Foi uma relação de simpatia pouco vulgar aquela que se estabeleceu entre aquele credenciado diplomata português e um seu homólogo soviético, em tempo de Guerra Fria, num contexto internacional particular. A história ficou nos anais diplomáticos portugueses.
O tema da conversa era a França, onde o diplomata português estava colocado.
- É mesmo verdade que, em França, é possível a um cidadão estabelecer-se em qualquer cidade que seja do seu agrado, sem necessitar de autorização oficial?
- Claro que sim! Desde que tenha meios para isso, não há qualquer limitação no que toca ao lugar onde pretende morar.
- E a compra de carro? Falaram-me que não é preciso inscrição para a sua aquisição...
- Quem pretender um carro e tiver dinheiro para o comprar dirige-se a um stand e adquire-o. Pode ficar com ele de imediato.
A conversa prosseguia nestes termos, com questões sobre a liberdade de escolha dos cursos ou outras que acabavam por espelhar o contraste entre o modelo soviético e o quadro de liberdade das sociedades de mercado. A certo passo, confirmadas que tinham sido pelo colega português a liberalidade de várias dessas práticas de vida no Ocidente, o interlocutor soviético exclamou:
- Então não é só propaganda?! É mesmo o caos...
5 comentários:
Francisco.
Nossa! Como ele define democracia!
Só que hoje ...
Será que vale a pena para os pobres a democracia?
Caos no Brasil: Veja o tanto de coisas esta acontecendo no Maranhão.
com carinho sua ainda amiga Monica
Bem visto .
Bom desfecho...
Uma revelação! Agora percebo...
O PCP, os partidos de esquerda, o MFA e outros nunca foram contra a democracia... apenas tentaram evitar que Portugal caísse no caos!
O cavalheiro é um caso de estudo de como uma lavagem cerebral bem conduzida resulta...!
A diferença é que agora não há liberdade de um português se estabelecer no estrangeiro, é-se para lá compelido, mesmo com um improvável secretário de estado do empreendorismo dizendo que é bom para os portugueses e que após 2014 os portugueses "regressarão" a Portugal. O direito à asneira está constitucionalmente reconhecido.
Enviar um comentário