Como há dias dizia por aqui um comentador televisivo, estará com certeza bem melhor na vida quem perdeu "tudo" numa operação com o especulador Madoff do que um desempregado da Renault.
Ao olhar para os números do leilão das peças de arte da colecção de Pierre Berger e de Yves Saint Laurent, que daí a dias aí vem (o lucro das vendas pode ir até 400 milhões de euros), e cujo catálogo custa uns meros 200 euros, vê-se melhor como há vários mundos neste mundo e que, enquanto alguns estão já definitivamente no zero, para outros a crise será sempre e apenas uma questão de um zero a mais ou a menos.
Este leilão de um verdadeiro museu privado, que o último "Nouvel Observateur" nos descreve e a que muito poucos tiveram acesso - com Picasso, Degas, Klimt, Goya, Gauguin, Ingres, Manet, Seurat, Cézanne e tudo o mais que se possa imaginar) -, terá como compradores garantidos novos nababos russos, casaques e outros mais, que já rondam Paris em jactos privados, à procura das vantagens da globalização do mercado da arte. Daqui a semanas, estas preciosidades espalhar-se-ão por vários países, como que democratizando o seu usufruto (provavelmente, continuando em domínios privados), até que o futuro lhes aplique a velha filosofia redestributiva dos três D das oportunidades no mercado de obras de arte: "death, divorce, debts".
Ao olhar para os números do leilão das peças de arte da colecção de Pierre Berger e de Yves Saint Laurent, que daí a dias aí vem (o lucro das vendas pode ir até 400 milhões de euros), e cujo catálogo custa uns meros 200 euros, vê-se melhor como há vários mundos neste mundo e que, enquanto alguns estão já definitivamente no zero, para outros a crise será sempre e apenas uma questão de um zero a mais ou a menos.
Este leilão de um verdadeiro museu privado, que o último "Nouvel Observateur" nos descreve e a que muito poucos tiveram acesso - com Picasso, Degas, Klimt, Goya, Gauguin, Ingres, Manet, Seurat, Cézanne e tudo o mais que se possa imaginar) -, terá como compradores garantidos novos nababos russos, casaques e outros mais, que já rondam Paris em jactos privados, à procura das vantagens da globalização do mercado da arte. Daqui a semanas, estas preciosidades espalhar-se-ão por vários países, como que democratizando o seu usufruto (provavelmente, continuando em domínios privados), até que o futuro lhes aplique a velha filosofia redestributiva dos três D das oportunidades no mercado de obras de arte: "death, divorce, debts".
4 comentários:
Um leilão destes numa crise como esta é, mais do que espantoso, pornográfico... Raio de crise.
Parabéns por esta excelente ideia.
Uma das maiores dificuldades que encontrei quando cheguei a França foi a falta de contacto entre a administração Portuguesa em França e a nossa comunidade.
Desejo-lhe muita sorte,e prometo ser mais um leitor assiduo dos seus textos
parece que temos várias crises, a depender da casta,...
Na crise e na abundância.....quem paga são sempre os mesmos !
Como diria um amigo meu : " pobre que corre é ladrão, rico que corre é esportista !"
Abração
Rui M Santos
Enviar um comentário