sábado, novembro 09, 2013

Entrevista

A convite da "Antena 1" e do "Diário Económico", dei uma entrevista a Rosário Lira e Bruno Proença que é divulgada na "Antena 1" no sábado, dia 9, e na 2ª feira, dia 11, na edição do "Diário Económico" e no canal de cabo "Económico TV" (23 horas).

Nessa conversa, falou-se de várias temáticas externas, desde a diplomacia e do atual "estado da arte" no MNE, até à situação europeia, "resgate" incluído, bem como da relação com Angola e a situação em Moçambique.

A entrevista (para quem tenha tempo e paciência para mais de 50 minutos de conversa), pode ser ouvida aqui.

5 comentários:

Anónimo disse...

Entretanto em Portugal:

"Rankings
9 NOVEMBRO, 2013

por JoaoMiranda

1. Rankings vão mostrando a fuga das classes A e B para o ensino privado. Um fenómeno mais visível no básico. Escolas privadas dominam quase todos os rankings dos concelhos onde existem. Escola pública vai ficando com os piores alunos. Em breve começará a perder os melhores professores.

2. Ranking do Público é acompanhado de uma classificação das escolas públicas por contexto sócio-económico. Uma informação muito útil porque identifica de forma mais clara as escolas a evitar.

3. Escolas públicas continuam a apresentar como mais valia o facto de não seleccionarem alunos. Tudo o que um pai de classe média com aspirações não deseja para o filho.

4. Há directores de escola que apresentam como mais valia da sua escola (pública) os alunos não acabarem na prisão. É bom, mas não impressiona. Não atrai classe média. Não sei bem quem possa atrair com este discurso.

5. Escolas com o pior contexto sócio-económico são também as que têm piores resultados nos exames nacionais. Não há mesmo nada que as recomende. Quem as frequenta? Quem não pode ou nem tem noção que devia poder escolher melhor.

6. Não se percebe bem como é que as escolas públicas num contexto sócio-económico mau e com maus resultados (a regra) podem melhorar. É que estas escolas não têm capacidade de atrair os melhores proofessores nem têm mecanismos de gestão (escolha de professores, por exemplo). É mesmo improvável que tenham um director interessado em desenvolver a escola. Directores continuam a ser escolhidos com base nos interesses egoístas e mesquinhos dos professores e da pequena política local.

7. A esquerda continua a agarrar-se ao contexto sócio-económico como desculpa dos maus resultados do ensino público. É uma declaração de impotência e rendição às virtudes da selecção de alunos e da gestão privada. Sim, a escola privada pode fazer escolhas: alunos, professores, instalações, métodos de ensino. A pública é o que calha."

Do blog "Blasfémias"

Alexandre

patricio branco disse...

acabei de ouvir e foi com prazer que ouvi e reflectia ao mesmo tempo sobre as respostas que eram dadas às perguntas que eram feitas...

Isabel Seixas disse...

Gostei muito da entrevista subscrevendo Patrício Branco.

Defreitas disse...

Senhor Embaixador: Aproveitei esta manhã fria cá nos Alpes ( a neve cai na montanha) para ouvir a sua entrevista, que apreciei muito. Gostaria de deixar aqui algumas impressões.

1°- O papel das antenas comerciais nas embaixadas no estrangeiro: Dirigi durante algumas dezenas de anos uma filial de Saint Gobain Pont à Mousson e, cada vez que era necessário nomear um novo agente comercial nos países para onde exportávamos, e eram quase todos nos cinco continentes, o primeiro contacto que estabelecia era com o Conselheiro Comercial junto da Embaixada de França. Fonte de informação do mercado, das empresas, do clima dos negócios, das precauções que era necessárias tomar, o Conselheiro abria-me as portas em muitos casos, e trazia-me algum" peso" e prestigio nos primeiros contactos .

Era impensável desembarcar no pais sem este primeiro contacto com a autoridade que representava o pais donde vinha.
Mesmo quando certos litígios apareciam na minha actividade, os serviços da Embaixada eram preciosos, como conselho e ajuda logística. Em países como o Japão e a China, eram imprescindíveis. O que eu não sei exactamente é se estes serviços dependiam directamente do MNE . Mas na minha opinião, se a diplomacia é a imagem do Estado , a defesa dos interesses económicos do pais que representa deve ser uma das funções importantes da Embaixada. Nos negócios, as relações humanas são uma alavanca forte.

2°- Portugal e a Europa. Na minha humilde opinião, também creio que o governo Português não exerceu a pressão necessária para flexibilizar ou adoçar as condições da aplicação das instruções da Troika. Tenho mesmo a impressão que, bem ao contrário, o governo Português , querendo talvez obter uma boa nota dos "professores" "aplicou-se a torná-las ainda mais severas. Os Gregos " tocaram" melhor a corda sensível do fim do Euro ... e da Europa se não fossem ajudados! Mesmo se os resultados não são suficientes para os tirar do fosso...

3°- Também não creio que a eventual eleição do seu amigo Schultz à presidência da Comissão mudará o que quer que seja na posição de Frau Merkel em relação à Europa. E Schultz, embora socialista, também é Alemão.

Em contrapartida, creio que a recente reacção dos Americanos no julgamento severo que fazem da política actual da Alemanha, e à situação económica criada pela ausência de investimentos e falta de consumo interno na Alemanha, que visa a acumular ainda mais o excedente, à custa do empobrecimento dos seus parceiros europeus (mesmo não esquecendo que o que os Americanos desejam é que o "mercado" europeu recupere) pode relançar o crescimento e reduzir assim as dificuldades que a França e os outros países atravessam.

4°- Completamente de acordo com a sua análise do futuro parlamento europeu. Se os partidos eurocépticos e populistas desembarcarem em força no parlamento, este pode muito bem transformar-se num imenso ringue de boxe, onde a Europa acabará por cair, KO !

Anónimo disse...

Ontem ouvi o embaixador e o Machete. Que diferença.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o muitas vezes a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma e...