sexta-feira, dezembro 20, 2013

IRC

Tenho a firme sensação de que a maioria dos observadores, entretidos com a "abada" dada pelo Tribunal Constitucional ao projeto de confisco retroativo que o executivo se preparava para fazer aos reformados da Função Pública, não se deram conta do que, verdadeiramente, representa o acordo transpartidário garantido no tocante ao IRC.

Basta responder a duas questões para se perceber isto.

Se a proposta original do governo tivesse sido imposta, o que iria acontecer ao novo modelo de tributação do IRC no dia em que o PS chegasse ao poder? Ia ser mudado, como é evidente.

Qual é uma das queixas mais vulgares, por parte dos potenciais investidores, face ao sistema fiscal português? A sua imprevisibilidade.

Graças a este acordo, a estabilidade fiscal, em termos empresariais, está garantida por muitos e bons anos.

Há também uma terceira questão cuja resposta, a mim, me parece óbvia: a quem é que as PME's portuguesas ficam a dever um considerável benefício fiscal?

10 comentários:

Anónimo disse...

Só as PMEs ? a sério ? devo andar mesmo distraído !

Anónimo disse...

O PS, presumo?... Antunes (Stanley) Ferreira

*********

Desculpe-me caríssimo Francisco, esta publicidade...

História dum “crime”, ficção?
Não senhor, é a pura verdade
São mais coisas do coração
Vividas na mais tenra idade

Na nossa Travessa saberás o porquê desta quadra quadrada e maluca

Anónimo disse...

Talvez ler de vez em quando o «constitucionalista» Vital Moreira

Anónimo disse...

O Natal, dado pelo IRC, é mais generoso para as grandes empresas http://www.ionline.pt/artigos/dinheiro/governo-esconde-beneficios-fiscais-1045-milhoes-grandes-grupos-economicos/pag/-1

opjj disse...

V.Exª. não deite foguetes por causa da abada. Os que hoje têm, como é o meu caso que recebo mais por 16 anos no Estado do que 32 anos no privado, vai implicar que os meus filhos e os outros filhos, não terão essa sorte. E como diz a tão cantada canção:
"Eles(hoje) comem tudo e não deixam nada".
Cumprimentos

Bmonteiro disse...

Correcto.
O quadro no DN de hoje, é por demais significativo.
Embora não me convençam tão cedo, a votar no PS do Bando Central.
Quadro de interesse para a OP, devia ser mostrado na Net.

JM Correia Pinto disse...

Não há dúvida: para que as coisa fiquem mais claras ou mais previsíveis, o melhor é mesmo escorraçar o CDS e pôr no lugar dele o PS. Sempre é mais respeitável e mais previsível. Não há nada melhor do que cada um ocupar o seu lugar. E o lugar do PS é o mesmo do dos "seus irmãos" europeus...

JM Correia Pinto disse...

Não há dúvida: para que as coisa fiquem mais claras ou mais previsíveis, o melhor é mesmo escorraçar o CDS e pôr no lugar dele o PS. Sempre é mais respeitável e mais previsível. Não há nada melhor do que cada um ocupar o seu lugar. E o lugar do PS é o mesmo do dos "seus irmãos" europeus...

Defreitas disse...

A medida que o tempo avança, de progresso tecnológico em saltos no futuro, as forças invisíveis , a nível de todos os países, instalam uma ditadura viciosa , planeada de há muito, como um assalto "inteligente" onde tudo calha certo. Não há armas de fogo, o terror vem do medo de perder o resto do que ainda têm.

O medo de passar rapidamente duma classe social aflita a uma classe de assistidos ... sem assistência. Aquele que tem um emprego é já um desempregado potencial ao ler o contrato que lhe propõem. Precariedade é a palavra de ordem.
Politicamente, deixam-lhe a liberdade de votar no mesmo partido e mesmo se os nomes são diferentes, na social democracia, as "nuances" são ínfimas. Em todos os países europeus, os partidos ditos de governo são intermutáveis. A clientela política é a mesma.

Os Portugueses, vêm de longe. Sob a ditadura salazarista havia sempre a esperança que um dia...as coisas mudariam, com ou sem revolução. O futuro, para muitos era o fim sonhado da ditadura. Finalmente, houve a revolução e a liberdade foi recuperada. Mas o futuro é mais invisível que nunca. A vida social , cultural e económica desfia-se cada dia que passa. Mesmo o que foi adquirido no passado tende a ser contestado como valor real. A experiência e a competência não são consideradas suficientes para construir uma vida. Talvez no estrangeiro. O passado passou a lucros e perdas e o futuro está no nevoeiro do século.

Numa tal situação, o presente é sombrio. Em frente, existe o grande fosso negro da incerteza, da dependência dos estrangeiros, e do que o grande tumulto asiático nos deixará para viver. Essa multidão de sociedades esclavagistas é a referência das forças invisíveis.
O empobrecimento espera-nos. Os governantes , às ordens das forças invisíveis, utilizam esta referência longínqua no espaço mas tão próxima já nas nossa sociedades, para nos conformar à inevitabilidade deste empobrecimento generalizado. Toda e qualquer reticência a aceitar este triste destino, é imediatamente sancionado com a pena máxima: retiram-nos o trabalho! Levam-no para algures onde ele é bem-vindo incondicionalmente.

Para aqueles que ficam e aceitam as condições, a austeridade espera-os, com o seu cortejo de miséria. Esta é uma situação de "não ser"". Os homens escondem-se, exilam-se, desaparecem enquanto seres sociais.

O empobrecimento sistemático da sociedade está a produzir uma estranha atomização da população: não é já o «cada um por si», porque nada existe no horizonte do «por si». A sociabilidade esboroa-se aceleradamente, as famílias dispersam-se, fecham-se em si, e para o português o «outro» deixou de povoar os seus sonhos - porque a textura de que são feitos os sonhos está a esfarrapar-se. Não há tempo (real e mental) para o convívio. A solidariedade efectiva não chega para retecer o laço social perdido. O Governo não só está a desmantelar o Estado social, como está a destruir a sociedade civil.

O português foi expulso do seu próprio espaço continuando, paradoxalmente, a ocupá-lo. Como um zombie: deixei de ter substância, vida, estou no limite das minhas forças - em vias de me transformar num ser espectral. Sou dois: o que cumpre as ordens automaticamente e o que busca ainda uma réstia de vida para os seus, para os filhos, para si. Sem presente, os portugueses estão a tornar-se os fantasmas de si mesmos, à procura de reaver a pura vida biológica ameaçada, de que se ausentou toda a dimensão espiritual.

É a maior humilhação, a fantomatização em massa do povo português. Este Governo transforma-os em espantalhos, humilha-os, paralisa-os, desapropria¬-os do seu poder de acção.

O caminho será longo até que os Portugueses possam recuperar o futuro.

ignatz disse...

a redução do irc dá jeito a quem o oaga, as grandes empresas. as pequenas empresas dão prejuízo e não pagam irc, por isso inventaram uma coisa que se chama imposto especial por conta, um imposto de porta aberta sobre hipotéticos lucros mínimos que as pequenas empresas seriam obrigadas a ter para existirem. neste tratamento desigual ou injustiça ninguém mexe, porque aqui está a fonte de rendimento do irc.



A Europa de que eles gostam

Ora aqui está um conselho do patusco do Musk que, se bem os conheço, vai encontrar apoio nuns maluquinhos raivosos que também temos por cá. ...