Neste "boxing day" (no Reino Unido, o dia de hoje é um feriado em que se davam prendas aos mais pobres e em que agora se vai aos primeiros saldos), as notícias do Google trazem-me isto, em destaque de um matutino, sob o chocante título "Filipa de Castro termina noivado": "Filipa de Castro estava noiva de Pedro Tabuada e, no Verão, chegou a dizer que se iriam casar no próximo ano. Mas algo correu mal entre o casal e a relação terminou há algumas semanas".
Devo dizer que sinto um perfeito embaraço, como representante diplomático português, por ser incapaz de titular externamente esta parte - pelos vistos, bastante relevante - do nosso país. É que eu nunca ouvi falar nem na senhora (que está, aparentemente, "destroçada", mas, felizmente, a "aguentar-se firme") nem no cavalheiro. Ora, não se explicando o que cada um faz ou a razão pela qual neles se fala, presume-se que isso é uma evidência que só ignaros sociais desconhecem. Ora, já no verão, a acreditar no jornal, Filipa ("de Castro", será parente da Inês?) já tinha falado em casamento (onde? à CNN? à Bloomberg? à "Flash"?), o que prova ser figura conhecida (o jornal fala em que é "empresária"), que justificou essa entrevista sazonal. Mas também não conhecia (ainda) Pedro Tabuada, sobre cuja atividade não são dados pormenores (o que é ainda mais amesquinhante para mim, porque, como aqui se diz, "cela va sans dire") com o qual "algo correu mal" (o jornal, com certeza, não deixará, oportunamente, de explicar o quê), o que justifica que a relação já tenha terminado "há algumas semanas".
"Há algumas semanas?" E então a imprensa deixou passar todo esse tempo sem reportar o evento? A nossa comunicação social já não é o que era.
16 comentários:
De facto, a pessoa em questão apareceu na Flash. Deixo-lhe aqui a oportunidade de apreciar o conteúdo:
alhosvedrosaopoder.blogspot.com/2009/07/rotten-of-good.html
Com a informação de Catinga vivam os empresários...
Eu tinha jurado a pé firme que hoje não escreveria uma linha, dado que comemorava (amos) 48 anos sobre o desastre ocorrido na Igreja de Santa Maria de Belém e em que fui autuado pelo Padre José Da Felicidade Alves, grande Amigo e democrata convicto.
No preciso momento em que eu dava o nó (gordo, eu sei que sou) uma tal Raquel Olívia Alcântara de Melo, depois Ferreira, dava-o também, singularmente, no mesmo local e à mesma hora. Coincidências, como comentou o primo Frederico...
Mas, face a esta notícia que o meu Caro Francisco cita, transcrevendo até passos (com caixa baixa) mais significativos e apelativos, não posso deixar de exarar aqui o seguinte:
A) Se mo permite, deve o mais alto representante do nosso Portugal em França saber que há mais terra e jornais do que Paris e o Courrier Diplomatique. É conveniente que as leituras dos órgãos portugueses (naturalmente de comunicação social, honny soit) não seja tão espaçada e mais atenta.
B) Não é todos os dias que a Senhora Dona Empresária Filipa de Castro termina o noivado. Trata-se de um caso de repercussão nacional e internacional, ou seja, urbi et orbi.
C) O Senhor Pedro Tabuada, cidadão exemplar, cumpridor dos seus, dele, deveres fiscais, cívicos, morais e,até, sexuais. No que concerne à não informação sobre a respectiva actividade, ela é tão secreta e confidencial que não pose ser divulgada, sob pena das sevícias mais ultrajantes. O que, de todo, Tabuada não merece.
D) Entrevista dá-se a quem se escolhe para o efeito; por vezes, compra-se. Compra-se, evidentemente, espaço PUB para anexar à mesma, numa demonstração da bondade do entrevistado, no caso, da.
E) Interroga-se o meu preclaro Amigo sobre o media que publicara o sensacional anúncio do casamento (aliás tristemente falhado): a CNN? a Bloomberg? a Flash? E porque não o New York Times? O Osservatore Romano? o Asahi Shimbun? o Jornal do Crime? o Ecos de Almendraleja?
F) E finalmente, tenho de aqui exarar que notícias deste tipo são, naturalmente, de primeira página e/ou de abertura de jornal televisivo que se prese. O resto são fait divers, são peanuts, são ninharias.
Exemplo: a tão ansiada mensagem natalícia à Nação de Sua Excelência o Senhor Primeiro-Ministro. Á Nação? À Pátria! Que, com todo o respeito e veneração, nos contempla.
Respsta a verdade dos factos, creia-me, meu Caro Amigo, um devotado seguidor das sua prosas brilhantíssimas, um admirador que não se coíbe de o afirmar.
Melhores comprimentos e - rogando-lhe que me desculpe a ousadia - as maiores larguras
PS (sou, mas aqui é Post Scriptum) - Peço perdão da longueza do comentário; se não tiver espaço disponível, cesta secção
Eu a pensar que o mote já era o Fim de ano.
Ainda bem que há bloguers atentos sem os quais estariamos condenados a uma certa ignorância, dando-nos a conhecer mais duas aves que sobrevoam livres na esperança remota de "outros"laços afetivos de clausura.
A diversidade cultural que nos permite o Duas ou Três Coisas com diversas e peculiares especiarias de sentido de humor é brilhante.
Acrescento (para gáudio geral, certamente) que esta mãe de família foi, em tempos, musa inspiradora do balneário sportinguista.
Depois, inspirou mais gente ao participar no magnífico programa de humor dito "inteligente" "O último a sair", ao lado do renascido Roberto Leal e sob a batuta de Bruno Nogueira.
Pois é, Senhor Embaixador, veja como todos os seus comentadores e admiradores conhecem estes ilustres personagens e a triste figura que (queira Vexa desculpar) acabou por fazer! O mundo é mais vasto do que as suas (desculpe-me mais uma vez) limitadas leituras. E se há gente para quem a sobrevivência deste casal é motivo de maior ansiedade do que a sobrevivência do euro, isso só mostra a relatividade dos nossos saberes, como costumava dizer o meu antigo patrão, o Senhor Alcipe, um verdadeiro erudito, esse, leitor incansável da "Hola", da "Lux", da "Flash", da "Caras", da "Gente" e até (Santo Deus!) da "Nova Gente". Muito aprendi com o Senhor Alcipe, não desfazendo em Vossa Excelência. Cumprimentos respeitosos
a) Feliciano da Mata
PS - O balneário sportinguista desmente atoardas postas a correr a seu respeito.
Vossa Excelência Senhor Embaixador vai-me desculpar mas creio que este Senhor Filipe Taboada porém com um "o" mas abrem-se muito estes sons no dias que correm deve ser filho ou neto de um homónimo que escrevia no Jornal Português de Ecanomia e Finanças do meu querido amigo Valdez dos Santos um democrata que Deus tem. Já a Senhora (com maiúscula Senhor Embaixador) deve ser dos Castros de Aguiar da Beira família muito conhecida que agora tem um primo a banhos de segurança em Cabo Verde. Saudo Vossa Excelência e faço votos para que o ano de 2012 lhe corra pelo menos tão bem quanto correrá ao Senhor Américo Amorim e à Excelentíssima Senhora Dona Isabel dos Santos.
Alcibíades de Moura
Ó Senhor Embaixador!
Então não sabe que divórcios e casamentos, peeligs e aumentos mamários, Castelos Brancos e a Esposa, madame Grafstein, são as musas da actual sociedade portuguesa?!
Ah! Esquecia-me da Lili Caneças, que em seu tempo, teve honras de abertura no telejornal oficial, quando se remoçou com uma plástica?
Também não conhece Cinha Jardim, outrora intima de políticos que namora agora um empresário americano, por azar casado com uma senhora doente?
Como sei tudo isto? É simples. Vou, no presente, a um cabeleireiro de bairro - 5 euros de lavar a cabeça com o meu shampo! - que tem a Flash, a Nova Gente e a TV Guia.
Vou assim, para me libertar de conversas, lendo as ditas, e actualizando-me sobre o beautiful people, onde também peroram esposas de empresários e banqueiros...
Tudo consequências da crise, porque antes dela, no meu anterior cabeleireiro, só havia a Hola, a Lux, a Sábado e a Visão!
Era, percebe-se, outra loiça!
Cara Dra. Helena Sacadura Cabral: claro que não desconheço os nomes que referiu, sem os quais Portugal 2011 não era o que é. Porém, ver um casal como o referido no texto ser citado sem qualquer referência profissional (modelo, futebolista ou coisas afins) enquadradora, cria-me a "angústia" de estar fora de um certo mundo. Mas não me sinto mal, pode crer.
A lerem esses lixos, não admira que, depois, não saibam quem era o Marti...
Caro Henrique: 48 anos! Bolas! A dona Raquel deve ser uma santa, das de se lhe fazer altar. Vossa Excelência, espero, deve aproveitar esta data para se lhe jorrar ao pés, em penitência, prometendo que, nos dois anos que faltam para as bodas de ouro, outro galo cantará.
Um forte abraço de parabéns
Parece-me que no nosso país existe liberdade de impresa e para dar noticias sobre os dinheiros desviados do Estado que deixa toda a gente desmotivada , acho melhor este tipo de noticias, que no minimo tem a virtude de não nos fazer sentir roubados !
Acho preverivel estas noticias do que aquelas sobre as luvas e comissões de grandes negocios que nunca se chegam a saber para que serviram e muito menos para onde foi o dinheiro !
Quem tem que viver dos jornais, sabe que não pode relatar determinadas realidades para não perder o emprego e dai é melhor dar noticias da Filipa e do seu noivado do que falar dos dinheiros do BPN por exemplo!!
Ogman
AHAHAH!!Sr. Embaixador!
Nem imagina o quanto gostei deste post!
Pergunte lá ao Condecorado Pinto Balsemão, o que se passa nos media em Portugal.Tenho a certeza que ele saberá responder à altura, Sr. Embaixador. :)
"Porém, ver um casal como o referido no texto ser citado sem qualquer referência profissional (modelo, futebolista ou coisas afins) enquadradora, cria-me a "angústia" de estar fora de um certo mundo".
Ó meu estimado Embaixador, mas referência a que profissão? "Socialite" é a nova área de trabalho desta classe social feminina.
Eles, por norma, viram sempre empresários da noite ou- sublime distinção - DJ , conforme as circunstâncias.
Acontece que eles estão perfeitamente enquadrados. Nós é que não!
Henrique, já te disse que depois do casamento do Padre Felicidade Alves, tenho a maior dúvida, da validade religiosa desses teus 48 anos de prisão.
Também eu passei pelo mesmo, e ando preocupadíssima, sem ter a certeza se que os meus pecados - imensos - estarão, de facto, perdoados depois do meu confessor se ter casado!
É a vida, dizem-me os amigos. São as "aberturas, as modernidades", digo eu, que com elas ainda vou parar ao Inferno!
Senhor Embaixador, imperdoável. Faltou-me a Carla Baía!
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