domingo, dezembro 25, 2011

Anónimos

Não, este post não é sobre os prudentes comentadores deste blogue que, por modéstia, não nos privilegiam com os nomes e apelidos, obrigando-nos a um esforço de imaginação sobre quem poderá estar por detrás dos seus judiciosos textos.

A história é do tempo da velha Emissora Nacional e foi-me ontem contada por um amigo.

Uma locutora, com aquele serenidade das gerações em que a "locução ofegante" ainda não fizera escola e se não transformara em pandemia, apresentava uma obra de música clássica. Melhor: duas obras, que se iam suceder, na emissão, uma à outra. E, desta forma, iluminou os "senhores ouvintes":

- Seguidamente, senhores ouvintes, vamos ter oportunidade de ouvir uma obra musical de um anónimo do século XVIII. Logo de seguida, do mesmo autor, porque segundo a nota que aqui tenho é também de um anónimo, ouviremos uma outra sua obra. Esperemos que gostem.

36 comentários:

Isabel Seixas disse...

Bem há anónimos que se configuram nos contornos da sua obra, deixando emergir um estilo que os identifica, gostam do seu lado oculto,temem o feedback...Convenhamos que é capaz de ser mais fácil!?...
Agora a história é bem engraçada e a foto também lembro-me bem desse género de rádios.

Reflexos disse...

Boa Noite,
Mas não seria coincidência a mais, haver duas pessoas, músicos, no mesmo século, com o mesmo nome?!
Só podia ser o mesmo!

Esta manhã, só esta manhã, melhor dizendo; li a reportagem da NM. Gostei muito do que li. Muito 'condizente' com a imagem que passa aqui no blogue. E à cusra da reportagem, ganhou mais um seguidor/fã... o meu marido que também gostou muito da reportagem.
Continuação de festas felizes.

Helena Oneto disse...

Apetecia-me escrever "na mosca!" mas não escrevo. Nem vou comentar este poste. Não precisa. Ele diz tudo!

Anónimo disse...

Senhor Embaixador,
Que saudades eu tenho do aparelho de telefonia inserido!
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Tempos lindos, pacatos, maravilhosos, com a novela da "cochinha" que colocada as senhoras a chorar como Marias Madalenas, do drama daquela menina, numa cadeira de rodas...
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E mais ainda o o Olavo Eça Leal com as suas crónicas; o Artur Agostinho e o Janos Quadros a deliciar-nos com os relatos de futebol...
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O Igrejas Caeiro a correr o pais com os Companheiros da Alegria, o Vasco Santana com o Zéquinha e a Lélé; A Voz dos Rídiculos do Porto e os Parodiantes de Lisboa.
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Ah me ficava no esquecimento os fados da Ámália, da Hermínia Silva, do Fernando Farinha, dos corridinhos, dos viras do malhão-malhão e mais outras vozes que saiam dessa caixa mágica...
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Mudaram-se os tempos, mudaram-se as vontades e acabou, toda a gente, a ficar marada!
Saudações de Banguecoque
José Martins

Anónimo disse...

"Locução ofegante" - sim, um mal irritante. Então, quando juntam frases e as coisas se tornam imperceptíveis, só a tiro.

Ass.:

João Teodósio da Nóbrega Passos-Bragança, filho de Adriano Bernardo Esaguy Passos-Bragança e Beatriz Leonor de Portugal Nóbrega (Passos-Bragança por via do matrimónio).

Anónimo disse...

Do alto deste "poste", avisto a minha terra.

Anónimo disse...

Mais um anónimo...

...apenas para dar uma ajuda à memória de José Martins: o locutor desportivo que refere a par de Artur Agostinho chamava-se Quádrio Raposo. Jânio Quadros foi um presidente do Brasil.

Partilho as memórias desses tempos, tenho algumas saudades, porque era muito mais novo, mas da sua pacatez nem tanto (era mais uma asfixia...)

Quanto ao blog, de cinco estrelas!

Jose Martins disse...

Respondo ao anónimo:

Tem razão....Quádrio Raposo sim,sim era este mesmo o locutor...
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Velho estou, caduco ainda não..passou-me...O Janos Quadro, era mais ou menos desse tempo, de bigode farfalhudo e o homem político da vassoura...
Bem haja por me ter avivado a memória...

Helena Sacadura Cabral disse...

Este comentador João Teodósio deixou-me ofegante com um nome tão grande. O Feliciano da Mata deve conhece-lo.
Queixava-me eu do meu, que reduzi a metade - a minha Mãe há-de perdoar-me! -, e mesmo assim é enorme!
Como costumo dizer...gente fina é outra coisa. Usa "de" e "e" em profusão e às vezes, até, em duplicado.

Anónimo disse...

Exma. e Digníssima Sra. D. Dra. HSC,

Cuidava eu que a minha identificação fosse pouca (ainda pensei acrescentar o IP) e, no fim, macei os seus doces olhos com a referência à minha ascendência. Preso por ter canídeo e preso por não o ter...

Perdoar-me-á vosso gentil espírito o meu escusado alongamento genealógico?


Ass.:

João Teodósio da Nóbrega Passos-Bragança

Anónimo disse...

O Senhor Passos-Bragança terá alguma coisa a ver com o Senhor Passos-Vila Real?

Anónimo disse...

Caríssimo Anónimo,


Nos passos que dou, sei eu bem o chão que piso. Retire a mascarilha para que saibamos quem é. Ou isso ou o IP.


Ass.:

João Teodósio da Nóbrega Passos-Bragança

Anónimo disse...

Caro Passos-Bragança: foi lapso. Lamentável. Eu queria referir-me a Passos-Mirandela, sobrinho de Passos-Murça, primo de um vinhateiro como é o famoso Passos-Régua ou do varejado olivicultor que dá pelo nome Passos-Vimioso. E, já agora, é da família um célebre motorista de taxi de seu nome Passos Dias Aguiar?

Anónimo disse...

É tudo gente que junto de mim não é célebre. Conheci em tempos um Passos Doble mas pareceu-me um indivíduo... redundante.

Ass.:

João Teodósio da Nóbrega Passos-Bragança

Anónimo disse...

Senhora Dona Helena, eu não conheço o Senhor Dom João Teodósio, mas vou procurar no meu velho exemplar da "Nobreza de Portugal" e depois lhe direi.

a) Feliciano da Mata, emigrante dos antigos

Anónimo disse...

Deixem de brincar com coisas sérias!

a) Passos da Cruz

Anónimo disse...

Vossas senhorias, quiçá por defeito de meio social, já me prefixam com um cheio "Dom". Que o tenho, é verdade, mas como sinónimo de virtude e predicados. Não gasteis o vosso tempo colorindo o meu sangue como petizes que se divertem perante um desenho porque é debalde que o fazeis. E é fácil entender o chiqueiro que fica no chão...

Anónimo disse...

O meu espírito republicano, de tão perturbado que ficou, até se esqueceu da parte mais importante do comentário: a assinatura.


Ass.:

João Teodósio da Nóbrega Passos-Bragança

Anónimo disse...

As identidades pressecutórias nunca gostaram dos anónimatos!
As ideias e pensamentos são muito dificeis de calar.É muito mais fácil abater o emissor !

Quando a radio moscovo emitia para o nosso país , alguém se interessava em saber a identidade e os interesses das pessoas que vinculavam as noticias ?

Hoje por exemplo estive a ler sobre a historia dos valdeses, povo que foi chacinado só porque trabalhavam ao Domingo. Eram cristãos que não aceitaram as alterações impostas pelos católicos romanos e por isso foram queimados vivos !

A identidade dá sempre azo à pressecussão e perseguição, quando o pensamento e as ideias não são as canónicas!

Ogman

Anónimo disse...

Desde que se seja educado, nada tenho contra os anónimos!
Anónimo

Helena Sacadura Cabral disse...

Caro João Teodósio
O que mais me preocupa na sua nobilíssima linhagem é o Passos.
Terá sido um mau passo lá muito para trás? Um trisavô?
A não ser assim - e calculo que numa nobre família como a sua, todos se portem visceralmente bem - vosso nome deveria ser Paços. É homófono, mas o pedigree é totalmente diferente.
Não me dá o estimado comentador razão?!

Helena Sacadura Cabral disse...

Ai caro Ogman, ele há para aí tantos cânones, que o mais certo, é que seja uma perseguição entre os vários pensamentos e ideias canónicas...

Alcipe disse...

O que quer dizer "pressecutorio"? Não vem no dicionário

Francisco Seixas da Costa disse...

Sem dicionário à mão, creio que "pressecussão" tem a ver (ou, como alguns escrevem, "tem haver") com perseguições da imprensa. Si non è vero...

Helena Oneto disse...

Risse mais aqui que no Parque Mayer! Nem no São Luis teriamos a sorte de assistir a este "Auto dos desconhecidos pressecutados"! Ó Senhor João Teodósio, o Senhor "vai" muito bem em fidalgo não desfazendo a Dona Helena:)!

Anónimo disse...

Exma. e Digníssima Sra. D. Dra. HSC,


Gostaria muito de lhe poder ser agradável mas obriga-me o respeito para com os meus antepassados a não o poder ser. A cada um o seu estilo: uns andam a passo, outros em corrida. A mim, coube-me o primeiro caso em sorte.


Ass.:

João Teodósio da Nóbrega Passos-Bragança

Anónimo disse...

E insistem em chamar-me fidalgo e demais coisas. Que ferro! Mas... vossas senhorias não acham que andam a ler demasiadas revistas cor de rosa? Ponde tons terra nas vossas leituras que só vos poderia fazer bem.


Ass.:

João Teodósio da Nóbrega Passos-Bragança

Anónimo disse...

"Risse" é uma forma do verbo "rissar", ou seja, "fazer rissóis".

Francisco Seixas da Costa disse...

Ao "Passar" por aqui, rime(ou ri-me?).
Anónimo de Coisa e Tantos,
Conde de Francelos de Baixo

Helena Oneto disse...

Ai! Senhor Embaixador,
Saltou-me o traçinho... Culpa de tanta -compaixão- pel(a)s vitíma(s) de tão feroz "pressecussão"!

Anónimo disse...

Em França, os "tracinhos" usam barbicha.

Anónimo disse...

Não consigo conter-me! Acho aviltante a mofa que aqui se faz das inaptidões, erros e gralhas ortográficas de alguns dos visitantes deste sítio. É certo que uma ou outra pessoa se mostra mais insistente nos tropeções mas, senhores, acaso são possuidores do dom da infalibilidade? Apre! Também tratam assim os vossos netos? Pois dai descanso aos dos outros!

Não conseguem ver uma falha que vão logo atrás da chalaça, do remoque. Espíritos desnecessariamente inquietos, é o que eu vos digo.

O que não diriam se tivessem reparado no senhor que sente saudades do "aparelho de telefonia inserido"?...

Haja um pouco mais de sossego por aqui, por favor.

Ass.:

João Teodósio da Nóbrega Passos-Bragança

IP 192.168.0.1

Anónimo disse...

Fiquei desconcertado com tanta inquietação que levantei sobre as atitudes persecutorias daqueles que não gostam das ideias dos outros só porque não são coincidentes das suas !!!

Para não ser em francês, lingua na qual há grandes expecialistas neste blogue, deixo-vos em inglês o significado do termo , pressecutório , pode ser que assim percebam!!!


The prosecutor is the chief legal representative of the prosecution in countries with either the common law adversarial system, or the civil law inquisitorial system. The prosecution is the legal party responsible for presenting the case in a criminal trial against an individual accused of breaking the law.


OGman

Alcipe disse...

Ah, queria dizer então prossecutório!

Anónimo disse...

Não me desorganizem! Calem-se!

a) Dicionário de Moraes

Helena Sacadura Cabral disse...

Permitam-me ainda uma parca contribuição para o caso em discussão. Ide ao dicionário Houaiss que o de Moraes está ultrapassado.

25 de novembro