sexta-feira, janeiro 10, 2014

Boas notícias e uma incógnita

Nem tudo são más notícias, do lado da Europa.
 
As últimas previsões, no tocante ao futuro presidente da Comissão europeia, dão conta de que o nome do antigo primeiro-ministro luxemburguês, Jean-Claude Juncker, pode vir a ser o eleito do setor conservador. Do lado dos socialistas, o atual presidente do Parlamento europeu, Martin Shultz, está já definido como candidato.
 
Em ambos os casos, estamos perante figuras que têm uma leitura do projeto e do processo europeu que basicamente se coaduna com os interesses de um país como Portugal. Sabemos que isso não é uma condição suficiente para que as coisas venham a correr bem para as "nossas cores", mas já seria uma boa ajuda.
 
Uma incógnita permanece: o nome do presidente do Conselho europeu, que substituirá Van Rompuy. Esta nova figura institucional, em má hora "inventada" pelo Tratado de Lisboa, é uma espécie de administrador dos poderes que o Conselho recuperou da Comissão. É um lugar decisivo, devendo nós estar atentos ao que o nome a escolher puder significar. Uma coisa teremos de ter por certo: será um nome da total confiança da chanceler alemã.

5 comentários:

Anónimo disse...

Total confiança de Merkel? Talvez Bruno Maçães?

Defreitas disse...

Eu também gostaria de fazer uma aposta, Senhor Embaixador: Que o seu "post" sobre a Europa não vai ter tantos comentadores como o de Eusébio.

Et pourtant ! Anti-social, antidemocrática, belicista e ditatorial, a União Europeia pilotada pelo eixo Washington-Berlim encarniça-se sobre a soberania e sobre as conquistas sociais dos povos. Sob a égide de Ângela Merkel, a Troika (Comissão de Bruxelas, presidida pelo nosso "cher" compatriota Durão Barroso, FMI e BCE martirizam os povos sob o calcanhar de ferro da austeridade.

A pobreza, a precariedade, a desindustrialização e o desemprego de massa mergulham o nosso povo no desespero. Os serviços públicos, a protecção social, a Educação nacional, as reformas e pensões, a segurança social são estranguladas em nome da funesta "moeda única". A tutela de Bruxelas e da troika, os diktats arrogantes de Berlim esmagam o nosso pais com a perfeita colaboração dos dirigentes políticos.

Tenho a certeza que no cimo da UE têm medo! Após vários anos de crise económica, é bem possível que a abstenção e a subida dos partidos euro cépticos e nacionalistas dite a sua lei.

Tudo isto mereceria da parte dos seus leitores muitos comentários, porque é tempo de debater. Mas Portugal está de luto.

EGR disse...

Senhor Embaixador: mas quem é que vai estar atento ? será que haverá
nos nossos actuais governantes alguma preocupação com o assunto?
A avaliar pelo que se tem passado em materia de politica europeia não me parece.

Anónimo disse...

Que Juncker está forte nas intençōes está pois começaram já as campanhas de destruição na imprensa anglófona para o destruir com base em rumores cuidadosamente lançados agora sobre os seus hábitos privados. A imprensa francesa dava-o esta semana como candidato a secretário-geral do conselho da Europa, com o apoio de Merckel,mas não mais do que isso. Barnier ficou agora debilitado com o que a imprensa rosa circula em França. Schultz não tem qualquer chance e estes nomes são apenas coelhos que vão saindo de uma cartola até se esgotarem.

Anónimo disse...

Ainda sobre os balões de ensaio da semana. A imprensa dá Portas como candidato a Comissário europeu. Não é preciso ser adivinho para saber que tentará escapulir-se de Portugal na primeira oportunidade que são as eleiçōes europeias. Fará um bom parlamentar europeu, não tendo credenciais para ser um bom Comissário. A mesma imprensa dá Gaspar também como candidato por ter "prestígio em Bruxelas"(sic). É uma imagem toute faite e era bom que a jornalista do Público confirmasse melhor as suas fontes. No PS há também quem queira e se mexa silenciosamente...

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...