quarta-feira, novembro 03, 2021

FT


Nas últimas horas, tenho estado a ler, verdadeiramente deliciado, o ”The Powerful and the Damned”, os “private diaries” de Lionel Barber, que dirigiu o Financial Times por 15 anos. 

Pedante, arrogante e sobranceiro, como só alguns ingleses conseguem ser, Barber escreve lindamente, olhando o mundo ”de cima da burra”, como se diz na minha terra, com apontamentos magníficos de conversas e encontros.

2 comentários:

Luís Lavoura disse...

Pedante, arrogante e sobranceiro, como só alguns ingleses conseguem ser

Eu diria que essas (sobretudo a arrogância) são "qualidades" que se aplicam sobremaneira aos franceses, tanto ou mais que aos ingleses.

Em geral, aliás, aplicam-se a todos os grandes povos da Europa (alemães, franceses, ingleses, espanhóis e italianos), embora de formas ligeiramente diferentes em todos eles.

A arrogância e a sobranceria provêem de esses povos estarem todos muito convencidos da enorme grandeza, poder e superioridade dos seus países.

Há povos superiores a todos eles (por exemplo, os suecos e os suíços) mas que, por serem de países pequenos, não são arrogantes nem sobranceiros nem pedantes.

AV disse...

De acordo com Luís Lavoura em relação à sobranceria francesa. Ainda hoje, um colega alemão comentava que a UE teve uma ideia brilhante ao pôr um francês à frente das negociações do Brexit: “Quem é que podemos mandar para lidar com os britânicos …? Ah! Um francês, claro!”.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...