José Leite Martins é o novo secretário de Estado da Administração Pública. Conheço-o bem, em especial ao tempo em que dirigia os serviços jurídicos do MNE. É uma pessoa que me merece simpatia. Recordo o dia em que me deu conta da sua vontade de não continuar no lugar que ocupava, não obstante o governo a que eu então pertencia não ter intenção de vir a substituí-lo. Foi ele quem insistiu em sair, por opção de carreira. Tempos depois, seria testemunha privilegiada de que outros tempos trazem outras formas de fazer política.
António Costa Moura, o novo secretário de Estado no Ministério da Justiça, foi o meu mais direto colaborador em Paris, em 2009, tendo depois ido ocupar a chefia do consulado-geral em São Francisco. Ficámos amigos. Também ele antes tivera oportunidade, bem de perto, de testemunhar o sectarismo político a comandar a administração pública. Noutro ciclo político, claro. Falámos muito sobre isso.
Todas as felicidades que a ambos desejo são, naturalmente, pessoais. Como eles compreenderão.
11 comentários:
É o que costumo desejar aos meus amigos benfiquistas (e a todos os benf em geral!): Que todos tenham a maior das felicidades e que o referido fique em último…
Ao contrário, desejo também que o governante tenha bom desempenho no trabalho. Apesar de saber que a probabilidade de isso acontecer será menor do que eu ganhar a "Sorte Grande".
Muito Bom Ano Novo para o Sr. Embaixador e seus leitores!
antónio pa
Você deixou de fora o jovem Almeida, do CDS (o mesmo daquelas preocupações caninas). Um esquecimento que se agradece.
Quanto ao Leite Martins, era bem melhor do que o José Correia (ou José Matos Correia, como hoje é mais conhecido, que nos “invade” a casa através do “pequeno ecrã”, nuns debates na Sic, com o Mário Crespo. O indívíduo, outro dia, perdeu a calma com a Catarina Martins, do B.E, o que só revelou alguma falta de consistência, pouca base de preparação, fragilidade e muito nervosismo à mistura, o que se calhar não deveria surpreender), quando Barroso era MNE. Leite Martins teve um comportamento, que só o dignificou, que me foi relatado pela “outra parte”, quando se deslocou “ao andar de baixo” para falar com um Embaixador que então ocupava determinado cargo de relevo no MNE, alegando a senioridade desse nosso colega Embaixador, de então. E o despacho, com instruções do Ministro (Barroso) decorreu no Gabinete desse Embaixador. Já o Correia não era capaz desses gestos. Eram duas pessoas diferentes. Foi um bom Director do DAJ.
Quanto ao Costa Moura, que a Carreira agora comece a premia-lo, já que se tem esquecido dele.
a)Rilvas
PS: deixo aqui votos de rápida recuperação à excelente Clara Borja de Freitas, para 2014!
Desde há muitos anos, cada vez que há uma substituição nos governos, fico, inicialmente, com a convicção de que agora sim, "este/a" vai ser a pessoa indicada para o lugar... mas a seguir vem a resposta (...) e é o que se tem visto...
Mesmo felicidades pessoais. Sempre pensei que o pessoal está intimamente ligado ao profissional e quando o profissional vai mal o pessoal sofre.
Não conheço nenhum desses Secretários de Estado; mas já não posso desejar nada de bom a ninguém deste governo: nem Boas Festas nem Bom Ano Novo.
Eu bem sei que estamos num periodo de acalmia e que deve servir para desejar o melhor para todos. Mas há limites para tudo. Até para a paciência...
Só posso desejar uma coisa: que se demitam todos e que nenhum deles se meta de novo no baralho para a nova distribuição de cartas.
José Barros
Neste ultimo dia do ano só retenho que estou farta deste governo e dos governantes, sejam eles novos ou velhos, competentes (?) ou nem por isso...
Assim, um melhor 2014 para todos nós, se não for pedir muito.
Haja Deus, ou alguém por ele, e muita paciência!
Caro Dr. Seixas da Costa.
Muitos anos a conversarmos neste culto e catártico blogue.
Muitas felicidades para toda a sua equipa familar.
Quem sabe faz a hora não espera acontecer.
Abraço de LEÃO.
Deliciosa esta sua passagem acerca do nóvel secretário de Estado da Justiça: "Ficámos amigos. Também ele antes tivera oportunidade, bem de perto, de testemunhar o sectarismo político a comandar a administração pública. Noutro ciclo político, claro. Falámos muito sobre isso.". E com destinatário(s) certo(s). Bom Ano!
Se sectarismo quer dizer ter feito Paris, Delnato, Luanda, S.Francisco eu também gostaria de ter experimentado este sectarismo e não o que experimentei.
Na Cova da Moura Costa Moura não seria por certo um insígne ficante e estaria melhor empregue que na Justiça.
Em todo o caso vai fazendo o seu caminho para Estrasburgo.
Se como diz um assessor do grupo parlamentar do PS há incompatibilidade na nomeação do IGF para Secretário de Estado era bom que o Conselho Consultivo da PGR se pronunciasse.
Caro "Nesciedades": tenha a coragem no sítio, coloque o seu nome por baixo e terá o gosto de ver o seu comentário publicado. Fazer insinuações sem ter a coragem de as assumir é talvez a razão pela qual a sua carreira foi o que foi.
“Nesciedades” foi promovido a ministro plenipotenciário, depois ocupou Chefias de Missão (com credenciais de Embaixador) e agora está na disponibilidade, jubilado.
A carreira até nem me correu mal, embora não tenha chegado a “Full-Rank”, nem ter servido em Paris, o que me não incomoda uma vírgula.
Lá nos veremos no Seminário! Onde se espera que o Ribeiro Telles brilhe. Vai lá estar?
Se não, bons Reis...
a)Nesciedades
Pois Bons Reis, Nesciedades.
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