Não tinha dado conta, devo confessar: este blogue fez ontem cinco anos. Foi um confrade que se preocupa com essas datas que o anunciou.
Foram cinco anos sem uma única data em que eu aqui não tivesse deixado um post. Foram em número de mais de 3200 as mensagens que assinei, entre memórias ou notas do quotidiano, historietas pessoais ou de outros, cenas e episódios da vida diplomática, textos mais ou menos sérios, muitas fotografias. 751 amigos inscreveram-se para seguir, nos dias hoje, este blogue. Quase um milhão e trezentas mil visitas foram feitas nestes cinco anos, com mais de dois milhões de páginas consultadas. Em média, todos os dias, o blogue é visitado por mais de mil pessoas - o que, de acordo com quem sabe destas coisas, leva a presumir que cerca de cinco mil leitores passam regularmente por aqui.
Durante o primeiros quatro anos, o blogue foi assumido como sendo "do embaixador de Portugal em França", embora nunca tivesse sido um blogue formal da Embaixada. Logo no primeiro post ficava clara a dualidade: "Embora, como disse, este espaço não tenha uma natureza oficial, naturalmente que quem o escreve assume, em pleno, a responsabilidade da função que exerce e que, por essa razão, não se esquece dela ao escrever. "À bon entendeur"..." A mudança do meu estatuto ocorreu há um ano e, naturalmente, o blogue sofreu alguma alteração no seu estilo e, aqui ou ali, em alguma seleção temática.
Um palavra para as comentadoras e comentadores. Quem segue este espaço sabe que há gente que o acompanha desde o início, com uma dedicação que só posso agradecer. Um "quarteto" ímpar de senhoras tem feito uma inigualável "guarda de honra" aos textos: Isabel Seixas, Helena Oneto, "Margarida" e Helena Sacadura Cabral. Mas há outros nomes, como "Patrício Branco", "Catinga", ARD ou Guilherme Sanches a cuja fidelidade estou muito grato. Caso especial é "Alcipe" e o seu saudoso heterónimo "Feliciano da Mata", este último agora desaparecido em combate empresarial, entre o Cabinda e o Cunene, com passagens fugazes pelo mundo do PSI20. Alguns comentadores andaram por aqui e, depois, desapareceram. O caso mais marcante terá sido a Mônica, uma simpática "mineira" brasileira, que muito humanizou este espaço. Mas muitas centenas de anónimos ou de pessoas com nome deixam por aqui as suas notas - às vezes de acordo, muitas outras de frontal oposição ao que por aqui disse. Com grande sinceridade, a todos eles, mas também a todos os leitores que nunca deixaram nada escrito, estou muito grato e envio um forte abraço, porque também eles estão de parabéns neste aniversário. É que, sem leitores, a escrita transforma-se num exercício sem sentido.
Em tempo: e os "newcomers" como "Defreitas". Imperdoável o esquecimento de José Barros, António PA, "Portugalredecouvertes", "São", José Tomaz Mello Breyner e tantos outros. E a "velha senhora"?
Em tempo: e os "newcomers" como "Defreitas". Imperdoável o esquecimento de José Barros, António PA, "Portugalredecouvertes", "São", José Tomaz Mello Breyner e tantos outros. E a "velha senhora"?