Nas últimas horas, tenho estado a ler, verdadeiramente deliciado, o ”The Powerful and the Damned”, os “private diaries” de Lionel Barber, que dirigiu o Financial Times por 15 anos.
Pedante, arrogante e sobranceiro, como só alguns ingleses conseguem ser, Barber escreve lindamente, olhando o mundo ”de cima da burra”, como se diz na minha terra, com apontamentos magníficos de conversas e encontros.
2 comentários:
Pedante, arrogante e sobranceiro, como só alguns ingleses conseguem ser
Eu diria que essas (sobretudo a arrogância) são "qualidades" que se aplicam sobremaneira aos franceses, tanto ou mais que aos ingleses.
Em geral, aliás, aplicam-se a todos os grandes povos da Europa (alemães, franceses, ingleses, espanhóis e italianos), embora de formas ligeiramente diferentes em todos eles.
A arrogância e a sobranceria provêem de esses povos estarem todos muito convencidos da enorme grandeza, poder e superioridade dos seus países.
Há povos superiores a todos eles (por exemplo, os suecos e os suíços) mas que, por serem de países pequenos, não são arrogantes nem sobranceiros nem pedantes.
De acordo com Luís Lavoura em relação à sobranceria francesa. Ainda hoje, um colega alemão comentava que a UE teve uma ideia brilhante ao pôr um francês à frente das negociações do Brexit: “Quem é que podemos mandar para lidar com os britânicos …? Ah! Um francês, claro!”.
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