Já aqui o disse e volto a repetir, para que não reste a menor dúvida: criei e mantenho o maior respeito e admiração pelo magnífico trabalho de Marta Temido, pessoa a quem Portugal ficará para sempre a dever uma extraordinária dedicação e empenhamento, neste difícil e excecional tempo de pandemia.
Enfrentando, vai para dois anos, uma mutante exceção sanitária que, em todo o mundo, instalou uma imensidão de sucessivas interrogações, obrigando a respostas que iam sendo testadas à medida que novas realidades surgiam, Marta Temido demonstrou coragem, determinação e um forte sentido de defesa do SNS.
O lugar de ministro da Saúde, nos últimos dois anos, foi dos mais complexos do governo. Como cidadão, congratulo-me pelo facto do país ter tido o privilégio de ter nele podido contar com uma figura com o recorte técnico, político e humano de Marta Temido, neste tempo de emergência nacional.
(Uma nota e um “disclaimer”: este post não é sobre os inegáveis méritos de Graça Freitas e Gouveia e Melo; não conheço nem sou amigo de Marta Temido)
9 comentários:
Subscrevo, inteiramente.
Só um treinador de bancada, ciumento, como o nosso PR "picareta falante" poderia produzir os dislates hipocondríacos que ele regurgitou.
Senhor Embaixador:
Com imensa gratidão a tudo o que o SNS tem feito, e faz, diariamente, pelo CIDADÃO, sem olhar a meios de pagamento, não merece, de facto, um "Bastonário" com calibre de - no mínimo - pouco civilizado, a não ser que tenha inveja de não ter sido convidado a ser Ministro, certamente à espera de um período mais calmo, e dado a particulares !
A ausência de objectividade - e verborreia - do PR fica por conta de quem votou nele, ignorando seu perfil subversivo, relativamente a certas pessoas e, designadamente, em alturas pouco propícias ! Julgo que a SENHORA MINISTRA já reuniu indelicadezas suficiente para saber do que falo do PR.
É incrível como se adulterou o que ela pretendia dizer para a "queimar" na praça pública, o problema é que se não ouvirmos o original até se acredita que disse o que não disse. Isto também vem de alguém sem cartão de qualquer partido, não porque acha mal que se pertença a um mas por nunca me ter revisto o suficiente em algum deles.
~CC~
Mas a ministra não pediu humildemente desculpa pelo que disse? Reconhecendo a completa falta de adequação das palavras que disse?
João Vieira
Isto foi mais uma tempestade num copo de àgua, como os nossos políticos e o pessoal dos meios de comunicação (não consigo chamar-lhes jornalistas) tanto gostam. E quanto mais se fala nestas birras de crianças, menos se fala nos reais problemas do país...
A sra dra Marta sabe algo de Gestão Hospitalar e muito de Gerontologia. Saúde mesmo a sério, quasi nada, mas foi a eleita do 1º ministro sabe-se lá porquê?
Eis algo que não entendo: continua-se a não pagar taxas moderadoras com a desculpa de ser por causa da COVID (manipulação de dinheiro?). Os centros de saúde podem ter terminais MB mas o Governo prefere que absolutamente tudo seja gratuito, desde a consulta, até ao exame mais complexo.
Quantos milhões está a custar ao País esta borla irresponsável? Quantas necessidades não irão deixar de ser atendidas porque o dinheiro está a ser "torrado" sem razão?
Ninguém fala disto porque toda a gente gosta de borlas.
De estupidez em estupidez até à próxima banca rota (que será culpa do Euro, da UE, dos alemães e, claro, do governo anterior).
Assino por baixo das palavras do Embaixador Seixas da Costa, prezado e admirado Amigo. A ingratidão é muito feia e só quem não sabe o que é viver longos anos sob uma extraordinária pressão física, mental e moral, sempre com ar animoso e galhardo, pode levianamente não estar grato e não admirar o magnífico trabalho da Ministra Marta Temido. Merece todo o nosso carinho e o reconhecimento de quem de direito. Somos muito lestos a denegrir e arrastamos os pés quando se trata de reconhecer o mérito de alguém. É feio, como se dizia no meu tempo de criança.
Eugénio Lisboa
Resiliência é um termo das Ciências dos Materiais distinto de resistência. A ser usado por analogia resiliente tem sido a Marta Themido. A forma como ela usou o vocábulo na AR tem todo o sentido e se às vezes podemos pensar na falta dela entre os profissionais de saúde é por os seus representantes institucionais e alguns dos mais conhecidos e frequentes faladores dizerem que estão todos rebentados. Mas creio que trabalhar nas urgências exige de facto a tal resiliência; parece que era a isso que a ministra se referia.
José Figueiredo
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