O episódio sinistro do jornalista saudita que um comando enviado de Riade terá feito desaparecer, há dias, de um consulado da Arábia Saudita na Turquia faz recordar o rapto, e o subsequente assassinato, de Ben Barka, o oposicionista marroquino que, em 1965, foi preso à porta da Brasserie Lipp, com a posterior cumplicidade dos serviços secretos frances. A imagem de Marrocos veio a sofrer bastante com esse facto e só podemos desejar que a da Arábia Saudita, e da sua polémica nova liderança, não venha a escapar à crítica internacional, para além dos efeitos de tensão que o episódio já induziu no eixo sunita.
Durante anos, nas grades das escadas para o parque de estacionamento, entre a Lipp e o Flore, estava a placa que deixo na imagem. Ontem, passei por lá e o memorial tinha desaparecido. Que estranho! Espero que não seja já um efeito de “realpolitik” acomodatícia.
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