Desde há muito que o State Department - o Ministério dos Negócios Estrangeiros americano - distribui, por esta altura do ano, as suas "notas" sobre o comportamento dos vários países do mundo em matéria de Direitos Humanos. Funcionamento das prisões, liberdade de imprensa, actuação de forças policiais, tratamento das minorias e uma panóplia de outras áreas são passados a pente fino, sob critérios que se pretendem paradigmas de uma ordem internacional respeitadora daqueles direitos.
Trata-se de um documento sempre interessante de ler e que, aliás, é curioso comparar com o relatório anual da Amnistia Internacional e com alguns outros estudos similares que vão estando disponíveis, alguns limitados a certas áreas geográficas.
Tenho imensa pena, aliás, que este bom exemplo de Washington não seja seguido por outros Estados, os quais, de caminho, poderiam pronunciar-se também sobre a situação que se vive nos próprios Estados Unidos da América, país que, curiosamente, recusou integrar o Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas e não é subscritor do Tribunal Penal Internacional, criado para punir os crimes graves contra a humanidade.
(Em tempo: sobre o tema valerá a pena ler esta notícia)
Trata-se de um documento sempre interessante de ler e que, aliás, é curioso comparar com o relatório anual da Amnistia Internacional e com alguns outros estudos similares que vão estando disponíveis, alguns limitados a certas áreas geográficas.
Tenho imensa pena, aliás, que este bom exemplo de Washington não seja seguido por outros Estados, os quais, de caminho, poderiam pronunciar-se também sobre a situação que se vive nos próprios Estados Unidos da América, país que, curiosamente, recusou integrar o Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas e não é subscritor do Tribunal Penal Internacional, criado para punir os crimes graves contra a humanidade.
(Em tempo: sobre o tema valerá a pena ler esta notícia)
3 comentários:
Faz o que eu digo...
Vieram-me à memória declarações recentes do Presidente Lula, quando, a propósito do "downgrade" do risco Brasil, por parte das agências de "rating" americanas, afirmou que iria criar uma dessas agências, para avaliar o risco dos Estados Unidos.....
Forte Abraço
Rui M Santos
Será que o assunto não passará pela percepção dos norte americanos sobre o que seja humano?
Caro Francisco,
Este seu Blogue, pelo que vejo, vai de vento em popa! Variado, interessante, bem escrito e bem concebido, contendo ainda umas notas de humor (aquela do leão envergonhado está demais!) que lhe dão o toque final para agarrar o leitor bloguista. Parabéns!
Quanto ao ponto dos “Direitos Humanos” este seu comentário é pertinente e, sobretudo, corajoso. Isto de se fazer uma observação critica aos EUA, nem todos se atrevem. E, todavia, deverá ser vista como uma critica de cariz construtivo. Tomara de facto que Washington revisse, um dia, estas suas (lamentáveis) posições.
Subsistir nesta atitude de não integrar o CDH das NU e não subscrever o TPI retira-lhes a moral para acusar, ou criticar, terceiros países, bem como de exigir que determinada figura política seja enviada para Haia e submetida a julgamento internacional. Mas, na verdade, os EUA procedem exactamente desta forma, pondo em cheque a credibilidade dos seus declarações, a este respeito.
Um forte abraço e lá continuarei a seguir, diariamente, este seu excelente Blogue,
P.Rufino
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