percebe, não?).
É haver um autor favorito; filmes, músicas que nos embalam mesmo sem darmos conta.
É pertencer a um círculo de afectos que entra em fusão sempre que um se salienta.
É a amizade orgulhosa, do sorriso terno ao abraço esfuziante.
Salientar a nossa origem, acenar a nossa paisagem, divulgar o torrão mais íntimo, projectar o seu reflexo, defender a sua história, destacar a sua aura é tarefa de cada alma que se reconhece nascida desse mistério que se torna o aroma de um lugar, a cor do pó, os ruídos que ecoam, a luz.
A luz dos lampiões que sobram pela Foz, que desmaiam nos jardins do Palácio, que permanecem quando fechamos os olhos e aspiramos a poesia que brinca na folhagem dos gigantes de todos os parques do berço onde nos fizemos.
Sublinhar o nosso regionalismo não é excluir o mundo.
É revelar o que temos de precioso para contribuir para o seu engrandecimento.
O meu Portugal é feito de pedacinhos de amor.
Mas, de todos, o Porto é o maior.
Cara Margarida: o regionalismo é uma terrível doença infantil, uma portugalidade dos pequeninos, que não se reconhece a si própria, por definição. É como o clubismo, essa pandemia acéfala, quando passa além das briincadeiras do jogo da bola e se leva a sério, pretendendo representar a honra ridícula da dignidade de um dragão, de um leão ou de uma águia. Mas, claro, para quem a "apanhou", já não há nada a fazer.
Ai que se ele quisesse ser Presidente da República...
Eu que fui esperando por ele para o sufragar há quase um ano!
E.Dias
Até os Clérigos abanaram!!! E os relógios, que ainda ontem foram consertados...
Há regionalismo nortenho ou apenas bairrismo imperialista portuense?
Agora lembrei-me de uma história:
Tinha ido em trabalho ao Porto e os clientes levaram-me - acompanhado do meu chefe (se eu tivesse estudado mais, seria um diretor) -, a almoçar.
Quando nós nos preparávamos para 45 minutos de banalidades acompanhando as fatais francesinhas, eis que um dos clientes (um designer) começa a cascar na Invicta. O que estava ao lado (na altura um empresário, hoje um empreendedor) acompanha-o. Para não ficar atrás, o terceiro (um negociante de vinhos "de qualidade") embarca no mesmo batel: que o Porto estava um atraso, que Lisboa tinha duplicado o Metro e eles nem uma linha ainda tinham assentado (foi há uns anos), que "nós" éramos mais organizados, que aquilo lá era só famílias e compadrios, que a cidade estava abandonada, etc., etc. etc. Tive de fazer algum esforço para ir almoçando porque a comida insistia em cair da minha boca aberta.
Finalmente, com o momento do café, chegou também o tão esperado lugar-comum:
- Nós temos é menos "arrumadores". Deve ser aquela coisa do "homem do norte": têm medo de levar um chapadão!
Excelência, uma 'definição' pode ser essa a que alude, se quem assim o sentir não apreciar a paisagem que continua e, de caminho, se encantar pelos mundos por aí fora, o que, em abono da verdade, não é o meu caso - às vezes, sou 'acusada' de outras terríveis 'culpas', como seja admirar outras nações excessivamente e dedicar orgulhos alegadamente infundados a outros povos e costumes.
Por isso a sua farpa assertiva, contundente e pretensamente terminal como definição dos tontos 'regionalistas', em mim não colhe.
A bem da sua saúde, que não resistiria a um duelo ao amanhecer (ah-ham...) ;)
Aliás, V.Exa. esgrime sabia e cosmopolitamente o argumentário dos grandes viandantes, dos diplomatas de alto coturno, dos políticos de fina craveira e visão de pássaro sobre as supostas menoridades do povoréu apegado a tradições e pequenezes aldeãs mas, não poucas vezes, escorrega-se-lhe a veia para a terrinha e, disfarçado em patocínio de função, lá se agigante orgulhosamente o 'regionalismo' (ou o que queira apelidar) batendo-se galhardamente pelos usos e costumes do seu país.
E muito bem. E quanto mais, melhor.
Somos aquilo em que acreditamos e aquilo por que nos expomos.
Agora..., misturar esse amor sadio pelo naco de terra que nos calhou em berço com a patética doença auto inflingida e dediadamente alimentada pelos 'amantes da bola' é que já me parece um bocadinho herético.
Digo eu que apreciando o azul, distingo o que é bom da lavagem onde quase sempre chafurdam os que acenam tais bandeiras.
Acresce que aprecio o verde e, quando a pátria se impõe, até torço pelo encarnado.
O "meu" regionalismo é integrante, parte do bocado para o todo maior;
é um puzzle, uma magnífica construção Lego.
Já devia saber que as minhas 'bacoquices' são relativas, por isso: 'biba o Puarto, carago!"
:)
(e haja paciência, não é?,; pois é... , ele há comentadoras que são 'um porre', livra!)
Ja não se pode escrever aqui uma graçinha sem que caia o "Carmo e a Trincade"? Bem sei que não faltam motivos para exaltações, mas dai a duelos de faca e espada...:)
Ouf! consegui escrever duas linhas sem francesismos nem anglicismos!
Aproveito "esta aberta" para desejar ao meu carissimo Embaixador e às mulheres e homens de boa vontada que o leem um bom Natal.
"Ouf" é o correspondente francês de "Ufa".
"Trincade" deve ser uma zona engraçada mas calculo que potencialmente perigosa...
Helena O., minha linda
Haverá duelo melhor e mais definidor deste país que adoro, que esta troca de galhardetes entre gente do Norte, com a elegância com que o fazem?!
Pois junte-se-lhe, já agora, um milho híbrido da Beira e Alentejo profundos, que sou eu, e temos a terrinha quase por igual.
Mas todos a dizer bem de Santos Silva. E junto-me aos que elogiam o "pessoano" José Blanco que conheço há uma eternidade e sempre ao serviço da Gulbenkian!
Queridas Amigas, sossegai que bem sei que o nosso adorado anfitrião está convalescente, jamais usaria de toda a minha "artilharia" para lhe fazer ver a razão do meu ponto de vista, enquanto nessa condição debilitada !(ah-ham...)
;)
Já quanto ao futuro, lá diz o ditado que 'a Deus pertence'...
:)))
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